sexta-feira, janeiro 18, 2013
A
entrevista do Prof. Doutor Freitas do Amaral
Este
ilustre Professor e político fez uma entrevista muito notável, como aliás era
de esperar, sobretudo porque ia falar sobre a actual situação do país.
E não teve qualquer hesitação em reprovar a
política que se está a fazer e atreveu-se Freitas do Amaral para que se
procedam as eleições antes do próximo Verão, se, porventura, o actual
Presidente da República tiver a coragem de demitir o governo, o que, desde a
grande ignorância revelada e a forma atabalhoada como se tem governado, já o
havia de ter feito.
Foi,
mais uma vez, uma vez uma voz autorizada que veio juntar-se a tantas outras,
que, há tanto tempo criticam a acção do actual governo.
Se
assim não acontecer, Freitas do Amaral prevê que, com a indignação e protesto
dos portugueses, possa levar a convulsões sociais graves.
O que
esperará este governo para se demitir, dado que tem falhado em todos os campos
e se prepara para, como já neste ano, impor aos portugueses uma situação
deplorável.
Quererá,
decerto, preparar o “terreno” para um maior avanço do capitalismo, destruindo
entretanto o Estado Social e a democracia que custaram tanto a construir?!
O
processo Casa Pia
Ao fim
de quase 10 anos, foi agora preso Carlos Silvino, pois os muitos recursos da sentença
inicial foram recusados, embora diminuindo um pouco tal decisão.
E todos
os outros arguidos, esses continuam em liberdade, esperando também o resultado
dos recursos interpostos.
Será
que só o Carlos Silvino foi culpado de tudo o que se passou durante anos na
Casa Pia?
A quem
levava ele as crianças e os jovens para serem vítimas de actos sexuais?!
Será
que todos os depoimentos desses jovens eram falsos?
Não
teriam vergonha de, em pleno Tribunal, dizer o que não houve, se assim fosse?
Não se
acredita que o Silvino actuasse sozinho, sem alguém que lhe pagasse ou o
beneficiasse de qualquer maneira?!
Há que
aguardar a decisão final que tem sido protelada através de várias diligências
judiciais.
Aumento
de propinas…
São já
muitos os jovens que, em função do aumento das propinas, põem de parte o
propósito de se inscreverem no Ensino Superior.
E
também muitos abandonaram já os cursos que já frequentavam, por falta de
recursos para pagamento das propinas.
Por um
lado, o governo quer jovens com habilitações qualificadas, mas, por outro,
trava os que os querem obter.
Quem
compreende e aceita isto?!
Crianças
com fome
Nas
escolas, há cada vez mais crianças a passarem fome.
Nalgumas, vai havendo forma de arranjar alguns alimentos para essas crianças,
outras há (talvez na maior parte) sem recursos para fazerem o mesmo.
Sabe-se
de professores que pagam, às crianças mais necessitadas, refeições baratas,
pois são muitos já os que pedem esse auxílio.
Que
rendimento escolar, podem dar os que têm fome?!
E, no
entanto, são muitos os alimentos que se deitam no lixo!
Uma
criança, às 4 horas da tarde, pedia a uma professora para lhe pagar um pão,
pois em casa não lhe tinham dado nada para comer!
Outro
caso: uma criança esteve na cantina da escola a comer um bife e arroz e um
colega seu, envergonhadamente, pediu-lhe um pedaço desse bife, pois ainda não
comera nada nesse dia, nem leite, pois não havia em casa.
É este
o país que queremos?!
A boa educação…
Há
pessoas que, pela posição que ocupam, julgam que se impõem mais, tratando mal
aqueles que são os seus interlocutores.
E então
usam e abusam da sua má educação, chegando a, em vez de se limitarem a opor-se
ao que não concordam, revelarem excesso de nervos e descontrole nas palavras
que dizem, evidenciando a sua má educação.
Na
política, isso vai sendo demasiadamente vulgar, e esses que procedem assim,
perdem a razão, quando deviam defendê-la de forma educada e com respeito pela
opinião dos outros.
Só que
a boa educação, ou se toma em pequenino, ou se vai adquirindo no contacto com
outros de melhores princípios.
Há, na
verdade, quem não ligue a nada disso, preferindo ser marcado como indesejável
na convivência social.
Mais de
67 mega-agrupamentos escolares
Com os
que já existem, somam 250!
E a
maioria dos professores tem-se manifestado no sentido de que esses
mega-agrupamentos não têm qualquer benefício pedagógico, antes pelo contrário,
têm sim, apenas carácter económico.
Há
casos em que os docentes têm que andar a correr de um lado para o outro, a fim
de poderem dar as suas aulas e, há casos em que o número de alunos é tão
elevado, que é difícil exercer-se, em certas turmas, convenientemente a
docência.