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quinta-feira, abril 25, 2013

 
Mais um discurso do Primeiro Ministro




Logo após a decisão do Tribunal Constitucional que “chumbou” quatro normas que tinham sido incluidas no OE, o primeiro ministro fez uma alocução ao país, querendo convencer, que, afinal, tudo estava a correr bem no sentido de se resolver a grave situação económica-financeira do país.

Foi um discurso irrealista, sem fundamento sério quando não reconheceu os erros cometidos no OE, atribuindo, com atrevimento, a culpa de não poder terminar tal situação com o “travão” que resultou daquele Tribunal, ao considerar como inconstitucionais aquelas quatro normas.

Foi um discurso leviano, pois esqueceu com o maior à vontade que o próprio Presidente da República requereu àquele Tribunal a apreciação e julgamento quanto a alguns artigos desse OE.

Foi um discurso irresponsável ao não falar sequer nos problemas que o governo tem tido. Pois apesar das muitas e variadas medidas de austeridade que têm sido impostas a situação permanece.

Foi um discurso inadmissível quando o primeiro ministro e o ministro das finanças (que se dizia ser um super competente economista) decidiram não assumir erros cometidos, dispondo-se a pedir o apoio do Presidente da República.

Foi ainda um discurso em que se verificou que o governo não tinha um plano B, como lhe competia, só agora indo tentar organizá-lo.

Foi um discurso de alguém que está no poder, não sabendo exercê-lo como já se verificou.

Porque não ouviram os pareceres de diversas personalidades competentes em economia e que já se tinham pronunciado a favor da decisão que o referido Tribunal veio a tomar?

E porque não foi reunido o Conselho de Estado?!

Valha-nos ao menos que Passos Coelho já tivesse afirmado que não haveria aumento de impostos (e quem tinha dinheiro para os pagar?), tendo no entanto que fazer mais cortes nas despesas do ambito da Segurança Social, Educação, Saúde e empresas públicas.

E porque não hão-de mexer-se nos ordenados multimilionários que ainda existem em Portugal?!





Viva o 25 de Abril



Comemorou-se mais um aniversário da libertadora Revolução de 25 de Abril 1974.

E quando alguns parecem ter já esquecido os principios e valores que esse acontecimento histórico quis fazer vingar no nosso país, mais do que nunca se torna necessária lembrá-los e reforçar a firmeza e a determinação na luta que ainda é precisa pela Democracia perfeita que, naquela data, se desejou instaurar entre nós.

A mudança politica que então se operou tinha por finalidade passar os portugueses das trevas à luz, proporcionando-lhes fundamentalmente a liberdade de cada um poder participar, sem receio de represálias, na vida pública, fosse qual fosse o seu pensamento e a opção politica, podendo exprimir-se livremente.

Os primeiros tempos após a Revolução foram dificeis, principalmente porque os adeptos da ditadura, que nos governou durante quase meio século, aos quais foram distribuidos muitos benificios e privilégios, não deixaram logo de, ainda que silenciosamente, de agirem ou tentarem desvirtuar o novo regime implantado.

Mas, a verdade é que este acabou por vencer e desde a aprovação da nova Constituição de 1976 (só o CDS não a aprovou) ficou instaurada a democracia, que instituiu e regulou os direitos humanos fundamentais, civis e politicos, económicos e sociais.

Porém, ainda hoje acontece alguns grupos, inclusivamente de quem está no poder, esquecerem o regime totalitário, com o qual muitos portugueses sofreram no espirito e no corpo as maiores violências, perseguições de toda a espécie e até a morte.

Apesar de, neste momento, existir entre nós uma grave situação económica-financeira, a culpa não é da democracia mas, sim, dos que a têm servido mal.

São muitas as dificuldades actuais, sendo porém em democracia que têm que ser resolvidas.

Por isso, cada vez com mais entusiasmo e dedicação os verdadeiros democratas devem lembrar os valores que estiveram na base do 25 de Abril, tendo vontade de honrar os corajosos militares que fizeram a Revolução e também os muitos civis que, durante anos, contribuiram, com os riscos próprios da clandestinidade, para ser possivel aos portugueses a liberdade e a democracia.

Viva o 25 de Abril.

Viva a Democracia.

Viva Portugal.








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