segunda-feira, abril 30, 2012
Quadros da vida
Dizia-me,
há tempo, um casal amigo que, em breve comemoraria os sessenta anos de casados.
E
pareceu-me que falaram com tristeza.
Mas,
esses sessenta anos foram muito? Foram pouco?!
Do
que sei, aquele casal teve sempre uma vida cheia e com o melhor entendimento.
Tiveram
sempre a oportunidade de se conhecerem bem, profundamente bem e de não haver
nada de grave que os afastasse.
Acabavam
sempre por chegar a acordo, parecendo então que o amor que os unia aumentava
ainda mais, o que já não é, infelizmente, habitual nos tempos presente, em que
abundam os divórcios ou as meras uniões de facto.
Sessenta
anos de casamento serviram para uma melhor compreensão e aceitação e também
para a contenção das exaltações ou nervos a mais.
E
tudo isso foi constituindo para se afirmar a felicidade daquele casal.
Quiseram
superar zangas ou amuos, preferindo utilizar o entendimento do diálogo.
Desejo
mútuo de viver em paz e com a alegria possível.
Interessaram-se
pelos problemas dos filhos, procurando resolve-los, procuraram em
enriquecerem-se culturalmente e fomentar cada vez mais a amizade e simpatia que
um dia os aproximaram.
E
nunca deixaram de tentar que a família fosse um elo de união.
Sessenta
anos vividos assim é uma felicidade completa e, ao fim e ao cabo, passam com
uma rapidez impressionante.
sexta-feira, abril 27, 2012
Morreu Miguel Portas
Portador
de uma doença incurável, faleceu o político Miguel Portas, irmão do
vice-Primeiro Ministro Paulo Portas.
Era um
cidadão que merecia consideração e respeito pela sua coerência e defesa da
esquerda portuguesa.
De
estranhar é que as televisões não dessem a tão infausto acontecimento o devido
valor.
O discurso do Presidente da República
No
habitual discurso comemorativo da Revolução de 25 Abril de 1974, o Presidente
da república, limitou-se, praticamente a falar do passado do País, invocando-o
com pormenor para concluir que o presente, apesar das actuais e muitas
dificuldades, não deixará decerto, de ser um Portugal glorioso.
Foi uma
lição de história, sem perspectivas quanto ao futuro, centrando-a a apelar,
como já tem feito, muitos dos portugueses para vencer os problemas do presente.
Aquele
discurso, tirando um ou outro período, poderia ser feito em qualquer ocasião e
não teve por preocupação falar do mérito da Revolução de Abril, dos militares e
civis que a fizeram e dos valores que defendia.
E agora
foi Cavaco Silva um dos poucos participantes na sessão do Parlamento que não
levava um cravo vermelho, simbolo da Revolução.
De
destacar, sim, o belo e conceituoso discurso da Presidente da Assembleia da
República.
terça-feira, abril 24, 2012
A última vez?!
É, este ano, que, pela primeira vez, sou
obrigado, por motivo de doença, a não participar em qualquer cerimónia
comemorativa da Revolução de Abril.
Mas,
nada possa fazer (até agora) para debelar a doença que me tem, há já muitos
meses, retido em casa.
Seja
como for, o espírito continua e continuará a vibrar, com o entusiasmo de
sempre, com as celebrações da Revolução de Abril, sabendo, como sei, que ela
tornou os portugueses Livres e vivendo em Democracia, derrubando um regime
ditatorial que “escravizou” muitos dos nossos compatriotas.
Para tal
ser possível, muito sofreram na carne e no espírito a acção torturosa da
ditadura.
é em
honra desses “mártires”, é para os homenagear que nunca os esqueceremos, pelo
menos no dia 25 de Abril de cada ano.
E não
fazemos mais do que um nosso dever patriótico.
As comemorações do 25 de Abril
Mário
Soares e Vasco Gonçalves, dois dos principais obreiros da Revolução do 25 de
Abril, cada um em sua posição, anunciaram que não estarão presentes, por
vontade própria nas comemorações daquela Revolução.
Dizem
que não devam celebrar esse acontecimento com quem nada teve a ver com ele que
alguns não o apoiaram e nem presentemente o têm elogiado.
Claro
que talvez tenham razão em não querer misturas esporádicas hipócritas, falsas.
Só que,
na verdade, a Libertadora Revolução, que deu a este país a Democracia, é motivo
para ser considerada de todo o povo e não apenas de alguns, mesmo daqueles que
fizeram aquela Revolução de Abril.
Sabe-se
que os que estão agora á frente dos destinos do País, não podem sentir o que
representou tal Revolução.
Muitos
até colaboraram nela e outros mostraram-se silenciosos.
Seja
como for, a Liberdade e a Democracia alcançadas depois de muitos sacrifícios de
alguns, mas apesar de tudo existem e o que é preciso é saber continuar a luta
por esses valores.
segunda-feira, abril 23, 2012
No 25 de Abril
Faltam
poucas horas para poder comemorar-se mais um aniversário na Revolução de 25 de
Abril de 1074, que libertou os portugueses de uma ditadura quem, durante cerca
de 50 anos não deixou o povo ter voz activa na participação da gestão pública.
Foram
retirados aos portugueses os direitos fundamentais e quem se opusesse á
política do governo era perseguido, preso, torturado e até alguns deportados
para a prisão da Ilha do Sal.
Muitos
dos portugueses foram, durante o período ditatorial, como que “marionetes” nas
mãos do governo de então, limitando-se aqueles a acolher subservientemente o
que os responsáveis políticos quiseram impor-lhe.
Portugal,
nessa altura, não tinha prestígio no palco político da cena mundial, mas quando
muito, nos países de regime idêntico.
Mas
foi, sem dúvida, o dispêndio com uma injusta guerra colonial que levou os
militares a juntarem-se a tantos e tantos civis, lutaram corajosamente contra o
regime de Salazar.
E
Portugal, desde então, adoptou, embora com muito sacrifício, um regime
democrático em que todo o povo se pudesse manifestar quanto á política seguida
pelos governos.
Fez-se,
é certo, alguns erros, aliás, característicos de um período pós de ditatorial,
mas sempre se tentou, contra a vontade de alguns agarrados a privilégios e
interesses próprios, manter os princípios básicos em que assentou a Revolução
de 1974.
Há,
pois, que homenagear e honrar sempre todos aqueles que com muita valentia
souberam libertar o nosso povo.
Há, sim,
que continuar a obra dos que fizeram a Libertadora Revolta, lutando para que,
com a Liberdade alcançada, se aperfeiçoe cada vez mais um autêntico regime
democrático, contra o qual, alguns com muita responsabilidade política, se vão
opondo.
Viva o
25 de Abril.
Viva a
Liberdade.
Viva
Portugal.
Para ler e meditar
“O que
há de novo é que a indignação vai dando lugar á contestação e ao protesto.
Aí está
a confessá-lo as manifestações, concentrações e vigílias, abaixo assinados e
petições”
(na
última Revista da Ceara Nova)
quinta-feira, abril 19, 2012
Como Salazar?!
O
categorizado Professor Universitário não teve receio de criticar a política
actual, dizendo que ela se compara á do tipo Salazarento.
O
curioso professor disse ainda, e é verdade, que apenas hoje há liberdade de
manifestar publicamente as opiniões, o que dantes não acontecia.
No
entanto, as forças policiais já estão a intervir com violência nas
manifestações ou concentrações de público.
E isso
é perigoso porque apesar dos meios de que dispõem as forças policiais, a força
do povo continua a ser forte.
E daí
que, não se possa esperar nada parecido com o que aconteceu há perto de 50
anos!
Engenheiro António Fernando Santos e Silva
Este
nosso Bom Amigo está a preparar a apresentação de dois livros, um sobre
Francisco de Assis e outro sobre a recuperação da Igreja de Santo António, de
que foi o principal mentor.
Sabemos
que é grande o seu entusiasmo pela obra que está a realizar, pelo que será de
esperar que, com toda a justiça, o público venha a aderir á cerimónia, a
realizar em Maio da apresentação daqueles livros.
Nos hospitais
Também
nas unidades hospitalares se vai verificando faltas de material, com grande
prejuízo para o tratamento dos doentes.
E
nota-se que até já têm sido solicitados meros pensos, adesivos e outro material
corrente.
Assim
vai acontecendo o que é muito lamentável.
A
contenção de despesas não devia ter em atenção o sector da saúde.
Mas, o
certo é que, ao contrário, têm até aumentado os cortes naquele sector.
Parece
que não se têm em respeito a vida dos outros!
Chegou a chuva, mas…
Há dias choveu “a potes” (como costuma
dizer-se) o que era muito necessário á agricultura, que estava a sofrer os
efeitos de uma indesejável grande seca.
Mas,
teria sido de pouca dura?!
É que,
pelo menos logo a seguir surgiu um vento muito forte que nada beneficiou.
E o
sol?
Mas,
toda a gente agora reza pelo regresso da chuva!
Importações e exportações
Em
breve, como já se anunciou, terá de reduzir-se a produção da batata portuguesa,
mas, inexplicavelmente, começou a importar-se aquele produto espanhol!
Coisas incompreensíveis!...
O “Rei” do futebol nacional
Foi
comemorado o 30.º aniversário de Pinto da Costa á frente do Futebol Clube do
Porto.
E a
verdade é que, tem sido o “motor” dos êxitos daquele Clube, sendo este dos mais
categorizados da Europa.
Embora
resista a críticas e factos que já chegaram a Tribunal, Pinto da Costa, não
deixa o seu “reinado” desportivo.
Há que
reconhecê-lo com isenção.
quarta-feira, abril 11, 2012
Pelo Parlamento
Este
Órgão de Soberania e também outros lugares de responsabilidade política, estão
cheios de jovens, cuja preparação, por enquanto, não é de confiar.
São
inexperientes, incompetentes e alguns mesmo ignorantes, incapazes de saberem
analisar com visão esclarecida as questões que afectam a política.
Por
isso, há que terem os Partidos o maior cuidado na escolha de quem vai
representá-los no Parlamento, exigindo tanto quanto possível um longo período
de trabalho e de estudo.
Presentemente,
salvo exepções, o nível do Parlamento é baixo e talvez por isso haja
parlamentares que, ou falam muito e mal, ou ficam serenamente silenciosos.
E o
Parlamento é, sem dúvida, um importantíssimo Órgão de Soberania que é preciso
valorizar cada vez mais.
Para
isso, necessário se torna que os escolhidos para aquele Órgão saibam um mínimo
de político de civismo e de intelectualidade.
O império Monetário
Presentemente,
o que mais vai interessando os responsáveis políticos é o dinheiro custe o que
custar.
Não vai
interessando o nível de vida dos cidadãos nem sabendo ou fingindo desconhecer
as necessidades com que estão passando daqui a pouco o país fica vazio, não só
dos mais categorizados portugueses, obrigados a sair de Portugal para ganhar a
vida.
as
melhores empresas deixarão de existir, mesmo que, algum dia, tenham dado bom
lucro.
É esse
o perigo e que pode levar-nos á actual política.
E o que
será um país, com tantos séculos de existência e que tão admirado foi pelas
suas acções heroicas?!
Há que
mudar de rumo político, sem submissões de espécie alguma evitando o grande
império em que devem estar muitos interessados.
Ainda os Idosos
Quem
não conhece casos em que tendo pais já idosos e doentes nem sequer os visitam,
ou quando o fazem, aproveitam para levar consigo algo de valor que ainda haja
na casa!
Afecto,
amizade, respeito ou mesmo compreensão, além de solidariedade em relação a quem
mais precisa deles, passam ao lado…
E isso,
infelizmente, não é vulgar
Antes
pelo contrário, há a situação cada vez mais dos idosos e doentes a morrerem sem
qualquer apoio.
Era o
estado ou os mais próximos familiares que deviam ser chamados á
responsabilidade.
Um
velho, seja quem for, merece respeito até porque, quase sempre ele respeitou os
outros e mesmo que assim não fosse é um ser humano que exige, em precárias
situações atenção especial e carinho.
Para ler e Meditar
“O
Advogado deve estar atento a dinheiros sujos”
(Dr.ª
Maria José Morgado, na Revista Ordem dos Advogados)
terça-feira, abril 10, 2012
A cultura e a internet
Há os que recorrem á internet (aqueles que a têm) para se esclarecerem sobre vários assuntos.
Mas a verdade é que embora esse sistema seja de realçar, o certo é que, não dá toda a cultura e é sempre limitada.
É o que sucede com alguns advogados que usam e abusam dos elementos da internet, quando a cultura jurídica é bem diferente.
Porém, agora, nota-se que os elementos que têm não são suficientes.
Ora, nada há que restitua uma boa biblioteca e um conjunto de revistas apropriadas.
É que só o respectivo estudo desses elementos pode fornecer uma formação sólida para exercer a profissão.
Claro que, a internet é uma ajuda preciosa, mas não é suficiente.
Há, pois, que não prescindir dos compêndios de autores consagrados e de revistas onde se estudam e tratam os assuntos que interessam.
Mas a verdade é que embora esse sistema seja de realçar, o certo é que, não dá toda a cultura e é sempre limitada.
É o que sucede com alguns advogados que usam e abusam dos elementos da internet, quando a cultura jurídica é bem diferente.
Porém, agora, nota-se que os elementos que têm não são suficientes.
Ora, nada há que restitua uma boa biblioteca e um conjunto de revistas apropriadas.
É que só o respectivo estudo desses elementos pode fornecer uma formação sólida para exercer a profissão.
Claro que, a internet é uma ajuda preciosa, mas não é suficiente.
Há, pois, que não prescindir dos compêndios de autores consagrados e de revistas onde se estudam e tratam os assuntos que interessam.
Depois da fome a abundância?!
Alguns responsáveis políticos têm emitido já a opinião de que em 2014 Portugal voltará a ser, pelo menos o que era, pois entretanto será grande a recuperação económica.
Se assim for, será motivo para se fazer festa e lançar foguetes.
Não acreditamos, porém, uma tal recuperação anunciada.
Bem o desejaríamos, pois, não desejava-mos ser tão pessimistas.
Se assim for, será motivo para se fazer festa e lançar foguetes.
Não acreditamos, porém, uma tal recuperação anunciada.
Bem o desejaríamos, pois, não desejava-mos ser tão pessimistas.
Muito certo!
Ouvimos numa estação da TV duas professoras revelarem a sua tristeza e preocupação.
Disseram que, quase diariamente tinham crianças á sua espera pedindo que lhes pagassem, pelo menos, um pão, pois nem isso tinham comido.
E quantas vezes, por falta de recursos se repetem situações idênticas.
É nas escolas, é nos meios familiares, é no trabalho, etc., que tal se dá.
E nas escolas sabe-se até que há alguns professores que já deram ordem nas cantinas para fornecerem a alunos carenciados, produtos alimentares.
Disseram que, quase diariamente tinham crianças á sua espera pedindo que lhes pagassem, pelo menos, um pão, pois nem isso tinham comido.
E quantas vezes, por falta de recursos se repetem situações idênticas.
É nas escolas, é nos meios familiares, é no trabalho, etc., que tal se dá.
E nas escolas sabe-se até que há alguns professores que já deram ordem nas cantinas para fornecerem a alunos carenciados, produtos alimentares.
Reformas antecipadas
O governo já anunciou que vão ser proibidas as reformas antecipadas.
Eram tantos os pedidos que, na verdade, seria, no futuro difícil de satisfazer os montantes de tais reformas.
O número de reformas aumentou sensivelmente na função docente, sendo certo que, efectivamente, agora é muito pouco desejado e pouco estimulante ser professor.
Eram tantos os pedidos que, na verdade, seria, no futuro difícil de satisfazer os montantes de tais reformas.
O número de reformas aumentou sensivelmente na função docente, sendo certo que, efectivamente, agora é muito pouco desejado e pouco estimulante ser professor.
As agressões a familiares
Infelizmente há cada vez mais pais que julgam que educar é bater nos filhos!
Claro que, em certas idades um tabefe ou uma pancadinha no rabo da criança mal criada pode ser útil.
Mas, a partir doutra idade, os filhos devem ser mais respeitados e até é mais preciso um diálogo com eles do que qualquer atitude violenta.
Claro que, em certas idades um tabefe ou uma pancadinha no rabo da criança mal criada pode ser útil.
Mas, a partir doutra idade, os filhos devem ser mais respeitados e até é mais preciso um diálogo com eles do que qualquer atitude violenta.
Processos disciplinares na PSP
O governo ordenou ao Ministro da Administração Interna para instaurar processos disciplinares que actuaram sob civis.
Ora, sabe-se que a violência normalmente origina também violência, o que poderia ter transformado aquele triste episódio em algo de guerra!
Ora, sabe-se que a violência normalmente origina também violência, o que poderia ter transformado aquele triste episódio em algo de guerra!