Lugar para Todos

Uma volta pela cidade

Levaram-me, num destes dias, a dar uma volta pela cidade. Fiquei desolado, embora saiba que muitas outras terras, neste país, estejam nas mesmas condições.
Muitas casas em estado de grande degradação, já com tijolo interior à vista, tapumes em muitos lugares, as ruas da baixa mal conservadas. A relva das Abadias mal tratada, o mercado provisório com cor própria das casas funerárias e pouco movimento.
Quem há já anos vinha visitar ou viver na Figueira sentia-se bem, era uma cidade bem cuidada com bom sol e alegria.
Agora, francamente, parece um espectro do que foi!

O Professor Jorge Miranda é contra
Este distinto Professor da Faculdade de Direito de Lisboa e o mais influente na elaboração da Constituição Política também já se pronunciou quanto às alterações dos escalões do IRS, considerando-os inconstitucionais.
Mais um falhanço do governo?
Porque será que foram deixadas somente à responsabilidade do Ministro das Finanças as alterações fiscais?
E porque será que ele não ouviu outros categorizados economistas antes de apresentar tais alterações?
Talvez Vítor Gaspar se julgue o melhor de todos!
Pelo que se tem visto não é, pode ser um bom Professor Universitário, mas apenas para enunciar as teorias, não sabendo aplicá-las à realidade portuguesa que não deve conhecer.
Até já se descobriu que há contas mal feitas no OE.

A "Brigada do reumático"
Este grupo de reformados, que constituem a chamada " Brigada do reumático" fez, desta vez, os trabalhos necessários para dotar a população da Senhora da Encarnação de um parque de merendas, aliás, com o apoio da Junta de Freguesia.
Mas mais uma obra que se fica a dever àquela "Brigada" que, pelo que têm feito, merece todo o louvor.
Buarcos deve estar grato a esses homens que continuam, depois de uma vida de trabalho, a dar à sua Freguesia as atividades que julgam trazer benefícios à população.

Despedimentos no jornal " Público"
Vai ocorrer o despedimento coletivo de 48 jornalistas e funcionários dos jornal diário " Público" que era dos mais lidos, porque nele não se mentia, dizendo apenas a verdade custasse a quem custasse. Será mais um elemento importante da nossa imprensa a ter problemas e talvez até a desaparecer.
Seja como for, dos melhores jornalistas do país serão atingidos por este despedimento.
O que poderá em Portugal aguentar-se?

Convenção autárquica distrital do PS
A sala grande da Assembleia Figueirense encheu-se por participantes naquela Convenção. Houve muita intervenção, resultando dela, além da análise de vários problemas partidários, o elogio claro ao Presidente da Câmara da Figueira, Dr. João Ataíde, feito por um delegado de Lisboa, que veio a esta cidade propositadamente para participar na referida Convenção.
Considerou-o um homem reto e honesto na política tendo a preocupação de resolver, como a resolveu, a questão financeira do município que estava em muito má situação. Além disso, foi dito que João Ataíde tem conseguido que nesta cidade se tenham já realizado alguns eventos importantes que ajudam à economia e turismo locais.
Pelo que já se ouve dizer João Ataíde será o futuro candidato do PS nas próximas eleições autárquicas.

O dia da doença mental




Os responsáveis políticos terão já feito tudo o que é possível para acudir e bem tratar dos doentes mentais?!

Sabemos que uma doença dessa natureza exige muitos mais cuidados e pessoal especializado, não só cientificamente, mas com muitas qualidades humanas.

Estas valem mais para um doente mental, que se sentindo mais acompanhado, acarinhado e fulcro de atenção de quem está junto dele e não abandonado, desprezado com quem não devia.

Se o aumento dos doentes mentais no nosso país se tem verificado, mais se deve dar-lhes o melhor apoio médico e humanitário.

A Pena de Morte




Já há 150 anos que em Portugal foi abolida a pena de morte.

Foi dos primeiros onde foi tomada essa decisão.

Hoje, dia consagrado á abolição dessa pena máxima, há que sentirmos orgulho em suspender, mesmo em casos estremos essa pena, já não considerada como legítima.

Há, na verdade, crimes que podem levar as pessoas a pensarem que o criminoso seja condenado a uma pena de morte.

Mas, e se houver erro judicial?!

Que emenda há para isso?

Apenas haverá um grande remorso que dá a morte a quem não a merecia.

E esse remorso ade ser muito difícil de esquecer…

Já não é quem deve falar!




O Primeiro Ministro encarregou o Ministro das Finanças de dar a conhecer o conjunto das novas medidas de austeridade, as mais gravosas de sempre.

Por outro lado, o Ministro das Finanças solicitou ao seu colega Relvas, para na Assembleia de República expor a medidas constantes do Orçamento de Estado.

Será que quer Passos Coelho quer Vítor Gaspar saíram do país para se furtarem a não serem eles a dar as más notícias?!

Mas já foram tantas…

O Algarve




Esta região foi considerada por uma entidade estrangeira a melhor zona da Europa para as praias e também para a prática do golfe.

Quer dizer que o Algarve é considerado hoje, como o Rei para o Turismo, destronando a Figueira como Rainha das Praias de Portugal.

E isso porque em vez de progredir e de se embelezar, na nossa terra pouco ou nada se tem feito, nos últimos anos, nesse sentido.

Não se investiu no Turismo, esquecendo que este é o elemento de futuro mais importante na economia.

Há que ter mais atenção ao turismo local, que tem todas as condições para estar num lugar cimeiro, entre os melhores centros de turismo.

O que é preciso é trabalhar para isso, não deixar apenas á Natureza o atrativo para os turistas.

Vasco Cordeiro




Aquele que disputará as eleições de domingo para líder do PS, é, pelo que conhecemos dele e pelo que nos tem dito um nosso filho companheiro na Faculdade de Coimbra, Vasco Cordeiro é alguém bem preparado politicamente para exercer o cargo de Presidente do Governo da Região dos Açores.

Licenciado em Coimbra, além de muito inteligente e culto, mostrou sempre ter as qualidades necessárias para o lugar que pretende, não lhe faltando a influência do seu grande amigo Carlos César, actual Presidente daquele governo.

Desejamos sinceramente que no próximo Domingo, Vasco Cordeiro venha a ser o líder político na região dos Açores.

Eunice Muñoz




Tivemos um prazer muito especial em assistir á entrevista que essa notável figura do Teatro deu na televisão depois de uma grande queda que sofreu e que a fez ficar em casa e afastada, pois, da sua actividade profissional.

Eunice Muñoz tem já 84 anos e 70 como actriz, impondo-se como a actual melhor intérprete teatral.

Nessa entrevista, ela mostrou-se completamente recuperada e disposta a continuar, enquanto puder, a sua acção de grande Senhora do teatro nacional.

Oxalá ainda tenha muitos anos de actividade.

A nova Procuradora Geral da República




Joana Marques Vidal será a primeira mulher a desempenhar aquelas funções e substituindo Pinto Monteiro.

Aquela Magistrada, que esteve colocada no Tribunal de Contas dos Açores, é considerada uma distinta profissional.

Oxalá a sua actividade naquele lugar venha a ser mais dinâmico do que os que o têm exercido.

Terá muito trabalho a desenvolver, sobretudo em relação a processos atrasados, não devendo deixar-se influenciar por qualquer meio de poder político.

Pelo que conhecemos de seu Pai, nosso companheiro em Coimbra e um muito ilustre Magistrado, estamos convencidos de que a Dr.ª Joana Marques Vidal cumprirá com rigor, isenção e competência as suas novas funções.

Morreu o Dr. Santana Maia




Médico distinto e dedicado, solidário, o Dr. Santana Maia era um homem bom, sempre disponível a ajudar os mais carenciados.

Politicamente, foi um convicto democrata e coerente socialista, fiel às matrizes do partido.

Pessoa afável, de conversa fácil, há já muito que se encontrava doente, que com a sua coragem tentou superar.

Merecia o respeito de todos os socialistas, principalmente do nosso distrito, a verdade é que, pelo menos na Figueira, onde há anos residia, segundo nos disseram, o seu funeral foi pouco acompanhado por camaradas.

Enfim, vão-se esquecendo os “velhos” aqueles em que lhes é difícil estar e lutar por um partido de esquerda.

O concílio ecuménico




É sempre de recordar e festejar o Concílio Ecuménico promovido pelo Papa XXIII.

Papa de estrema bondade, autor de uma abertura a outras religiões e a uma redução nos ritos católicos, reduzindo os “luxos” com que se faziam certas cerimónias religiosas.

E o Concílio teve o condão de chamar á Igreja muitas pessoas que não aceitavam a forma como funcionava.

O Papa João XXIII foi, sem dúvida um dos mais notáveis chefes do mundo católico.

O recuo do governo




Afinal, contra o que, em princípio, o governo queria relativamente ao enorme aumento de impostos, a verdade é que, o próprio Ministro das finanças veio da reunião do Eurogrupo, com a possibilidade de reduzir o montante dos impostos que já anunciara no nosso pais.

Haverá ou não recuo do governo?!

Porque não se fazem logo bem as contas, tendo que ser corrigidas noutro país?!

Enfim, o que é preciso é que os impostos e outras medidas de austeridade não sejam tantas, para que o povo possa ao menos “respirar” um pouco de ar!

Os 20 anos da SIC




Foi já há 20 anos que começou a funcionar uma nova televisão particular.

E a verdade é que, no nosso entender, veio dar um novo rumo á televisão que já existia, levando-a a ter mais dinamismo, a transmitir programas novos, a dar uma visão mais completa do que se iria passando no mundo.

Tem programas populares de interesse e outros culturais de valor, a SIC deve-se á iniciativa do Doutor Francisco Balsemão, um dos fundadores do Partido Popular Democrático, hoje PSD e foi Primeiro Ministro.

Paulo Portas versus Passos de Coelho
Quem teve a oportunidade de assistir à emissão televisiva da sessão em que foram apresentadas as moções de censura pelo BE e PCP, verificou que Portas e Passos Coelho, embora lado a lado, não trocaram palavra e Portas não teve qualquer intervenção, mesmo sendo vice-Primeiro Ministro. É que este está em nítida divergência com algumas medidas que o governo quer impor, como seja o aumento dos impostos.
Diz-se que Portas está apenas a esperar a votação do Orçamento do Estado para logo de seguida abandonar o governo.

A República ao contrário
A bandeira nacional foi hasteada ao contrário, na varanda do município de Lisboa. E não houve quem a pusesse direita!
A República é de todos, não se compreendendo que não fosse comemorada publicamente, é de todos mas foi feita para o povo que era sofredor no regime monárquico.
Mas, na verdade, tem andado maltratada!

O Congresso sobre as alternativas à política do governo
Cerca de 2 mil pessoas reuniram-se na Universidade de Lisboa para discutirem as alternativas que há à política do atual governo, sem impor aos portugueses os muitos e grandes sacrifícios que têm sido impostos. Divididas essas pessoas por grupos, o Professor Doutor José Reis disse estar convencido de que dessas conversas havidas nesses grupos seria possível chegar a algo de muito útil, com relação às alternativas que existem. Vasco Lourenço mostrou o seu convencimento de que o feriado da implementação da República permanecerá, ao contrário do que o governo decidiu, no próprio dia 5 de outubro.

O corajoso e conceituoso discurso do Dr. António Costa
O Presidente da Câmara de Lisboa, na sessão comemorativa da implementação da República, a última que o governo quer que se comemore na data certa, fez um notável discurso em que embora dirigente do PS, teve a coragem de criticar as gravosas medidas de austeridade e a política governamental, apontando várias áreas onde pode estar outra alternativa.
Pena foi que tal discurso não foss efeito, como é habitual, na Praça do Município, mas numa sala privada, talvez com receio de se ter de enfrentar mais uma manifestação de protesto.
António Costa comportou-se como um político responsável, que sabe o que quer e como fazer.
Mostrou estar em condições para vir a ser um bom Primeiro Ministro ou mesmo Presidente da República.
Político bem preparado, com um pensamento correto e firme, abrangendo vários setores e dando o lugar devido ao patriotismo e ao bem estar do povo.
Censurando o aumento brutal de impostos, disse haver alternativas para o país poder cumprir as suas obrigações sem impor tantos e tão custosos sacrifícios.
O discurso de António Costa, para além do propósito de contribuir validamente para a defesa da autêntica democracia, quer a política, a social, económica, e cultural.
Podemos dizer que tal discurso marca posição muito positiva.

Viva a República




Em 5 de Outubro de 1910, foi implantada no nosso país o regime republicano, sucedendo a uma monarquia caduca, desprestigiada interna e externamente, abusando de favores a amigos e adeptos, perseguindo e prendendo os que se opusessem ao poder, com as finanças públicas exauridas.

No entanto, nada disso fazia travar o luxo próprio de uma monarquia que não se importava com a ignorância e com a pobreza do povo.

A situação desastrosa em que se encontrava o país, há muito que tinha trazido o descontentamento e o desejo de uma mudança que se impunha.

E ela deu-se, depois de um período de preparação com as força militares e a Revolução ocorreu em 5 de Outubro de 1910.

E foi, então, que apareceram cidadãos políticos honestou, dinâmicos, com ideias e programas há muito pensados e formados, principalmente quanto á Educação (a maioria do povo era analfabeto), á recuperação do respeito internacional, ao desenvolvimento da Economia e da Agricultura (que estava quase abandonada) á liberdade de pensamento e expressão, á participação efectiva na política através de vários Partidos, em cada um se agrupando os que pensavam da melhor maneira de servir os interesses do nosso povo.

A Revolução ficou também a dever-se a um longo período de sacrifícios e perseguições quando se lutava pelo ideal republicano, como o que mais satisfazia a maioria dos portugueses.

E se não fossem as divergências partidárias e a necessidade de intervir na Primeira Grande Guerra, com um grande dispêndio de dinheiro, mas necessário para defesa da existência das nossas colónias, a República, sempre servida por cidadão honrados e bem preparados, não viria a dar lugar ao chamado “estado novo”, ditadura que durou e subjugou o povo durante quase meio século.

Os homens da primeira República deram exemplos de patriotismo, de serviço correcto da política, de simplicidade e dinamismo, de entrega constante á defesa do bem comum, mesmo com sacrifícios pelos próprios.

A primeira República, merece, pois, o nosso muito respeito e, felizmente, que o seu ideal não mais desapareceu da grande maioria dos portugueses que querem ser livres e contribuir por si próprios para ser alcançado o interesse nacional.

Assim isso fosse hoje seguido!

Viva a República!

Ou se faz “marcha atrás” ou…




Todos os dias se sabe de insolvências de empresas ou mesmo individuais, de despedimentos, de jovens que têm de deixar a escola para tentar arranjar trabalho, de famílias que têm que entregar aos bancos as suas casas e acolher-se às de amigos ou familiares, de cada vez maior emigração, de cada vez mais pedinte nas ruas, etc.!

E não se vê este governo fazer nada para evitar ou amenizar estas situações.

Na Economia agravou-se a recessão, o défice comprometido com a troika, segundo já consta não será atingido, o Património nacional e as melhores empresas estão a ser vendidos ao estrangeiro, etc.

Não, assim não se pode continuar, e há que reconhecer os falhanços deste governo, em que parece haver “formigas tontas”.

É, está visto, um governo composto de ministros sem preparação, que ora vão por um caminho e logo a seguir por outro.

E o Presidente da República o que tem feito?

Fala, por vezes, dando opiniões contrárias às soluções do governo, mas, depois, quando pode actuar… nada faz!

O país precisa de um outro governo e mandar passear o Passos!