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segunda-feira, fevereiro 28, 2011

 

Demagogia ou populismo?!

Os que censuram não serem tributados devidamente os lucros elevadíssimos de algumas empresas são chamados por alguns outros como demagogos ou populistas.
Mas será assim? Ou será antes querer exigir-se que haja justiça no sentido de se repartirem com igualdade os sacrifícios que, presentemente, o governo já impôs?!
Efectivamente é de molde a provocar indignação que não sejam culpados os que vivam somente do rendimento do seu trabalho, sendo favorecidos os que auferem ganhos escandalosos quer na gestão de empresas públicas quer não tributando devidamente os lucros multimilionários de certas empresas.
É o caso da PT, que apresentou mais de 5 mil milhões de euros de lucros em 2010, pagando, no entanto, metade dos impostos relativos a 2009!
Denunciar e censurar esses factos será pura demagogia ou mero populismo?!
Não, não é.
É, sim, querer que todos, por igual contribuam para a resolução da crise

 

Sócrates na Alemanha

Ângela Merkel chamou a Berlim o Primeiro-ministro de Portugal, realizando-se essa reunião em 2 de Março.
O que sairá desse encontro? A Chefe do governo alemão “aconselhará” á intervenção do Fundo Europeu e do FMI no nosso país como solução para a grave crise existente?!
Sócrates tem continuado a dizer que os indicadores económicos, ate agora, têm sido positivos, não sendo necessária ajuda externa.
Mas não estamos já a tê-la há tempo com financiamentos exteriores, sujeitando-se á fixação de juros muito altos, que já atingiram 7,5% e 7,2% conforme os empréstimos sejam a 10 anos ou a 5?!
E quando se tiver que começar a pagar “a factura” como vai ser? A quem se tem que recorrer?!
Será, pois, muito arriscado continuar a afirmar que Portugal resolverá por si a sua enorme dívida soberana.
Bem gostaríamos que assim fosse, porque, na verdade, a vinda do FMI exigirá, decerto, mais sacrifícios aos já sacrificados portugueses.
Aliás, o Ministro das Finanças, contrariando o que o Primeiro-ministro disse á dias, já admitiu ser necessário mais medidas de austeridade!

 

Até quando Kadhafi vai resistir?!

São já muitas centenas os mortos e os feridos que a revolta na Líbia causou.
E embora em todo aquele país a grande maioria do povo se manifeste contra o regime de Kadhafi, estando até algumas cidades nas mãos dos revoltosos, o certo é que aquele ditador continua a não se demitir e até já contratou mercenários para combater o povo, indiferente aos caos em que está a nação líbia, não hesitando em massacrar a sua população.
Porém, o poder militar de que Kadhafi dispunha está a reduzir-se, pois algumas chefias militares e policiais estão já ao lado do povo, recusando-se a ordenar que os seus subordinados reprimam os revoltosos.
Para além de, nalguns casos estranhamente, os governos de muitos países, estejam já a manifestar-se contra a manutenção do regime que dura há 42 anos na Líbia.
Desta vez, estamos em crer que nem o “argumento” do petróleo conseguirá aguentar Kadhafi.
E até muitos que o tratavam como “amigo” lhe irão voltar as costas.
É que essa amizade baseava-se tão somente no interesse de uma aliança com o poder do… ouro negro!
De registar positivamente: muitos são os diplomatas líbios que estão a renunciar aos seus cargos, por não concordarem em que o regime de Kadhafi trate com tanta violência o povo.
Foi o que já sucedeu com o Embaixador da Líbia na ONU e também em Lisboa.

 

Cerca de 50 mil empresas devedoras à Segurança Social

É aquele o número de empresas que já começaram a ser notificadas para pagarem os seus débitos á Segurança Social.
E têm apenas um mês para procederem a esse pagamento.
Trata-se decerto, de empresas em má situação financeira, que com tal exigência em prazo tão curto, irão ver a gravada essa situação com prejuízo principalmente para os que nelas prestam trabalho que podem ver perigar a sua posição laboral.
Há, pois, que atender ao montante que cada empresa deve e se for elevado, dar a oportunidade do pagamento escalonado.

 

Ler e Meditar:

“O Serviço nacional de Saúde transformou os doentes em clientes.”
(José Manuel Silva, no “Correio da Manha” de 9 do corrente)

sábado, fevereiro 26, 2011

 

Valores novos, onde estão?

Muitas vezes, os que ocupam lugares de comando não deixam que, no grupo a que pertencem, se revelem valores novos.
Têm receio que surja quem os ofusque e remeta para um segundo plano, acabando com o seu poder.
E, então, para tal evitarem amarfanham ou desvalorizam constantemente os dotes dos que podem pô-los na sombra.
Não deixam que se reconheça a inteligência e a boa preparação dos que seriam capazes de fazer melhor.
É, por isso, que, por exemplo, nos partidos políticos se vai notando muita mediocridade dos seus membros que, em defesa dos seus próprios interesses, se vão adaptando e subordinando à vontade dos que estão em lugares de chefia.
Estes, por sua vez, alienam com frequência a ideologia a que, um dia, os mobilizou, dispondo-se então a proceder com incoerência e fazendo “ tábua rasa” dos princípios e matrizes que caracterizam o grupo ou o partido a que pertencem.
E a verdade, infelizmente, é que cada vez mais, se arvora em líder que não o merece, pela sua tibieza ou inconstância na defesa da ideologia que se aceitou e pela qual se devia lutar.
Há, pois, por dentro de um partido se tenha a coragem de recusando os que se julgam predestinados, procurar dar lugar a novas revelações, que, acima de tudo e custe o que custar, sejam fiéis ao programa-base do seu partido.
Os que hoje são lideres podem não servir para o futuro sobretudo se abandonarem pouco a pouco, na prática, a ideologia própria do grupo ou partido a que pertencem.
Os homens mudam e passam e ninguém deve ficar agarrado a eles e idolatrá-los, quando já provaram terem pés de barro ou porem em prática que se provaram erradas.
Qualquer homem, principalmente político, a quem compete defender a causa pública vale pelo que representa em competência, dignidade, honestidade, solidariedade, verdade e amor ao bem colectivo, pelo qual deve trabalhar profícua e valiosamente.

 

A Medalha de Ouro da Cidade para o Dr. Joaquim de Sousa

A Câmara Municipal decidiu, por proposta dos Vereadores do PSD e votada por unanimidade, atribuir ao Dr. Joaquim Barros e Sousa a Medalha de Ouro da Cidade.
Foi um acto de inteira justiça, para com um cidadão ilustre que tem realizado, desde há muito, uma valiosa obra nos sectores político, social, desportivo e cultural da nossa comunidade e do país.
Felicitamos este nosso Amigo pela muito merecida distinção que lhe foi conferida.

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

 

A esquizofrenia política

É uma doença que ataca, com alguma frequência os que detêm o poder.
Doença perigosa que se sustenta da mentira, da arrogância, do autoritarismo, da perseguição aos adversários que importa eliminar, da vaidade, da teimosia, da intolerância.

Esses “doentes” convencem-se mesmo que são os melhores, os predestinados para mandar e subjugar os outros.
E sentem a necessidade de fugirem ou fingirem não conhecer a realidade, bem diversa da que apregoam a todo o instante.
Infelizmente, nos tempos actuais, ainda há políticos que sofrem de tal doença, esquivando-se tanto quanto podem a uma cura, pois são incapazes de mudar.
Mas o povo, farto de aturar a sua má governação, vai reagindo, ganhando consciência dos seus legítimos direitos, postergados por aqueles que exercem o poder com despotismo ou com políticas já provadas como erradas.
Mal é, porém, que haja regimes que se querem disfarçar de democráticos, em que também se vai revelando a esquizofrenia política, com a teimosia dos governantes se agarrarem ao poder, custe o que custar, mesmo que provoque consequências graves.

 

Passos Coelho e a confusão

O líder do PSD foi entrevistado na RTP por Judite de Sousa, e ao fim e ao cabo fico sem saber-se o que pretende Passos Coelho e qual o tempo oportuno de que falou para tomar uma decisão contra o governo, com cuja acção não concorda.
Depois de ter dado já a mão por três vezes, o certo é que as críticas muito frequentes e severas que o PSD vem fazendo às políticas governativas, não têm levado a qualquer resultado prático.
Na entrevista Passos Coelho fartou-se de dizer que o governo não fez isto nem aquilo, se a situação económico-financeira continua muito grave que o país já está a ser ajudado pelo Banco Central Europeu, que tem comprado uma fatia substancial da nossa dívida pública, que não têm sido feitas as reformas estruturais que se impõem há muito, que é preciso mudar de rumos, etc.
Porém, o líder do maior partido da oposição, parece, pelo que disse que quer aguardar melhor oportunidade para tomar uma posição.
Qual oportunidade e dentro de que prazo?
Não o disse, apesar da natural insistência por parte da entrevistadora.
Enfim, Passos Coelho, embora tendo feito referência às actuais sondagens favoráveis ao PSD e de afirmar não ter medo de governar, revelou uma certa confusão quanto ao que quer do seu partido.
Satisfaz-se apenas com o dizer mal do governo? Ou, na verdade, entende que ele está a fazer o que pode ser feito no combate à crise?!

 

Doenças raríssimas sem medicamentos

Nas chamadas doenças raras, os pacientes estão a deixar de ter medicamentos comparticipados a 100% pelo estado.
Em alguns hospitais os médicos foram já proibidos de receitar esses medicamentos que, na verdade, são muito caros, não permitindo que sejam os próprios doentes a custear o seu preço.
Quer dizer que tais doentes estão condenados… a morrer mais depressa por uma questão de contenção de despesas do estado.
Mas essa contenção não existe em despesas supérfluas do estado e noutros gastos com gabinetes cheios de “boys”, auferindo ordenados chorudos.

 

Uma campeã mundial em dificuldades

Albertina Dias que conquistou o título de Campeã Mundial de Corta-Mato, está presentemente a viver com enormes dificuldades.
Com uma filha de 13 anos, depois da morte do marido e de ter sido despedida de um seu emprego, teve que recorrer á prestação de trabalho doméstico, como mulher de limpeza a dias.
E para sobreviver já teve que se decidir a vender a casa, pois o trabalho vai faltando devido á crise que levam patrões a dispensar os seus serviços.
Em desespero de causa, já pensa em vender… as medalhas que conquistou.
Esta laureada atleta merece na verdade ajuda, sendo de justiça que seja compensada de todo o esforço que fez durante anos para prestigiar desportivamente Portugal, no meio internacional.
A Secretaria de Estado dos Desportos deve ter em consideração, com urgência, a situação de Albertina Dias.

 

Mais um erro informático

Dos cofres do estado saíram, no mês de Janeiro, 2 milhões de euros de subsídios pagos indevidamente pela Segurança Social.
E foi mais um erro informático que tal causou!
Agora os que receberam esses subsídios foram já notificados para fazerem a respectiva devolução.
E os que já não têm para assim procederem?!
Neste país, na verdade, vai sendo frequente a desculpa com os erros informáticos…
Mas nesses erros não tem responsabilidade quem introduz os elementos nos computadores?!

 

Dois casos

Na televisão foi entrevistada uma mãe acompanhada de dois filhos, que quer ela quer eles sofrem de doença rara, incurável.
Estiveram no programa em cadeiras de rodas, mas viemos a saber que a casa em que vivem é tão pequena que a filha, já de 13 anos, só pode deslocar-se arrastando-se de joelhos, sendo frequente feri-los.
Para além do que aquela mãe contou, emocionada, quanto ao que tem sido a sua triste vida, cheia de dificuldades económicas, o que mais impressionou foi o que ela disse: “esta é a minha missão, ajudar sempre com amor estes meus filhos inválidos”!
Esta é uma das muitas mães coragem que há neste país.


Os Jornais noticiaram que um homem de 82 anos matou a mulher, de 85 anos suicidando-se depois, e procedeu assim conforme consta de cartas que deixou dirigidas a uma filha, ao genro e uma neta, porque não podia ver a mulher no estado vegetativo em que se encontrava, não o conhecendo sequer como marido.
Era ele que há já anos tratava dela, mas o desgosto e a saturação levaram-no a acabar com o casal que durou 62 anos.
Sem esperança de recuperação da saúde da mulher faltou a coragem àquele marido para continuar a vida, embora, com enorme sofrimento.
O desgosto e o desespero tiveram mais força!

 

Ler e Meditar:

“Continuamos á espera que os indivíduos não sejam o que são: criaturas potencialmente batoteiras, interessadas acima de tudo em conservar o farnel.”

(Pedro Lomba, no “Público” de 15 do corrente

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

 

Então como é!?

Ainda não há muito, o Ministro da Administração Interna, disse no Parlamento que o governo não pagaria o preço de 300 e tal mil euros pelos carros blindados destinados á GNR que não foram entregues dentro do prazo contratual.

Mais disse que o governo accionaria judicialmente a empresa fornecedora para obter a devida indemnização pelo não cumprimento do respectivo contrato.

Porém, Portugal irá pagar o preço pelos carros e desistirá de cobrar qualquer indemnização.

Para quê, afinal, fazerem-se afirmações categóricas, garantindo isto ou aquilo, para em pouco tempo ter que se esquecer o que se disse!?

Não se deve tratar com leviandade o que é sério, sobretudo quando tal tem influência no erário público.

 

390 Mil idosos sozinhos

Em poucos dias sucederam-se 8 casos de idosos que, vivendo isolados, sozinhos, foram encontrados mortos nas casas que habitavam.

E esses infaustos acontecimentos vieram despertar a atenção para o problema da solidão, não só a organismos oficiais, mas a toda a comunidade.

Tal solidão afecta cerca de 390 mil idosos, segundo, agora foi noticiada.

Pode ser que venha a contribuir-se para enfrentar com maior cuidado a situação tão difícil e triste desses portugueses dando-lhes os apoios de que necessitam.

E já agora impõe-se perguntar: quantos idosos solitários haverá no nosso concelho? Será difícil apurar o seu número para que se adoptem medidas para os ajudar a terem uma velhice digna e, sobretudo acompanhada e cuidadosamente assistida!?

 

11,1% de desempregados!

O desemprego atingiu no último trimestre de 2010 a taxa record de 11,1%.

E, infelizmente, essa verdadeira chaga social não terá melhoria tão cedo.

A nossa economia continua mal (apenas no sector das exportações houve algo de positivo), mas o governador do Banco de Portugal disse já que Portugal está mesmo em recessão.

Quer dizer que, por enquanto, não se antevê um futuro melhor, nem as medidas de austeridade impostas com demasiada severidade tiveram resultados significativos.

De salientar que o Presidente da República, naturalmente preocupado com a gravidade da situação económico-financeira, chamou já a Belém com urgência o Ministro das finanças.

O auxílio do Fundo europeu ou mesmo do FMI, continuam a ser hipóteses a considerar.

 

O mundo árabe em polvorosa!

O que se passou no Egipto está a alastrar a outros países árabes, como a Líbia e o Bahrein.

São os respectivos regimes autoritários que estão a ser postos em causa, sendo vontade da população pôr-lhes termo.

E o exemplo do Egipto dá força aos povos que têm sido vítimas de violência, de repressão, de desigualdades e discriminações, de injustiças, para que lutem pela Liberdade e Democracia nos seus países.

 

Ler e Meditar

“O estado deve olhar para o cidadão como gente de carne e osso e não como o contribuinte número tal”

(Áurea Sampaio, na última “Visão”)

 

Ler e Meditar

“Se continuar tudo na mesma, política e socialmente, corremos o risco de a legítima indignação de inúmeros cidadãos explodir.”

(José Carlos de Vasconcelos, na última “Visão”)

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

 

Um veto político do Presidente da República

Cavaco Silva vetou politicamente o Decreto do governo que permitia que os medicamentos prescritos por médicos pudessem ser substituídos por genéricos pelos farmacêuticos.
Um veto dessa natureza pode significara primeira atitude de dureza, digamos assim, do Presidente contra uma posição do Governo.
E, decerto, ficará mais crispado o relacionamento entre o Presidente e o governo.
O veto político de um decreto governamental é definitivo, ao contrário de um veto presidencial em relação a um diploma legal aprovado no parlamento.

 

Os impostos e os bancos

Como é que se pode aceitar que os Bancos paguem, relativamente a 2010, menos impostos que em 2009, quando, afinal, os seus lucros foram maiores!?
E como é que os principais estabelecimentos bancários decidiram não distribuir dividendos aos seus accionistas? E como é que estes concordaram com tal posição?
Não há dúvida que se tem reforçado a ditadura do capital, de que, pelos vistos, os Bancos, são os mais visíveis agentes!
Cobram comissões por meras transferências, por guarda de títulos, aumentam com frequência os spreads, e os juros que pagam são, há muito, baixos.
É bem certo que a crise continua a não ter efeitos em alguns e os impostos afectam sim, mais os que auferem rendimentos menores.

 

Os conselhos do FMI

Mesmo sem estar em Portugal, aquele Fundo atreveu-se já a recomendar que se procurasse reduzir os gastos com a saúde, opinando que, sem isso em 2030 o Serviço Nacional de Saúde estará insustentável.
E, claro, aconselha que se pense a tempo na privatização.
O que se poderá esperar do FMI!?

 

Algarve… a saldo!

Também a indústria hoteleira na região algarvia está a sofrer uma significativa crise.
Há hotéis de 4 estrelas que alugam quartos a 10 euros por noite, e algumas unidades hoteleiras estão encerradas até á época de verão esperando-se que então se normalize a situação.
Quando isto acontece na zona turística por excelência, que fará noutros lugares!?
Enfim, a crise vai afectando vários sectores da nossa economia.

 

A solidão dos idosos

Veio agora a saber-se que só no Hospital de Amadora – Sintra há 79 idosos que, embora tenham já alta, ali vão ficando por não terem família que os acolha.
A propósito desta notícia, um idoso entrevistado disse algo que tem que impressionar: “a solidão mata aos poucos”.
Na verdade, não tendo com quem falar durante horas e horas, vivendo por vezes sem recursos económicos, sem família ou com família que ingratamente os ignora, tendo que tratar do quarto ou da casa onde vivem com trabalhos que nunca julgaram ter que fazer, forçados a uma constante e cada vez mais mórbida saudade do que de bom passaram na sua já longa vida – os que só têm a solidão como triste companhia vão, efectivamente morrendo aos poucos.

 

O Presidente Analisa cenários futuros

Cavaco Silva tem ultimamente analisado com várias personalidades os possíveis cenários políticos que poderão surgir no futuro.
Que quererá isso dizer!?
Crise política á vista? Eleições antecipadas? Nova reformulação do relacionamento com o governo?
É que a possibilidade de vir a ser aprovada uma moção de censura a apresentar pelo PSD e com o apoio dos partidos da esquerda poderá forçar a qualquer situação dessas.

 

Não vem o FMI? Mas…

Parece que está mesmo posta de parte a vinda do FMI ao nosso país.
Mas não se dispensará, decerto, a ajuda do Fundo Europeu, que não trará encargos tão elevados como seriam os do FMI.
Seja, porém, como for, sempre o país terá de pagar, embora com juros mais baixos, os empréstimos que vierem de Bruxelas.
Felizmente que o governo já arrecadou uns bons milhões de euros com a venda de obrigações do tesouro e da dívida pública, que têm tido uma surpreendente procura.
Mas a situação financeira é e será ainda muito grave.
Como se chegou a este estado!?
É o que, um dia, se poderá apurar.

 

Mais uma promessa do Primeiro Ministro

Sócrates garantiu que não haverá despedimentos na função pública.
Os sindicatos, porém, e algumas personalidades politicas e especialistas em questões laborais e económicas duvidam que assim venha a acontecer.
É certo que muitos já abandonaram os seus lugares na função pública e muitos aguardam a sua aposentação, já requerida, mesmo sofrendo a respectiva penalização.
Mas será suficiente para que não seja preciso proceder a despedimentos!?
Oxalá a promessa feita pelo Primeiro Ministro, venha, desta vez a confirmar-se.

 

Ler e Meditar:

“Fazer do capital o dono e árbitro do desenvolvimento económico é uma capitulação face ao neoliberalismo que não é digno de um partido socialista”

(Ana Benavente em entrevista à “Revista Lusófona da Educação”)

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

 

Foi há 50 anos

A 4 de Fevereiro de 1961 que em Angola se iniciou a luta armada contra o regime colonial português.
Nessa guerra, morreram muitos dos nossos jovens, muitos ficaram estropiados, muitos ficaram com marcas psíquicas para toda a vida.
E também foram muitos os angolanos que sofreram os horrores desse confronto militar, tendo naquele território acontecido muitas atrocidades.
A teimosia de Salazar fez durar essa guerra, mesmo quando já se tinha como certo que era impossível manter a soberania portuguesa em todas as nossas colónias, pois em todas elas, se seguiu o exemplo de Angola, na luta pela libertação.
Só com a revolução de 25 de Abril de 1974 que derrubou o regime ditatorial que governou o nosso país durante cerca de meio século, as colónias vieram obter a sua independência.
Mas a verdade é que a partir do início da guerra em Angola, começou a desenhar-se a queda do regime ditatorial de Salazar e Caetano.
Portugal só se honrou ao conceder às suas antigas colónias o Estatuto da Independência.

 

Tratamento desigual…

A candidatura de Manuel Alegre terá uma dívida de 300 mil euros, já que o respectivo resultado eleitoral determinou uma redução substancial na subvenção do estado.
Não se compreende, porém, que o apoio material do PS se fique pelos 400 mil euros, quando a Mário Soares que obteve um resultado inferior nas eleições de 2005, aquele Partido atribuiu 2 milhões.
É um tratamento desigual que não pode deixar de causar estranheza.
José Lello, que é o responsável pelas finanças do PS e que, pelos vistos, não “morre de amores” por Alegre, procura justificar-se, dizendo que tem que ter contenção de despesas, só que tal não existe para outras iniciativas ou acções do partido.
O que há em relação a Manuel Alegre parece ser uma p”perseguição” mesmo dentro do PS.
Ele, na verdade não tem sido cómodo, pois é dos poucos que ainda se mantêm fiel ao idealismo socialista, defendendo-o com frontalidade, coragem e sem receio das consequências.

 

Menos deputados!?

O Ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, propôs a redução do número de deputados, mas parece que o seu próprio Partido não concorda com tal proposta, havendo até alguns dos seus camaradas que põem em causa a permanência do referido ministro no governo.
Porém, o certo é que se impõe, na verdade, essa redução, já que a maioria dos deputados só têm servido para votar nos plenários.
Quantos passam a legislatura”mudos e quedos como penedos”!
Quem ler os diários da Assembleia da República terá oportunidade de verificar que muitos nem uma só intervenção fazem.
Deve, pois, proceder-se a uma alteração da lei eleitoral para as legislativas, reduzindo-se o número dos senhores parlamentares, não apenas por uma questão de contenção de despesas, mas, sim, para se procurar uma maior dignidade e credibilidade daquele Órgão de Soberania.
Mas, para isso necessário se torna saber escolher os que têm na verdade qualidade

 

A restauração em crise

Em pouco tempo mais de 1500 restaurantes encerraram as portas.
Foi a falta de clientela, o consumo limitado que fazem os que ainda se decidem a comer fora de casa, o aumento dos preços dos produtos alimentares, também as despesas mais elevadas com pessoal e com os encargos dos estabelecimentos – tudo isso tem determinado o encerramento de tantos restaurantes, o que não parará por enquanto.
Claro que, em restaurantes de luxo a crise não terá ainda chegado, pois quem os procura é a elite milionária que subsiste neste país.

 
“É preciso revitalizar a credibilidade dos políticos: com um sentido de austeridade”
(Jorge Lacão, no Diário Económico, de 1 do corrente

 

Ler e Meditar:

“É obrigatório que os políticos comecem a dizer a verdade aos portugueses.”

(Paulo Pinto Mascarenhas no “Correio da Manha”, de 1 do corrente)

terça-feira, fevereiro 01, 2011

 

O Cartão de Cidadão…… em vez de 5 em 1, foi 4 em 1

Milhares de portugueses viram-se impedidos de votar, por dos cartões de cidadão não constar o úmero de eleitor o que determinou o desconhecimento do local onde se devia votar.
Ora, pelo que se sabe essa circunstancia anómala, já há tempo tinha sido detectada e comunicada superiormente, não lhe sendo porém dada solução por quem de direito.
Será que o facto de, pela razão referida, muitos eleitores deixaram de poder exercer o dever cívico de votar e de participar assim num acto importante e democrático, poderá merecer simplesmente um pedido de desculpa por parte do Ministro da Administração Interna?!
É certo que foi instaurado um inquérito para apurar a responsabilidade por uma falha técnica, mas, e a responsabilidade política, ninguém a tem?
Porque será que neste país se liga tão pouco á responsabilidade política própria de uma verdadeira democracia.
Ate agora, apenas directores gerais tiveram a coragem de se demitirem.
E o respectivo Ministro espera porquê?

 

Ministra que não conhece a realidade

A Ministra da Educação, para tentar justificar a redução substancial do apoio financeiro ás escolas privadas que prestam ensino publico por contratos de associação ao estado, disse que, não podiam continuar os subsídios a esses estabelecimentos de ensino que até tinham campos de equitação de golfe, e que serviam, sim para angariar elevados lucros.
Ora, aquela Ministra devia conhecer melhor essas escolas e atender a cada caso concreto, até porque, sem o apoio estatal, muitas delas terão que fechar, não havendo escolas públicas próximas.
E quantas destas estão superlotadas…
Enfim, Isabel Alçada agiu apenas com base num critério economicista, sem cuidar das consequências que resultarão da medida tomada!

 

Milhares de estudantes sem bolsas

Calcula-se em 40 mil os estudantes a quem foram cortadas as bolsas, o que os leva a não poderem prosseguir na sua vida escolar.
Só em 3 universidades, 1200 alunos já cancelaram as inscrições.
Quer dizer que serão muitos os que ficam privados de contribuir para a batalha da qualificação que tão necessário é preciso vencer no nosso país.
Na verdade, foram cegos os cortes efectuados.

 

Os gestores milionários

Há em Portugal gestores de empresas públicas a ganharem muito mais que o presidente da República, e ate mesmo mais que o Presidente dos Estados Unidos.
E o certo é que tem havido coragem para reduzir salários baixos ou médios, mas não se tem mexido nas remunerações milionárias daqueles gestores.
É isso que naturalmente é inaceitável, causando indignação.

 

Cerca de 250 mil sem subsídio de desemprego

Para além de mais de 600 mil desempregados inscritos nos Centros de Desemprego, cerca de 250 mil desempregados de longa duração e precários, estão já sem receberem subsídio.
A situação destes desempregados não merece que pelo menos se suavize a sua difícil vida através de um plano de apoio por parte do estado?!
Prefere-se abandoná-los á sua triste sorte de onde poderão resultar consequências muito nefastas, como o crime mesmo violento, as depressões profundas, outras doenças relacionadas com a fome, mesmo os suicídios!

 

O estado e o ajuste directo

Já se sabia, há muito, que o estado tem usado e abusado do ajuste directo em compras, adjudicação de obras e serviços, em acessórias, etc.
Mas o que não se sabia era que 90% de tudo isso se fazia por ajuste directo e muito embora a lei estabeleça limites para serem permitidos os ajustes directos, tal tem sido ultrapassado com manifesta violação da lei.
Quer dizer que não tem havido a necessária transparência na contratação que o estado realiza, sendo natural que se levantem suspeitas quanto a quem ganha com essas condutas ilícitas.
Felizmente, as coisas vão se sabendo e talvez que, um dia venha a respeitar-se a legalidade.

 

E muitos votos dos socialistas foram para Cavaco Silva e Fernando Nobre.

Apesar de o Partido ter dado o apoio a Manuel Alegre, o Jornal ”Sol” noticiou que houve uma divisão de votos dos socialistas que contemplaram com 285 mil votos Fernando Nobre e com 280 mil Cavaco Silva.
Apenas 20% dos eleitores do PS preferiram o seu camarada Alegre.
Terão sido mesmo verdadeiros socialistas a procederem assim?!
Enfim, não venham, no futuro a arrependerem-se de terem voltado as costas a quem como Manuel Alegre, foi sempre coerente e corajoso defensor dos princípios programáticos do PS, como Partido da Esquerda Democrática.

 

Ler e Meditar:

“Não me venham dizer que já não há ideologias ou que esta dicotomia entre esquerdas e direitas é caso do passado. Nunca como hoje foi tão urgente no Mundo, na Europa e em Portugal, contrapor ao pensamento neoliberal, dominante uma alternativa mais justa e mais solidária.”

(Helena Roseta no Público de 28 de Janeiro)

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