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terça-feira, dezembro 30, 2008

 

Mais países acolhem presos de Guantanamo

Agora foi a Austrália a dispor-se a receber alguns desses presos. Portugal foi dos primeiros ( senão mesmo o primeiro) a ter essa iniciativa e com ela só se prestigiou. Na verdade, é que todos os que estão naquela “ prisão-inferno” anseiam justificadamente por sair dali.
Obama já se comprometeu a encerrar Guantanamo, mas até lá faltará, ainda, algum tempo…
E não é demais que haja países que o ajudem na concretização desse propósito humanitário.
Os presos, vítimas de muitas violências, humilhações e torturas, muitos deles sem julgamento, merecem acalentar a esperança de serem tratados com humanidade, mesmo longe do local do martírio infligido por agentes de um país …democrático!

 

Voltou a guerra entre israelitas e palestinianos

Inesperadamente, acabou o período de tréguas entre aqueles dois povos, tréguas que duraram pouco e os ataques aéreos de Israel à Faixa de Gaza causaram já 380 mortos, 1700 feridos, a destruição de muitos edifícios privados e públicos.
Dizem que o primeiro ataque israelita foi a resposta a um outro realizado pelo Hammas.
Mas o certo é que o potencial militar de Israel é, como se sabe, de maior dimensão e, por isso, trata-se um confronto desigual!
Os mísseis israelitas usados agora contra a Faixa de Gaza são de enormes efeitos destrutivos e causadores de muitas mortes.
E já decorreram quatro dias com ataques sucessivos e com um grande exército junto à fronteira de Israel com a Faixa de Gaza, estando eminente uma invasão territorial.
E a comunidade internacional cuja acção já foi solicitada ficará de braços cruzados?!
É certo que o Conselho de Segurança da ONU e os governos de alguns países já apelaram ao fim desse violento confronto militar.
Mas em conflitos desta natureza não há como tentar resolvê-los de imediato e não quando já existam efeitos de grande volume.
Entretanto, os raids aéreos e os mísseis continuam a levar a morte e a destruição àquela região.

 

O Presidente e o Estatuto dos Açores

Cavaco Silva fez, ontem, uma comunicação ao país, em que explicou as razões que o levaram a discordar de alguns preceitos daquela Estatuto, considerando-os como restritivos dos poderes presidenciais consagrados na Constituição, a saber:
- para a dissolução da Assembleia Regional, obriga-se por aquele diploma, mera lei ordinária o Presidente da República a ouvir antecipadamente os partidos com representação naquele órgão, a própria Assembleia e o governo regional.
- proíbe-se que, no futuro, tal preceito venha a ser alterado.
Quer dizer que, na verdade, exige-se mais para ser possível a dissolução da Assembleia Regional do que para a da Assembleia da República. E, embora o Presidente tenha apenas que ouvir aquelas referidas entidades, o certo é que tal representa uma redução das competências presidenciais, que, rigorosamente, só através de uma revisão da Constituição poderia acontecer.
Nunca, pois, através de uma lei ordinária.
Várias vezes eminentes professores de Direito Constitucional deram razão a Cavaco Silva, mas este decidiu-se apenas por tentar resolver o problema no plano político mandando no estatuto para o parlamento que veio a aprová-lo sem as alterações que o Presidente pretendia.
Devia o Presidente ter remetido ab initio ao Tribunal Constitucional o diploma que, decerto, seria considerado inconstitucional. Não o fez, e, agora, foi mesmo obrigado a promulgá-lo, ainda que mantendo os fundamentos das suas divergências, de que, ontem, mais uma vez, deu conta ao país. A questão, porém, não está decidida definitivamente, já que pode ser requerida a fiscalização sucessiva do diploma em causa pelo Tribunal Constitucional.
Enfim, Cavaco Silva, na sua comunicação, foi duro na apreciação dos partidos que votaram o Estatuto chegando mesmo a dizer que a democracia sofreu um grave revés e que houve uma quebra de lealdade entre dois órgãos de soberania.
Tem razão o Presidente, que agiu, sim, inicialmente talvez com alguma ingenuidade acreditando, com boa fé, que os partidos no parlamento fariam uma revisão do diploma, o que não sucedeu.
O porta-voz do PS já veio desvalorizar as palavras e as críticas de Cavaco silva, dizendo que se mantém o bom relacionamento entre o governo e o Presidente.
Mas, depois de o ouvirmos, ontem, será difícil que se passe uma “ esponja” sobre o que aconteceu. Se as eleições não estivessem a poucos meses de se realizarem e o país não estivesse a sofrer os efeitos de uma grave crise, talvez a posição de Cavaco Silva fosse outra!
Assim, imperou o bom senso.

 

2009

Será um ano difícil para os portugueses e não só, porque a grave crise económico-financeira instalou-se em vários pontos do mundo. Mesmo onde menos se esperava, como nos EUA e nos países europeus com economias mais sólidas…
E, segundo dizem, os entendidos, tão cedo não poderá encontrar-se solução, o que quer dizer que a crise durará, não se prevendo quanto tempo.
Sem demasiados e tolos optimismos, mas com determinação e vontade de vencer, há que combater a forte tempestade que assolou muitas economias.
E isso compete não só ao governo, através de medidas e políticas adequadas, mas a todos nós nas áreas em que estamos inseridos, com comportamentos responsáveis, com competência, imaginação e dinamismo.
Encontremos as forças precisas para alcançar o êxito tão necessário. Que 2009 não seja, afinal, tão mau como se prevê!

domingo, dezembro 28, 2008

 

Para Ler e Meditar

“ A profissão de professor é das actividades mais nobres. Mas infelizmente os docentes têm vindo a perder prestígio e autoridade”
( Armando Esteves Pereira in Correio da Manhã de 26 do corrente)

 

Não seria bom explicar?

O Primeiro-Ministro disse, na sua menagem de Natal, que o governo contribuiu para a descida da taxa de juro Euribor. Porém, não explicou como e, francamente, devia fazê-lo para que não se veja naquela sua afirmação um injustificado auto-elogio que seguiu na enumeração de outros. Claro que todos os partidos da oposição já o criticaram por isso, atribuindo todos os louros desse facto ao Banco Central Europeu, entidade que, na verdade, tem competência para “decretar” a variação dos juros. Mas Sócrates ainda está a tempo de se justificar.

 

As desonestidades continuam!

Todos os dias há notícia de actos de corrupção, de roubalheira, de abusos de poder, de aproveitamentos ilícitos de dinheiros, enfim, de desonestidades cometidas em lugares que se ocupam! Tal acontece onde menos se esperava e de que são autores pessoas que tinham o dever de se comportar com rectidão.
É a ganância, o desejo intenso de obter um rápido e fácil enriquecimento, quantas vezes logo aos milhões!
E, decerto, esses, mesmo que venham a ser julgados e condenados, já têm a bom recato no estrangeiro fortunas feitas ilicitamente…
Em Bancos, empresas, alguns serviços do Estado (ainda hoje se soube de uma fraude de pelo menos 6 milhões de euros praticada no Instituto do Emprego) tem havido casos motivados por desonestidades.
Quando parará a onda de procedimentos criminosos por quem, pelo seu nível social e posições ocupadas na sociedade devia agir com honradez e dignidade.
É que, na verdade, não é só a crise económico-financeira que deve preocupar-nos é, sim, também a crise de valores e de ética que está, infelizmente, a agravar-se dia a dia.
A Revolução de Abril não se fez para isto e o país não merece que o maltratem com tantas condutas impróprias e criminosas, com tanta desvergonha!

 

Os dos ziguezagues…

Há alguns responsáveis políticos e até governantes que esquecem facilmente, ou fingem esquecer posições que outrora assumiram com muito empenho, determinação e, às vezes, mesmo muita coragem. Andaram pelas “ franjas” extremas da esquerda, defendendo ideais de uma esquerda radical que, nos tempos da ditadura, eram combatidos até com muita violência pela polícia política. E mesmo depois da Revolução de Abril, alguns deles continuaram a militar, então já “ às claras” em partidos dessa esquerda.
Mas com o decorrer do tempo, por razões várias, foram-se aproximando da área do socialismo democrático e, hoje, nos lugares de destaque que alcançaram, criticam severamente aqueles que continuam a ter ideais que já foram os seus. Agora, é vê-los a culpar os comunistas de tudo o que é mau neste país, a não aceitarem ou a desvalorizarem as manifestações públicas de protesto contra o poder instituído, a exibirem uma indesejável arrogância na defesa das políticas implementadas, a mostrarem, com frequência, um auto-elogio injustificado, a proclamarem que a verdade está apenas com eles e a criticarem quem se lhes opõe ( como se gostassem de serem apenas aplaudidos, exaltados).
Causa tristeza verificar que muitos desses foram atingidos pela cegueira, que os impede de verem a realidade!
Mas eles lá sabem as “ linhas com que se cosem”…

sábado, dezembro 27, 2008

 

Para Ler e Meditar

“ Os portugueses são ricos em emoções mas tão longe de saber pensar bem o seu futuro. Faz-lhes falta pensar, ter estratégia, ter projecto”
( João Santos Lucas in Diário Económico de 25 do corrente)

 

O tsunami de há quatro anos

Na Tailândia e Indonésia, países em que mais se sentiram os desastrosos efeitos do tsunami, uma multidão lembrou, ontem, em recolhido silêncio ou em cerimónias religiosas as 220 mil vítimas de tão inesperado e feroz acontecimento, já considerado como a maior catástrofe do séc. XXI.
O tempo decorrido já não o fez esquecer, principalmente aos familiares dos que morreram e que, em várias regiões, se viram privados das vidas e convivência dos seus entes queridos.
A Natureza, implacável por vezes, levou às populações o sofrimento e tristeza e muitas consequências graves, num enorme rol de carências de vária ordem.
Nenhum meio existe para evitar e combater tão desastroso fenómeno natural.
Mas quando são os homens que provocam algo de semelhante a um tsunami na economia, na vivência social e política, quando são os homens que fazem as guerras e não respeitam os direitos humanos fundamentais, violam, com frequência a s regras da ética, preferem o seu egoísmo, adoptam a indiferença em relação aos outros – então, isso é, na verdade, mais lastimável, porque se desprezam os meios que se podem utilizar para prever e combater os “ tsunamis” que surgem nas sociedades e nos países!

 

A mensagem de Natal de Sócrates

O optimismo do Primeiro-Ministro manifestou-se, mais uma vez, na sua mensagem de Natal. Será dos poucos que ainda consegue falar com esse optimismo, quando, na verdade, a situação económico-financeira é de muita gravidade!
Mas, apesar a convicção que faz transparecer nas suas palavras, muitos, mesmo muitos dos que o ouvem já não se sentem animados, porque, efectivamente, não podem, tantas são as dificuldades que têm que enfrentar no dia-a-dia.
Pouco importa saber se, como dizem alguns, a crise que estamos a sofrer é o reflexo de uma crise mundial ou, como outros opinam ela se deve também a causas internas sobretudo pela falta de previsão que se impunha e ainda por políticas erradas.
O certo é que a crise está aí e será, sem dúvida, por muito tempo.
Quer dizer que não há razões para um optimismo demasiado e sem fundamento quanto ao futuro.
As desigualdades sociais aumentarão, o desemprego também, os conflitos sociais agravar-se-ão, a pobreza não diminuirá, nem o custo de vida, as empresas ( principalmente as pequenas e médias) continuarão com muitas dificuldades de sobrevivência e muitas não se aguentarão, falindo.
Só que, isso sim, deve acreditar-se na coragem e nas qualidades dos portugueses para, mais uma vez, se vencer a muito preocupante situação actual.
Mas também o governo tem que saber governar com competência e humildade, reconhecendo erros e corrigindo-os quando preciso.
E deve saber adoptar e implementar políticas que contribuam eficazmente para a resolução dos problemas mais prementes.
Com sobranceria, arrogância, vaidades e auto-elogios, é que nada de bom poderá resultar.
Até porque, muitas vezes, tal não encontra justificação.

 

Os sindicatos é que têm a culpa de tudo?!

A DREN apressou-se a considerar de “ brincadeira de mau gosto” o que se passou, há dias, na Escola do Cerco, Porto!
Ameaçar com uma pistola, embora de plástico ( o que a professora naturalmente não se apercebeu logo) e exigir aos “ berros” que a professora desse notas positivas a todos os alunos – poderá ser uma mera “ brincadeira de mau gosto”?
E se essa situação tivesse ocorrido com a directora da DREN, como a classificaria ela?
Mas reprovável foi também a atitude do presidente da Confrap ao admitir que o acontecimento da Escola do Cerco terá sido “ encomendado” pelos sindicatos!...
Aquela pessoa revela sempre uma muito estranha e até sintomática animosidade para com os sindicatos e também contra os professores, defendendo acerrimamente as posições do ministério.
Enfim, assim vai a Educação neste país!

quinta-feira, dezembro 25, 2008

 

Para Ler e Meditar

" E se os accionistas da Qimonda, não obstante o esforço financeiro da CGD, do estado federado da saxónia e da entrada de capital novo, descobrirem que a empresa não é viável?
Acertou: mais uma factura para o contribuinte pagar"
( Camilo Lourenço in Jornal de Negócios do dia 23)

 

Os mineiros de Aljustrel tiveram um bom presente

Uma empresa portuguesa, a MTO, tomou conta das Porites de Aljustrel.
E o desemprego que se esperava vir a haver naquela região já não existirá, felizmente.
Foi, pois, um bom presente de Natal para muitas famílias que dependiam dos rendimentos do seu trabalho naquela empresa.
O governo teve uma acção merotória quanto à solução encontrada, dispondo-se, inclusivamente, a conceder a exploração de uma outra mina, ainda não em actividade.

 

A que ponto se chega?!

Os Presidentes dos Conselhos Executivos das escolas da região centro reu iram-se, denunciando a pressão que o Ministério da tutela está a fazer sobre eles no sentido de desmentirem que há estabelecimentos de ensino em que foi suspenso o processo de avaliação.
Quer dizer que, sendo isso verdade, querem que os que têm funções directivas nas escolas mintam!...
Acresce, ainda, que naqueles Conselhos Executivos estão a ser recebidas instruções superiores para que apliquem normativos ainda não publicados!
Espera-se que todos os Presidentes dos CE se reunam brevemente para tomarem as posições que se impõem.
Na verdade, o que se está a passar no Ministério da Educação é insólito e impróprio!

 

O Tribunal Constitucional e o Novo Código do Trabalho

Aquele Tribunal acabou de " chumbar" o preceito do Novo Código do Trabalho em que se alargava o período de trabalho experimental de três para seis meses.
Quer dizer que esse preceito foi declarado inconstitucional pois atentava contra o princípio da segurança e estabelidade no trabalho.
Vários Professores de Direito Constitucional já se tinham pronunciado nesse sentido.
Era, na verdade, um preceito manifestamente injusto e prejudicial para os trabalhadores que, depois de terem prestado serviços durante seis meses podiam ser despedidos sem justa causa, bastando à entidade patronal invocar que terminou o período de experiência!
Assim, com a decisão do Tribunal Constitucional, o Novo Código não entra em vigor já em 1 de janeiro próximo, como o governo pretendia.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

 

Breve apontamento sobre o Natal

Quer se seja crente ou não o certo é que esta quadra do Natal tem o condão de nos trazer um maior empenho quanto a tolerância, compreensão, faternidade, aceitação dos outros, solidariedade efectiva para com os que dela precisam.
Por toda a parte se fala, nesta altura, de paz, de amizade, da felicidade que se ambiciona.
É realmente um período em que se sente o verdadeiro espírito de Natal no que pode representar de aproximação aos outros e do desejo intenso de resolver os problemas mais graves que se têm de enfrentar.
Pena é, porém, que não se prolongue no tempo a gama de bons propósitos que sempre se fazem no Natal.

 

Votos de Boas-Festas

Desejo a todos os que visitam este blog um Feliz Natal e um Novo Ano com muitos êxitos pessoais, profissionais e com uma vivência que traga fundadas expectativas para um futuro melhor para todos os portugueses.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

 

Para ler e meditar

“ Santana Lopes tornou-se, a partir de agora, o novo líder do PSD, após a abdicação de Manuela Ferreira Leite. Ninguém o calará agora.”
(Fernando Sobral, no Jornal de Negócios, de 18 do corrente)

 

E a morte continua no Zimbabwe

São já mais de mil as pessoas, principalmente crianças que morreram naquele país com a cólera!
E o ilegítimo presidente Mugabe continua a não dar a devida assistência médica ao seu povo, nem a deixar que organizações internacionais aprestem!...
A epidemia vai-se alastrando, encontrando-se já afectadas milhares de pessoas.
É enorme a insensibilidade do ditador à miséria, à fome, à doença, às pessoas que vivem em extrema pobreza.
Não terá ele já cometido crimes suficientes para se justificar uma intervenção da comunidade internacional?
Não haverá já motivo sério e fundamentado para tão feroz ditador ser julgado por um Tribunal Internacional?

 

Ceias de Natal para carenciados

Principalmente, nos grandes centros urbanos, nesta época natalícia, mais surge a chamada de atenção e mais solidariedade em relação aos mais necessitados.
Com a ajuda de entidades oficiais, instituições de natureza social e também de voluntários, organizam-se as ceias de Natal.
E as que temos visto na televisão decorrem em bom ambiente, reúnem centenas de carenciados que nesta quadra do ano comem à mesa substanciais repastos.
Claro que isso não resolverá os seus problemas, mas suaviza-os pelo menos durante umas horas.
Se cada vez mais há pobres, bom seria que cada vez mais houvesse quem se interessasse por eles, proporcionando-lhes um mínimo de condições para viver.
A solidariedade é, sem dúvida, o sentimento que, nos tempos presentes, mais deve preocupar os que têm a sorte de poderem ajudar os que precisam.

 

O Estado ajuda a Quimonda a “salvar-se”?!

Há poucos meses, teceram-se elogios rasgados àquela empresa considerando-a, além de grande empregadora (nela trabalham 1800 pessoas), a maior exportadora no nosso país.
Agora, porém, tal empresa abriria falência se não fossem as ajudas da Caixa Geral de Depósitos, que contribuirá com 100 milhões de euros, sendo outros bancos que entrarão com mais de 200 milhões!
É estranho que, em tão pouco tempo, a situação da Quimonda se degradasse a ponto de encerrar se não aparecesse a necessária e vultosa ajuda…
Mas, enfim, era preciso (sobretudo nesta altura em que se aproxima um período eleitoral) evitar o desemprego, pelo menos para já, de um número tão elevado de empregados.
Oxalá é que a empresa, com esta grande ajuda financeira, recupere e seja bem aproveitado o dinheiro que nela vai ser investido!
Mas sempre se dirá: os foguetes devem deitar-se em relação a situações já consolidadas.
Porque senão corre-se o risco de vir a ser estragada a festa.

 

Abaixo-assinado dos professores

Mais uma iniciativa de protesto dos docentes: um abaixo-assinado por cerca de 70 mil foi hoje entregue no Ministério da Educação.
Pugnar pelo que é justo dá força e, na verdade impõe-se a luta dos professores pelo direito a um Estatuto que lhes dê a dignidade e o respeito que merecem.
Os “remendos” que o ministério tem feito no seu modelo de avaliação do desempenho representam, afinal, a maneira precipitada e errada como foi elaborado.
Mas não chega, porque há pontos essenciais que importa serem repensados e corrigidos.
É por isso que os professores, na sua grande maioria (agora já mais de 80% da totalidade) se batem pela imediata suspensão do modelo que é capaz de motivar várias e manifestas injustiças.
Claro que o Secretário de Estado, que ultimamente tem substituído a ministra nas intervenções públicas, já veio insinuar que algumas assinaturas sejam falsas, não sendo, inclusivamente, de professores!
Mais uma atitude censurável por parte do ministério, ao qual, decerto, vai pedir-se a prova do que diz!...
Censurável é também que fossem recebidos no ministério os 13 professores que ali foram mostrar a sua concordância com o modelo de avaliação e agora ninguém daquele ministério se dispôs a receber os professores que levavam consigo o maior abaixo-assinado de professores!
Enfim, no Ministério da Educação não há, infelizmente, civismo, tolerância e mesmo procedimentos de educação.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

 

Para ler e meditar

“ A crise financeira elevou a desconfiança a um grau nunca visto desde 1929. Enquanto essa desconfiança (exacerbada pela falta de tacto da classe política) não desaparecer, o mundo continuará de pernas para o ar”
(Camilo Lourenço, no Jornal de Negócios, de ontem)

 

Grupo Coral David de Sousa

Amanhã, pelas 21.30h este grupo coral dará o seu habitual Concerto de Natal, na Igreja Matriz da Figueira da Foz.
Este excelente coral, que tanto tem prestigiado a Figueira e a sua Cultura, proporcionará, decerto, bons momentos de prazer espiritual.

 

Não era necessário!...

Ontem, num jantar de Natal dos deputados socialistas, o líder do PS, no discurso que pronunciou repassado de optimismo quanto ao que tem sido a acção do governo, designou o Partido dizendo que “o PS é um Partido popular da esquerda democrática, da esquerda moderada”.
E enfatizou essa frase, repetindo-a.
Seria desnecessário esse seu apadrinhamento, pois, na verdade, qualquer Partido é popular porque se destina ao povo devendo trabalhar pelo seu interesse comum; e que é democrático e de esquerda moderada assim tem sido revelado.
Quer dizer que Sócrates não precisava de falar como falou, fê-lo talvez para apaziguar os socialistas que duvidem que este PS esteja a cumprir as suas matrizes essenciais.
Nos Partidos, porém, não é suficiente o que consta dos seus programas, é preciso, sim, que na prática a sua política seja coerente com as regras programadas.
E é também preciso que com frequência e humildade, os responsáveis partidários façam exames de consciência, para que não se desviem dos seus ideais.

 

O Natal de alguns idosos

Ouvi agora mesmo na televisão: há imensos idosos que, internados nos hospitais, ali ficam abandonados pelas famílias.
Um director de um hospital do Algarve deu a conhecer que vai sendo cada vez mais frequente esse abandono, mesmo depois de terem alta ninguém aparece para os recolher.
Um caso, pelo menos: já cerca de 150 dias decorreram após a data da alta e um idoso permanece no hospital, deixado ali pelos familiares!
E são muitos os que já podiam passar o Natal com as suas famílias, mas se vêem desprezados como se já tivessem morrido para os que tinham a obrigação de os levar para casa, dando-lhes o aconchego e o carinho de um lar.
Porquê tanta falta de solidariedade e de gratidão para com quem, durante a vida, deu amparo, amor e ajuda material aos seus familiares?!
Será a carência de meios económicos numa época de muita dificuldade e de muito desemprego?
Nem isso justificará a indiferença e mesmo maldade como se tratam os familiares idosos.
Estes, apesar das dificuldades que têm, por vezes, de passar em casa dos filhos ou de outros familiares, preferem sem dúvida viver e acabar os seus dias junto deles.
O que há geralmente é uma mentalidade defeituosa, com a ausência de valores morais ou éticos.
Isso é, infelizmente o que mais há por aí!

 

O Ministério da Educação fez mais alterações

O governo está a tentar “calar” os professores, fazendo novas alterações ao processo de avaliação do desempenho.
Mas a verdade é que, apesar de já ter reconhecido, pelas alterações efectuadas, que o primitivo modelo de avaliação era errado e inexequível, a ministra, sempre apoiada pelo governo, teima em não o suspender para ser possível uma melhor reflexão e se obter uma solução consensual.
Agora, foram dispensados da avaliação os docentes que estejam perto (2011) de pedir a reforma.
E também os novos directores das escolas irão usufruir de um suplemento de vencimento entre os 40 e 46%.
Igualmente foram dispensados para efeitos de avaliação os critérios dos resultados escolares e das taxas de abandono.
Tudo isto é, afinal “rebuçados” que, no entanto, não adoçam a boca dos professores, pois, no essencial, mantém-se um processo de avaliação ainda manifestamente injusto.
Mas o que o ministério tem feito com sucessivas alterações demonstra, sem dúvida, a forma precipitada e mesmo errática como foi elaborado (e durou 2 anos!) o primitivo modelo de avaliação.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

 

Para ler e meditar

“ A bolha da economia especulativa rebentou e agora descobre-se que era tudo ficção”
(Armando Esteves Pereira, no Correio da Manhã, de ontem)

 

Diz-se que:

- Da lista de candidatos às eleições autárquicas, que será em breve anunciada pela líder do PSD, não está ainda o candidato para a Câmara da Figueira.
- Mas, o nome agora mais falado que vai ganhando mas apoiantes é o de Lídio Lopes.
- No PS volta a constar que Luís Marinho se mostrou disponível para encabeçar a lista para a Câmara do nosso concelho, embora a comissão política local não se tenha ainda pronunciado como lhe compete.
- Nos outros Partidos, há o silêncio…
- António João Paredes, presidente da Comissão Concelhia do PS, que deixou o lugar de delegado do Instituto da Juventude em Coimbra vai prestar serviço no Ministério da Saúde.

 

E Santana Lopes é o candidato do PSD à Câmara de Lisboa

Foi ontem confirmado para o lugar para o qual já se disponibilizara à tempo.
Fizeram-lhe a vontade, acreditando o seu Partido que aquele político tem ainda condições para ganhar a Câmara da capital.
Terá a sua indicação sido consensual ou terá havido alguma “luta” na Direcção Nacional?!
É que, na verdade, é estranho que não fosse a própria líder do PSD a anunciar em conferência de imprensa o nome Santana Lopes.
É certo que também, nessa conferência, foi indicado o candidato à Câmara de Braga, Ricardo Costa.
Porém, para desfazer dúvidas quanto a um possível relacionamento difícil de Santana Lopes com Manuela Ferreira Leite, seria de bom tom que esta comparecesse na tal conferência de imprensa, sendo ela a fazer o anúncio da escolha daquele político.

 

As garantias do Estado aos Bancos

São já muitas as queixas principalmente de empresas, quanto à falta da concessão de crédito bancário, sendo certo que as garantias do Estado atribuídas aos Bancos se destinam a facilitar o financiamento às empresas e às famílias.
A verdade é que tal não tem acontecido!
Será que os créditos são, sim somente concedidos aos accionistas dos Bancos ou aos amigos que nada fazem para enfrentar a crise e desenvolver a economia?!
Torna-se urgente que o Estado fiscalize convenientemente o que se está a passar, para que as garantias dadas não sejam mal aplicadas.
É que estão em causa muitos milhões de euros garantidos pelo Estado e impõe-se que não se repita agora o que sucedeu com os Bancos por falta de uma mais cuidada supervisão.
O aviso que o Ministro das Finanças já fez (retirar o aval do Estado, quando os Bancos não estão a conceder créditos) foi considerado por alguns como chantagem ou demasiada pressão.
Mas se não for assim, qual a forma de obrigar os Bancos, que recorreram às garantias do Estado, “ a portarem-se bem”?!

 

Ana Jorge dá um bom exemplo

A Ministra da Saúde está a dar uma lição de bom senso e de procedimento correcto, ao dispor-se, depois de ouvir e dialogar com os representantes dos médicos, fazer a revisão das carreiras.
Aquela ministra, perante a contestação dos médicos acerca do que o governo queria alterar no respectivo estatuto, em vez de se mostrar irritada e intransigente, decidiu aproximar-se dos visados e negociar com eles.
Ana Jorge sabe que não podem implementar-se reformas contra as pessoas!
Assim, sim, faz-se uma boa governação.
É que o poder deve efectivamente exercer-se com humildade.

terça-feira, dezembro 16, 2008

 

“ Mexidas” no PS?!

Um grupo de membros daquele Partido, conhecido por Ala Esquerda reuniu-se para analisar a postura do PS perante a situação do país.
Houve quem visse nessa reunião um ponto de partida para se perfilar, desde já, uma alternativa a Sócrates.
Tal não aconteceu, porém.
E, efectivamente, a pouco tempo de um calendário eleitoral, preenchido com 3 eleições (legislativas, autárquicas e europeias), não é aconselhável proceder a grandes movimentações e mudanças no interior do partido.
No entanto, os que se posicionam na Ala Esquerda do PS podem e devem não hesitar em levar a direcção nacional a bem reflectir sobre a necessidade de não se esquecerem ou adulterarem as matrizes essenciais de um Partido da esquerda democrática.
É que no PS felizmente sempre existiu e foi aceite o pluralismo de ideias, o que pode conduzir a uma afirmação clara na sua identidade.

 

“ A casa política de Manuel Alegre é o PS”

Foi este o comentário que o ministro Santos Silva fez a respeito do Fórum das Esquerdas e da possibilidade de Manuel Alegre “arrancar” com um novo Partido.
Outro governante, Silva Pereira, não hesitou em dizer que não é aceitável uma convergência das Esquerdas, o que naturalmente seria contra o PS.
Seria assim se, por ventura, o PS sempre se comportasse como um Partido essencialmente de Esquerda democrática, sem cedências, a políticas que podem conotar-se com posições de Direita.
Manuel Alegre não quererá, como já disse, dispor-se a promover a criação de um novo Partido.
Tem sido e continuará a ser, decerto, uma voz crítica no interior do PS.
Os seus princípios, a sua coerência, a sua formação e a já longa vivência políticas, não podem levá-lo a abdicar do que sempre defendeu.
E a convergência da Esquerda será até útil quando, por exemplo, estejam em causa o combate às desigualdades sociais e à pobreza, uma melhor política laboral e social, uma mais justa distribuição da riqueza, etc.
Portanto, o Fórum das Esquerdas foi, pois, oportuno e o que ali ocorreu merece uma boa reflexão.

 

O escândalo Madoff

Mais uma “bomba” rebentou inesperadamente no mundo da alta finança!
Bernard Madoff, que era considerado como um muito competente gestor, que foi “estrela” em Wall Street, consultor financeiro de figuras gradas dos EUA, ex-presidente da Bolsa Americana Nasdaq, praticou afinal a maior fraude financeira de que há memória!
E o montante dessa fraude ascende a mais de 50 mil milhões de dólares…
Não foram só os norte-americanos que sofreram perdas enormes, pois, como já se sabe, muitos Bancos, seguradoras e particulares da Europa fizeram investimentos avultados investimentos no sistema Madoff.
Em Portugal, por agora, foi noticiado que o Banco Santander-Totta admitiu que houve clientes seus que aplicaram 16 milhões de euros nos fundos criados naquele sistema.
E também já o BES disse que igualmente havia 15 milhões naqueles investimentos.
Mas haverá mais?
O que está a acontecer por toda a parte no meio financeiro, é bem a prova do que pode resultar de um neoliberalismo, de um capitalismo selvagem, que normalmente progride com base na desmedida ganância de alguns e no seu desejo de enriquecimento rápido, seja por que meio for.
Madoff, autor confesso da magna fraude por si arquitectada, não foi o único a deixar-se seduzir pelo dinheiro fácil.
Arrastou consigo muitos incautos, animados pelo propósito de fazer fortuna rapidamente.
Madoff está já a contas com a justiça mas, pasme-se!, está em casa, com uma fiança de 10 milhões…
E, é claro, será já acautelado o muito que foi ganhando no decurso da fraude cometida!

 

Ruptura no CDS/PP

Um grupo de para já 100 membros desse partido anunciou que vai desvincular-se por discordância da maneira como Paulo Portas está a exercer a sua acção política e por não aceitar a estratégia que vai ser apresentada no próximo Congresso.
E, entre eles, além de um deputado, estão personalidades que tiveram responsabilidades na gestão partidária e que são considerados com “notáveis” no CDS/PP.
Alguns deles pertencem ao Partido desde o seu início.
Portas, apesar de ter sido reeleito há dias como líder por uma percentagem que rondou os 90%, não consegue, afinal, agradar a um número elevado dos seus companheiros de Partido.
Embora Portas, com o seu habitual à vontade e também descontracção, tente desvalorizar a situação, não podem restar dúvidas de que os que saem dão, pelo que representam, um profundo golpe na vida do CDS/PP.
Portas tem sofrido duras críticas de alguns dos seus companheiros, principalmente pelo autoritarismo e egocentrismo como tem governado o Partido.
Conseguirá, agora a coesão interna?!

segunda-feira, dezembro 15, 2008

 

Para ler e meditar

“ O PSD não merece ter poder”
(Ângelo Correia, no Correio da Manhã, de ontem)

 

Crianças maltratadas

Foram 80 crianças que, neste ano, morreram devido a maus-tratos!
Crianças indefesas que sofreram ofensas corporais provocadas pelos pais ou outros familiares, que foram abandonadas, que foram vítimas de abusos sexuais, que não tiveram o alimento necessário nem o tratamento médico que se impunha, etc.
Que sociedade é esta em que tal ainda é possível existir?!
E são poucos os autores desses ignóbeis procedimentos que são condenados, porque aos Tribunais não chegam muitas vezes as provas suficientes para a punição.
Que moral têm os que maltratam as crianças, quantas delas ainda de tenra idade?!
Este vai sendo, cada vez mais, um “mundo-cão”!...

 

O Plano de combate à crise

Numa reunião extraordinária, o governo aprovou um Plano de combate à crise e de relançamento da economia.
E optou pelo investimento público como forma de criar postos de trabalho, numa tentativa de impedir o aumento do desemprego.
A nosso ver, optou bem, porque, na verdade, as empresas privadas não estão em condições de serem elas a promover novos empregos, mesmo com as ajudas que têm quanto ao recurso ao crédito.
E também nos parece correcto que, além de não se descorarem as grandes obras de vulto, se arranque em breve com obras não muito custosas, como as da recuperação ou construção de escolas e as das rodovias, já projectadas ou já mesmo iniciadas.
Poderia ter-se ido mais longe?
Podia, por exemplo, criar uma taxa sobre as grandes fortunas, criando-se um fundo destinado ao combate à pobreza que, infelizmente, já atinge os 8% dos portugueses.
E também se poderia ter em atenção a situação aflitiva em que vivem muitos reformados, situação que verão necessariamente agravada com a crise.
Há a promessa do governo começar a aplicar o Plano até ao final deste ano.
Se assim acontecer, ainda bem!

 

Fórum das Esquerdas

Com a participação de conhecidos dirigentes e apoiantes do Bloco de Esquerda de renovadores comunistas, de independentes e ainda de muitos socialistas, realizou-se, ontem, em Lisboa o Encontro das Esquerdas.
E Manuel Alegre foi “ a estrela” da sessão proferindo um excelente discurso em que defendeu as convergências à Esquerda.
Foi igual a si mesmo: conceituoso e inspirado orador, político coerente, corajoso, firmemente convicto dos seus ideais.
Manuel Alegre é dos poucos que nada devem à política, esta é que lhe deve: uma lucidez de pensamento, uma exemplar honestidade, um intenso desejo de servir o melhor possível o interesse comum, uma invejável preparação político-cultural, uma desassombrada frontalidade na defesa dos valores e das matrizes essenciais da esquerda democrática.
Deste fórum das Esquerdas o que resultará?
Não se admitiu ainda a possibilidade de surgir um novo Partido.
Mas, para além de uma importante troca de impressões e ideias e de uma necessária reflexão, poderá pensar-se numa alternativa de poder?!

 

Jardim contra “ altas figuras” do PSD

No discurso a que, ontem, já fizemos referência, Alberto João Jardim, muito zangado, apelou a que os militantes do PSD o “ limpassem” das altas figuras que o estão a envenenar, facilitando a vida a Sócrates e ao PS.
E afirmou que tal sucede porque “ esses senhores” querem proteger, a todo o custo, as suas fortunas e os seus interesses.
Foi uma acusação grave que, decerto, não deixará de molestar os visados e a própria líder do PSD.
Jardim desejou que este PSD volte a ser o PPD de Sá Carneiro ou o PPD/PSD de Cavaco Silva e, para isso, o PSD -Madeira trabalhará esse discurso, proferido num convívio natalício dos sociais-democratas da Madeira, pelo que foi dito e pela forma ousada, levará à ruptura com a Direcção nacional do Partido, que Jardim também já criticou várias vezes?!
Já alguém disse, e com razão, que o PSD está, dia a dia, “ a esfrangalhar-se”, tantas são as divisões que as malquerenças, mesmo pessoais, que vêm à luz do dia.
Rui Rio, que até agora tem andado calado, já reagiu àquele discurso, mas fê-lo com “doçura”, não fosse contribuir para a opção separatista da Madeira de que muito se fala!

 

Bush insultado numa visita ao Iraque

O presidente cessante dos EUA visitou de surpresa o Iraque e foi ali recebido com insultos, tendo-lhe até um jornalista atirado com os sapatos!
A despedida não foi, pois, boa…
E como poderia ser se ele fez uma guerra injusta e com tanta violência, causando muitas mortes e a quase destruição daquele país?!
Ainda se naquela sua visita se dispusesse a pedir um perdão sentido ao povo iraquiano pelo tremendo mal que causou…
Mas, não. Limitou-se a confraternizar com as suas tropas e a desejar um bom Natal.
Essa visita ao Iraque mais devia ter agravado o reconhecimento da sua culpa, se é que ele sabe o que é o sentimento de culpa!

domingo, dezembro 14, 2008

 

Para ler e meditar

“ Há razões para a contestação social”
(D. Manuel Clemente, Bispo do Porto in entrevista na Visão de 11 do corrente)

 

Alberto João Jardim no jantar de Natal

Nem a quadra natalícia impediu Alberto João Jardim de, num discurso arrebatado, como lhe é habitual, fazer duras críticas ao seu próprio partido.
Desejou que o PSD voltasse a ser como nos tempos de Sá Carneiro e de Cavaco Silva e “ atirou-se forte e feio” àqueles membros do seu partido que, ao fim e ao cabo, estão a fazer o jogo do PS!
Bom seria, disse, que esses se afastassem, deixando de desvirtuar a natureza do PSD.
O PSD-Madeira não alinhará, também disse, em políticas “ aventureiristas” dos senhores que querem comandar o PSD-nacional.
E, claro, o PS e Sócrates foram igualmente alvos das críticas de Jardim.
Enfim, cada vez mais este se julga detentor da maior inteligência da verdade e capaz de adoptar as melhores políticas.

 

Também os Magistrados do Ministério Público protestam

Não param as contestações de algumas classes profissionais às políticas que vão sendo implementadas.
Também os Magistrados do Ministério Público se reuniram ontem e foram unânimes em se pronunciarem contra as alterações que se pretendem introduzir no seu respectivo estatuto.
E delegaram no sindicato a promoção de formas de protesto, chegando a aventar-se uma greve.

 

Que ridículo…

Foi, ontem, dado conhecimento público que chegou ao Ministério da Educação um manifesto assinado por treze professores, apoiando a equipa daquele Ministério.
Num conjunto de 140 mil docentes deu-se publicidade ao facto de treze deles se manifestarem a favor do modelo de avaliação pretendido pelo governo!
É simplesmente ridículo enfatizar a posição desses treze!
Agora que o governo disse “ fechar” as negociações com os sindicatos (alguma vez houve verdadeiras negociações, com seriedade, com abertura e desejo franco de dialogar por parte do governo?!), que mais se verá a tentar apoiar o Ministério?

 

Santana Lopes candidato à Câmara de Lisboa

Depois de dois meses em que Santana Lopes passou o tempo a “ oferecer-se” para candidato do seu partido à presidência da Câmara de Lisboa, só agora a líder do PSD vai dispor-se a indicá-lo, quando fizer a apresentação de uma lista de candidatos a outras autarquias.
Enfim, aquele político tentará, mais uma vez, ser o principal responsável da Câmara da capital.
Ele não consegue estar parado e pouco se importa passar de Primeiro-Ministro para deputado e para autarca!

 

Cavaco Silva e o novo Código do Trabalho

O Presidente da República entendeu e bem enviar para o Tribunal Constitucional o Novo Código do Trabalho, requerendo a respectiva fiscalização preventiva quanto ao preceito do alargamento do período do trabalho experimental de três para seis meses. É que, efectivamente, a vingar tal preceito os trabalhadores, apesar de prestarem serviço numa empresa durante 180 dias, poderia ser despedidos sem justa causa, o que é manifestamente injusto e não respeita o direito a um trabalho estável. Pena foi que o Presidente não sujeitasse à apreciação daquele referido tribunal alguns mais preceitos dessa lei laboral, pois poderia ser que fossem declarados inconstitucionais.

 

Ainda os deputados faltosos

Os deputados que assinaram “ o ponto” e logo saíram, voltando as costas a uma reunião plenária sem dúvida importante são os que merecem maior censura.
É que, na verdade, é muito incorrecta essa sua atitude pois moveu-os apenas o “ dinheirinho”…
O trabalho parlamentar para eles não mereceu a sua atenção, portando-se com lamentável irresponsabilidade.
Os que faltaram mas não usaram do “ truque” de assinarem o livro de presenças ainda poderão justificar-se com qualquer motivo sério que os tenha impedido de comparecer no parlamento.
Alguns deputados (daqueles que assinaram o livro e “ fugiram”) já disseram que deram a quem de direito uma justificação para essa conduta.
Mas a sua responsabilidade não é apenas perante os respectivos serviços do parlamento nem mesmo perante só o seu partido. A sua responsabilidade é também para com os seus eleitores que, decerto, não desculparão tão estranho e incorrecto procedimento.
Como alguns estão na vida política, Santo Deus!
Mal vai quando vêem nela apenas um modo de ganhar dinheiro ou influência…

sábado, dezembro 13, 2008

 

Para ler e meditar

“ Afinal, quantos deputados faltaram à sessão parlamentar de sexta-feira? E na do dia anterior? E há um mês? E quantos votaram a favor e contra este ou aquele diploma? Aparentemente, ninguém na Assembleia da República está em posição de garantir estes dados básicos. Pior do que as faltas é esta sensação de grande balbúrdia e desorganização”
( Na secção “ Sobe e desce, in Público de 11 do corrente)

 

A visita do governador ao Rotary Clube da Figueira

Na passada quinta-feira, o governador Dr. Henrique Maria Alves fez uma visita oficial ao Clube Rotário desta cidade.
Depois de, acompanhado do Presidente Engenheiro Carlos Vieira ter ido ao Centro de Formação Profissional da GNR oferecer várias lembranças com destino às crianças de Timor e de ter estado, também, no Lar de Santo António, ali fazendo igualmente ofertas, o governador presidiu a um jantar-convívio, em que participaram muitos rotários da Figueira e dos clubs de Leiria, Montemor-o-Velho e de Coimbra.
Houve várias intervenções, cabendo ao governador proferir o discurso final, em que revelou uma firme fé nos princípios rotários, que se podem resumir ao “ servir os outros, antes de se servir”.

 

E agora são os médicos…

Mais uma contestação desta vez pelos médicos.
É que o governo pretende introduzir alterações na carreira médica e alargar o horário normal de trabalho de 35 para 40 horas semanais sem qualquer contrapartida.
E quer a Federação Nacional dos médicos quer o sindicato independente dos médicos já se pronunciaram contra essa pretensão do ministério da tutela.
Também contestam que os médicos sejam obrigados a fazer urgências até à idade da reforma.
Actualmente, os médicos com 50 anos podem pedir dispensa do serviço de urgências.
Enfim, mais um problema que urge resolver, para o que já está marcada uma reunião entre a ministra e os sindicatos.
Pelo menos, esta ministra dispõe-se ao diálogo.

 

O Plano de combate à crise

O governo está, a exemplo do que outros fizeram já, a elaborar um Plano de combate à crise e de relançamento da economia.
E nele se dará essencialmente atenção ao investimento em várias obras públicas como forma de criar postos de trabalho e de diminuir a taxa de desemprego.
Quer dizer que além das medidas pontuais que têm sido tomadas haverá até ao final do ano na apresentação de um Plano global com que se pretende enfrentar a crise em que o país já está e que, decerto, se agravará no próximo ano.
Oxalá o Plano seja bem estudado e eficaz quanto às suas finalidades.

 

Inesperado apoio

Mário Soares disse estar solidário com Sócrates e com a Ministra da Educação.
Em relação a Sócrates e ao governo ainda se compreenderá essa sua atitude, pois, segundo se justificou, será prejudicial num período de grave crise “atirar ao governo” .
Só que daí dar a entender que as políticas implementadas estão todas certas vai uma grande distância. E o certo é que Mário Soares já, por várias vezes, com a sua habitual frontalidade e independência tem criticado algumas medidas adoptadas pelo governo.
Mas, elogiar a ministra da educação é que não se percebe!
Será que Mário soares, que muito consideramos e admiramos, concordará com a teimosia daquela governante, que embora já reconhecendo que o modelo de avaliação dos professores tinha erros – tanto assim que já corrigiu alguns – a leve a adoptar a política do “ quero, posso e mando” contrariando as posições da grande maioria dos docentes, manifestadas nas históricas concentração e greve?!
Francamente, o Dr. Mário Soares está, decerto, mal informado, pois não o conhecemos como adepto de uma política de autoritarismo e de recusa ao diálogo.

 

Já se admite o défice de 3%...

Vários dos nossos economistas e até já um governante dizem ser possível que o défice orçamental possa subir aos 3% ou ainda mais!
E tal deverá ser admitido pela União Europeia já que não haverá qualquer país europeu que mantenha o défice abaixo dos 3%.
Não deve, pois, ser isso que é de molde a preocupar muito o nosso governo.
O mal é de todos.

 

Foi o que se esperava!

A reunião realizada entre os responsáveis do Ministério da Educação e os sindicatos dos professores não trouxe qualquer resultado positivo.
E não foi de estranhar pois aqueles governantes já tinham afirmado antes da reunião, que não aceitariam suspender o modelo de avaliação. Quer dizer que a ministra foi para aquela reunião com uma posição pré-concebida o que invalida sempre qualquer diálogo!
Apesar de os sindicatos terem apresentado uma proposta que permitiria acabar com o impasse já existente há tempo demais, essa proposta não mereceu acolhimento. Assim, continua marcada para dezanove de Janeiro mais uma greve dos professores.
Entretanto, o grupo parlamentar do PSD irá, segundo já constou, um projecto de Decreto-Lei no sentido da suspensão da avaliação. Esse partido quer , desse modo, reparar o que de lamentável ocorreu na sessão plenária de sexta-feira da semana passada em que cerca de trinta dos seus deputados faltaram.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

 

Para ler e meditar

“ Uma das grandes lições desta crise é que ela demonstrou que, afinal, o Estado continua a ser necessário”
( Paulo Teixeira Pinto in Jornal de Negócios de 8 de Dezembro)

 

O centenário de Manuel de Oliveira

Amanhã, Manuel de Oliveira, decano do cinema mundial, completará 100 anos de vida.
Vida cheia de trabalho profícuo e de bom nível, com a produção de muitos filmes, que, embora alguns deles tenham suscitado polémicas, revelaram sempre o seu gosto pela sétima arte e a sua muita competência.
Manuel de Oliveira é um cineasta laureado internacionalmente, que já foi homenageado por grandes figuras e categorizadas instituições do cinema mundial.
Ainda presentemente está a produzir um filme pois, como já disse, “ o descanso para ele é filmar”!
Este português dinâmico e corajoso merece a admiração e gratidão dos seus compatriotas.

 

Nem todos sofrerão o mesmo

É um facto que há países em que não se sentirá tanto, como em Portugal, os efeitos perniciosos da recessão económica.
Esses países souberam a tempo criar estruturas que melhor os defendem dos males da recessão.
Entre nós, porém, não se teve o cuidado de, através dos tempos, prevenir convenientemente o futuro, tomando-se, sim, posições passivas ou indiferentes perante a realidade.
Não se soube estimular a produção, nem promover da melhor forma a formação profissional.
E hoje, no mercado cada vez mais competitivo, exige-se a qualificação que, infelizmente, ainda não há entre nós.
Por tudo isto, não é legítimo queixarmo-nos apenas de que a recessão provém d circunstâncias externas ou de difíceis situações internacionais.
Há, sim, que reconhecer quer a culpa do que se está a passar no nosso país resultou também da quase inércia ou má gestão de vários governos.
Mas isso não deve, agora, desanimar-nos, sendo preciso reunir os melhores esforços para combater a recessão que está à porta.
E ao Estado competirá um papel preponderante para a descoberta e aplicação dos meios mais eficazes.

 

A “ bagunça” no parlamento!

Parece não se poder apurar quantos deputados faltaram ao plenário de sexta-feira passada, nem quantos assinaram o ponto e logo “ se pisgaram”, nem as assinaturas conferem com a soma dos votos!
Quer dizer que em tal sessão houve regularidades e sérias capazes de falsearem o resultado da votação quanto à proposta relativa à suspensão do modelo de avaliação dos professores. E, sendo assim, quem pode confiar que essa votação reflicta a verdade?!
Não funcionou o sistema de votação electrónico, que está para arranjo, e daí a grande confusão que se verificou e que impede, mesmo agora, de controlar as presenças e o desempenho dos deputados nessa referida sessão de sexta-feira!...
Em face do que ocorreu, não haverá razão para repetir a sessão?!
O diploma em causa merecia, sem dúvida, um melhor tratamento por parte dos deputados, com uma votação clara e correcta.
Assim, terá de ficar-se “ de pé atrás” quanto à normalidade da votação.

 

Nos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Foi em 10 de Dezembro de 1948 que tão importante Declaração foi aprovada.
Terminara a 2ª Guerra Mundial e por toda a parte se desejava não voltar à violência e ao desrespeito pela dignidade do homem.
“ Guerra nunca mais” era o que, então, se pensava e muito de ambicionava.
E, para isso ser possível, tornava-se necessário estabelecer um quadro dos principais direitos humanos, que fossem reconhecidos e obedecidos na comunidade internacional, de forma a evitarem-se conflitos políticos, sociais e económicos.
Se desse conjunto de direitos, com o decorrer do tempo, alguns têm sido cumpridos, a verdade é que outros, talvez o maior número, têm sido lamentavelmente esquecidos!
É o caso dos direitos económicos, culturais, sociais. O trabalho, a habitação, a segurança social, a saúde são sectores em que não se tem progredido o que se impunha.
Seja como for, a Declaração Universal dos Direitos Humanos constituiu e constitui ainda uma pedra basilar quanto ao que concerne a uma convivência pacífica, tolerante e respeitosa entre os homens e a nações.
E no 60º aniversário impõe-se lembrar Eleanor Roosevelt, que foi a grande impulsionadora de tão relevante documento e presidente da Comissão de Direitos Humanos. É, na verdade, justo homenagear, nesta data, a sua memória.

terça-feira, dezembro 09, 2008

 

Para ler e meditar

“ Admitir mudar o modelo de avaliação dos professores depois de o ano lectivo acabar é agir como um médico que descobre que está a dar medicação errada a um paciente – mas decide persistir no erro por mais uns meses”
( Miguel Gaspar in artigo no Público de hoje)

 

É pouco, mas é de boa vontade!

As iluminações alusivas à quadra natalícia são pobrezinhas, mas, pelo menos, existem, quando já se dizia que a Câmara, neste ano, não tinha dinheiro para as pagar.
O que se vê nas ruas revela a boa vontade em não terminar com o que há já muitos, tem sido tradição na nossa cidade.
Ainda se o nosso comércio estivesse próspero o que, infelizmente, não sucede poderia em parceria com a Câmara contribuir para mais vistosas iluminações.
Em Lisboa, pelo que se noticiou, foram algumas empresas que pagaram as belas e caras iluminações da cidade.
Enfim, as que aqui temos são poças e baratinhas, mas são, decerto, de boa vontade!...
É a crise que chega a toda a parte!

 

Insólita proposta

Como consequência da falta dada por muitos deputados do PSD no último plenário em que se discutia e era votado o modelo de avaliação de professores, o vice-presidente do parlamento, Guilherme Silva daquele partido, admitiu como melhor solução que às sextas-feiras não se realizem reuniões plenárias. Realmente o trabalho da grande maioria dos deputados parece exigir fins de semana mais prolongados para descanso e divertimento!...
Seria interessante que se dessem a conhecer publicamente os nomes dos parlamentares que passam o mandato sem abrir a boca, a não ser para bocejarem ( como se tem visto na televisão) talvez por noites mal dormidas…
A que propósito os deputados só deverão estar presentes na Assembleia apenas durante quatro dias da semana?
Será que não ganham ao mês?!
Francamente, haja vergonha!

 

Ele não ouve ninguém

São muitas as vozes de líderes internacionais que têm pedido ao ditador do Zimbabué que deixe o poder, que ilegitimamente detém depois de derrotado, há já meses, nas últimas eleições presidenciais.
Agora, foi a União Europeia que também apelou a Mugabé para entregar à oposição a governação do país.
Mas ele não ouvirá, decerto, mais essa voz, porque está agarrado ao poder como “ lapa à rocha”!
E nem lhe importa recusar auxílio, que já lhe foi oferecido, para atacar a epidemia de cólera que está a matar o seu povo…
Como pode este ditador ainda ser recebido e participar em reuniões internacionais com países democráticos, como tem acontecido, o que é que ele pode contribuir para a análise e discussão de qualquer assunto que ali se discuta?
Pela violação sistemática dos direitos humanos fundamentais, pela miséria que provocou, pela falta de assistência humanitária e sanitária, pelas muitas mortes que já causou, merecia Mugabé, sim, ser julgado e condenado num tribunal penal internacional.

 

A recessão é inevitável

Já se contava que tal acontecesse, mas não talvez tão depressa.
Mas, como noutros países com economias mais fortes também Portugal não deixará de começar o próximo ano sem se declarar oficialmente uma recessão técnica.
E ela levará o Estado a reforçar os auxílios às famílias e às empresas, principalmente às pequenas e médias, a fim de se evitar o pior, a ruptura.
Só que aonde se irá buscar dinheiro para fazer face a uma situação tão grave.
E até onde os portugueses poderão apertar mais i cinto?!
Uma coisa é certa: perante os maus tempos que se aproximam deve haver uma substancial contenção de despesas, mesmo no governo, em que continua a gastar-se demais e, por vezes, sem proveito.

 

Morreu António Alçada Baptista

Aos 81 anos, este intelectual e conceituado homem de letras morreu, realizando-se ontem o seu funeral em Lisboa, cidade que tanto amou e onde residiu muitos anos, apesar de ser natural da Covilhã.
Licenciado em Direito, viveu quase exclusivamente para a Cultura e para a produção literária, de ficção e de ensaio.
“ O Riso de Deus”, “ Os nós e os laços”, “ Meu amor” , “ Algumas memórias” e outras são obres da sua autoria, em que Alçada Baptista revelou um espírito aberto atento à evolução dos tempos, inspirado pelo personalismo e dotado de princípios católicos progressistas.
A Alçada Baptista se ficou a dever em grande parte a criação do Instituto Português do Livro.
Foi um defensor firme e persistente da aproximação de Portugal ao Brasil e a África.
Excelente comunicador, sereno na exposição, usando por vezes do humor, com uma vasta cultura, António Alçada Baptista sempre brilhou em colóquios, conferências e tertúlias, em que tinha um gosto especial em participar.
Pela sua acção em prol da Cultura Portuguesa, foi condecorado por dois Presidentes da República, Ramalho Eanes e Mário Soares.
Guilherme de Oliveira Martins, actual Presidente do Tribunal de Contas, seu amigo pessoal, definiu-o assim: “ Era muito afectivo, incapaz de viver sem os outros. Foi um cidadão empenhado, um cristão que teve de fazer rupturas dolorosas em nome da liberdade. Devemos-lhe muito. Gostava muito da vida e da amizade. Impossível falar da nossa cultura sem falar dele”.
Também nós tínhamos uma justificada admiração por este homem íntegro, de carácter impoluto, democrata convicto que, como católico progressista soube influenciar algumas gerações de jovens para viverem um cristianismo autêntico ligado essencialmente à solução dos magnos problemas da sociedade.
Morreu um homem bom, de inegável valor intelectual e moral, alguém que com discrição mas com firmeza lutou pelos direitos humanos fundamentais.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

 

Para ler e meditar

" O que mais deve preocupar-nos não é a crise económico-financeira mas, sim, a crise do homem todo, a crise de valores, a crise cultural e a da humanidade"

 

Mentira ou ingenuidade?!

Todos os dias se avolumam as notícias sobre a desastrosa gestão da Sociedade Lusa de Negócios e Banco Nacional de Negócios, sendo referidos muitos actos de irregularidades e ilícitos ali praticados.
E, para além de outros nomes o do Dr. Dias Loureiro aparece sempre ligado como suspeito de ser um dos autores de ganhos indevidos, de negócios ruinosos, de avultadas comissões, etc!

Dias Loureiro não pode queixar-se de que os órgãos da comunicação social não lhe tenham dado muitos espaços para, quer em jornais quer nas televisões, tentar explicar-se quanto ao que aconteceu durante a sua passagem pelas empresas do grupo BPN.
Mas, perante o que lhe ouvimos, de duas uma: ou ele mente, ao invocar a sua inocência, ou foi um ingénuo ao dizer que, apesar de alguns anos naquelas empresas, nunca teve conhecimento de quaisquer irregularidades, ingenuidade que não é próprio de um jurista e de um ex-ministro.
Como pôde Dias Loureiro aceitar, sem desconfiança, que Oliveira e Costa não reunisse uma única vez o conselho de administração sabendo-se, como se sabe, que é ilegal?
E como pôde ele desconhecer muitos dos negócios de grande monta feitos pelas empresas em que era administrador?
E como pôde angariar uma razoável fortuna ( segundo já reconheceu) logo a seguir às suas funções governativas?
Tudo isso e talvez mais terá de explicar melhor e com pormenor perante quem de direito.
Mas, para já, uma coisa se lhe impõe fazer: afastar-se voluntariamente do Conselho de Estado, preservando a imagem do seu amigo Cavaco Silva, que foi quem o nomeou para aquele cargo e que, com algum risco tem acreditado nele e o tem mantido em funções.
Embora sem nada estar provado, havendo, quando muito suspeitas sobre a actuação do Dr. Dias Loureiro no grupo económico-financeiro de que foi administrador, ficava-lhe bem, na verdade, demitir-se do Conselho de Estado.

 

A reunião do dia 15

Está marcada para esse dia mais uma reunião entre o governo e o sindicato dos professores e foi a Ministra da Educação que, há dias, no parlamento, afirmou estar disposta ao diálogo para melhor se analisar e modificar, se for esse o caso, o modelo de avaliação dos professores.
Porém, através do seu Secretário de Estado, agora de serviço (!) Jorge Pedreira foi dito que nessa reunião nunca estará em causa a possibilidade de o governo deixar cair o actual modelo de avaliação dos docentes.
Será, assim, mais uma reunião para a qual o Ministério da Educação parte já com uma opinião formada e indiscutível, o que não é próprio de um diálogo sério, aberto, sem prévias ideias fixas…
Quer dizer que “ a boa vontade” da ministra manifestada no Parlamento foi apenas “ para inglês ver” como costuma dizer-se!
Assim, perante “ o aviso” feito pelo Ministério de que não concordará com a suspensão do modelo de avaliação, embora já lhe tenha reconhecido imperfeições e a possibilidade de vir a emendar-se outras, a reunião do dia 15 não levará a qualquer entendimento.
E o impasse continuará com todas as suas graves consequências no sistema educativo.

domingo, dezembro 07, 2008

 

" O Natal que eu quero" Daniel Sampaio

Ninguém me pediu opinião, eu sei. Na escola é costume não ligar muito ao que pensam os alunos. Mas eu gramo a escola, gosto dos meus amigos e há uma data de professores que até são fixes.Ando no 8.º, tenho bué de disciplinas, algumas não dá para entender. Estudo acompanhado para um gajo de 14 anos? Formação Cívica? Não percebo bem, é uma coisa de 90 minutos por semana em que o stôr, que é o director de turma (nós dizemos DT), está sempre a mandar vir, a dizer para nos portarmos bem.Da Matemática não me apetece falar, o stôr tem pouca pachorra para tirar dúvidas. História é um bocado seca e percebo mal o livro, faço confusão porque não contam a vida dos reis como o meu avô me explicava, por isso estudo para os testes e depois esqueço tudo.Não,não pensem que venho aqui criticar a escola, já disse que gosto de lá andar. O problema é que aquilo anda mesmo esquisito, podem crer. Já o ano passado os stôres andavam às turras com a ministra e apareciam nas aulas chateados, um gajo mandava uma boca e levava logo um sermão, às vezes diziam mesmo para nos queixarmos à ministra, como se chibar fosse coisa que desse jeito. Mas este ano está bem pior: falamos com os professores nos intervalos, "olá, stôr!" e eles andam mesmo tristes, a minha stôra de Inglês, que eu curto bué, diz que está"desmotivada" e que está farta de grelhas de avaliação e de pensar em objectivos. Eu de grelhas não percebo nada e, quanto aos objectivos,os meus são divertir-me uma beca e passar o ano, não quero mesmo ficar para trás porque os meus pais dão-me nas orelhas e fico sem os meus amigos, que é uma das coisas porreiras que a escola tem.Por isso peço a todos que se entendam. Ver os professores aos berros na rua é uma coisa que eu compreendo, têm todo o direito porque nós às vezes também andamos, o problema é que assim ainda há menos gente a preocupar-se connosco. Os nossos pais não têm tempo, andam sempre a trabalhar e ficam descansados porque estamos na escola a aprender e a lutar pelo nossofuturo, mas agora a coisa está preta, os nossos stôres estão cansados, o que é mau para nós: quem nos ajuda quando estamos aflitos?Eu sempre contei com um ou dois dos meus stôres, o ano passado quando me achava um monstro (cheio de borbulhas e a sentir que as miúdas não olhavam para mim) foi a stôra de Português que me chamou no fim da aula e conversou comigo, bastou ela ouvir com atenção e dizer que compreendia o que eu sentia para me sentir muito melhor. E quando o Tavares disse que se ia matar porque a rapariga com quem andava foi vista a curtir com um gajo qualquer, foi o nosso DT que falou com ele e lhe arranjou uma consulta no psicólogo.Não percebo nada da guerra dos professores, só sei que deve ser justa porque eles esforçam-se muito, já pensaram no que é aturar a malta, sobretudo alguns que só querem fazer porcaria, põem-se aos berros nas aulas e não obedecem, às vezes até palavrões dizem para os stôres? Muitos de nós querem aprender, mas o barulho é grande e há muita confusão, há lá gajos,repetentes e isso, que só lá estão porque são obrigados, depois há outros que são de fora e não percebem bem português, outros ainda têm problemas em casa e passam mal, a Vanessa que tem um pai alcoólico e que chora quase todos os dias ainda por cima foi empurrada na aula por um colega que só lá está a armar confusão... o DT disse que nós devíamos ser responsáveis e que tínhamos de acabar com isso, mas eu acho que a ministra devia era dar força aos professores para serem melhores, o meu pai diz que ela às vezes está certa mas eu não concordo, se vejo todos, mesmo todos os stôres da minha escola contra ela devem ter razão, os professores às vezes erram mas são importantes para nós, precisamos de estudar para ver se nos livramos do desemprego, isso é que é verdade!Por isso espalhem este mail, façam forward para quem quiserem. Digam aos que mandam para terminarem com as discussões que já estamos fartos e como na minha escola somos todos contra isso dos ovos (uma estupidez), *digam à ministra e aos sindicatos que já chega!* Façam uma escola melhor, ajudem os professores a resolver todos os problemas das aulas (ninguém pode fazer isso em vez dos stôres) e arranjem maneira de nós aprendermos mais, para ver se percebemos melhor o mundo e nos safamos, o que estáa ser difícil. Quem quiser dê opinião, o meu mail é brunovanderley@gmail.com, sou do8.º E da Escola Básica 2/3 do Lá Vai Um.

Daniel Sampaio. "O Natal que eu quero". Público (revista "Pública"),30.Novembro.2008.

 

O 126º aniversário dos Bombeiros Voluntários

A prestimosa Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da nossa cidade vai comemorar o seu 126º aniversário.
O programa, bem elaborado, começará a treze do corrente e prolongar-se-á até ao dia 19 sendo nesta data que se realizará, pelas 21h30m a sessão solene.
Felicitamos, desde já, uma Associação que se tem imposto no meio figueirense e não só pela dedicação e competência como vem desempenhando as suas humanitárias funções.
É-nos particularmente grato verificar que tal Associação, a que desde há muito, a minha família está ligada, desde o meu avô materno Comendador Aníbal Augusto de Mello, continua a marcar posição de relevo entre os bombeiros portugueses.

 

Bola de Ouro para Cristiano Ronaldo

O maior jornal francês de desporto escolheu Ronaldo para lhe atribuir a Bola de Ouro. E essa distinção resultou de uma votação em que o jogador português obteve uma grande maioria em relação Messi e a Fernando Torres.
Falta agora a Ronaldo ser considerado pela FIFA o melhor jogador do mundo!
Ele é, incontestavelmente, um futebolista de muito valor.
Pena é que na nossa selecção, não consiga dar tudo o que sabe e pode!

 

Também a Espanha…

Sabe-se, agora, que o governo espanhol tinha há muito conhecimento de que nos aviões norte-americanos que se serviram do espaço aéreo e de aeródromos do país vizinho seguiam prisioneiros com destino a Guantanamo.
Sendo do conhecimento público de que em tal prisão estão pessoas sem julgamento e que sofrem violências e torturas é evidente que os governos dos países, aos quais os EUA pediram autorização para os seus aviões fazerem escala com aqueles prisioneiros autorização que foi dada, são cúmplices da violação dos direitos humanos que existe em Guantanamo.
Felizmente, uma das promessas eleitorais do novo Presidente norte-americano é de encerrar, sem demora, tão tenebrosa prisão.

 

Tribunais Especializados

A Drª Maria José Morgado, ilustre Procuradora-Geral Adjunta, defendeu, na última Tertúlia do Casino, a criação de Tribunais Especializados para julgar crimes económicos, de corrupção, de fraude fiscal e de enriquecimento ilícito. Mas, O Bastonário da Ordem dos Advogados veio já manifestar a sua discordância, pois tais Tribunais lembrarão os Tribunais Especiais em que se julgavam, no tempo da ditadura, muitos processos pelos chamados crimes políticos.
Porém, entendemos que o Bastonário não tem razão já que não pode confundir-se a natureza desses dois tribunais.
Os tribunais políticos eram, como se sabe, constituídos por magistrados escolhidos a dedo, capazes de agradarem ao que interessava ao poder político instituído.
Os tribunais especializados resultarão do facto de que, na verdade, é necessária uma formação própria, especializada, para julgar os crimes económicos, muitas vezes demasiadamente complexos e com contornos que exigem conhecimentos específicos.
O Bastonário prefere que os magistrados tenham uma preparação especial quanto àqueles crimes, embora continuem a ter que julgar processos-crime de qualquer natureza que lhe sejam distribuídos.
Os magistrados dos Tribunais Especializados apenas se dedicariam a, com uma sua preparação especial, julgar os crimes económicos infelizmente agora tão frequentes.Pensamos que para esses delitos melhor justiça será feita por Tribunais Especializados.

 

Afinal 2009, será bom ou mau para os portugueses?!

O Primeiro-Ministro em mais um discurso afirmou que as famílias portuguesas vão sentir um maior rendimento, um maior poder de compra. Porque, segundo disse, os juros continuarão a baixar, a inflação diminuirá, os salários aumentarão e descem os preços dos combustíveis.
Porém, no mesmo dia desse discurso, o Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos não foi optimista quanto à situação económico-financeira em 2009, antes pelo contrário revelou a sua preocupação relativamente a esse período, em que não vê possibilidade de melhorar a vida dos portugueses.
Afinal quem tem razão?
Não é estranho que dois responsáveis políticos com funções governativas falem de maneira diferente?
Talvez notando essa discrepância, Sócrates já veio também dizer que 2009 será muito difícil para os portugueses.
É melhor emendar posições do que permanecer no erro!

 

Para Ler e Meditar

“ Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”
( ArtºI da Declaração Universal dos Direitos Humanos proclamada em 10 de Dezembro de 1948)

 

Os gestores públicos ganham entre 60 e 70 mil euros/ mês!

Por muita responsabilidade que tenham os gestores de bancos, empreesas públicas e grandes empresas privadas, é verdadeiramente escandaloso que as suas remunerações mensais ( fora os prémios anuais e outras mordomias) variem entre os 60 e 70 mil euros!
Tal resulta de um relatório da C.M.V.M. que deve gozar de credibilidade. Num país como o nosso, em que já mais de um milhão de pessoas vive no limiar da pobreza, em que o desemprego tem tendência a subir, em que algumas empresas para conseguirem laborar têm que fazer avultados pedidos de fundos ao Estado, em que as insolvências dispararam nos últimos anos, em que a crise económico-financeira está aí para ficar havendo a possibilidade de se entrar em recessão – é de causar forte indignação e até revolta os privilegiados ganhos desses gestores.
Quando haverá coragem para se tomarem medidas que acabem com o “ regabofe” que por aí vai?!

sábado, dezembro 06, 2008

 

Azeda-se o ambiente no PSD!

São já muitas as vozes e categorizadas que, dentro do maior partido da oposição, criticam abertamente a liderança de Manuela Ferreira Leite.
Luís Filipe Menezes, Marques Mendes, Passos Coelho e até Santana Lopes são os que mais têm revelado o seu descontentamento com o caminho que o PSD está a trilhar, chegando a dizerem que, se assim continuar, o partido não se afirma como alternativa credível ao PS!
Ontem, no parlamento, houve por parte de 30 deputados sociais-democratas como que uma posição de “ rebeldia” faltando à votação de uma proposta no sentido da suspensão do processo de avaliação dos professores.
É que, na verdade, quer a líder do partido, quer o próprio chefe da bancada parlamentar e outros deputados tinham-se já manifestado contra o que desejava o governo relativamente àquele assunto. E o certo é que se se tivessem verificado os votos dos deputados faltosos, a proposta teria ganho vencimento, pois também seis deputados do PS ( entre os quais, claro, Manuel Alegre) votaram a favor de tal proposta, além, evidentemente, de todos os partidos da oposição, da esquerda à direita. Foi uma desautorização de Manuela Ferreira Leite e, pelos vistos, do próprio líder parlamentar do PSD.
E o que é pior é que se vai lutando, cada vez mais, que a “ bagunça” se instalou no interior daquele partido. Até nesta semana Santana Lopes voltou a publicamente mostrar-se, mais do que disponível, muito interessado em ser candidato à Câmara de Lisboa, criticando a demora de Manuela Ferreira Leite indicar oficialmente o seu nome.
E não se ficou por aí: disse que a estratégia actual de Sócrates será a de provocar eleições legislativas antecipadas cenário para o qual o PSD deve estar preparado.
Só que não nos parece que tal venha beneficiar o PS dada a grave crise que existe em Portugal e principalmente o que tem ocorrido com o candente problema relativo ao sistema educativo, que tem trazido um natural desgaste do governo.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

 

Para Ler e Meditar

“ Enquanto tudo corria bem, o dinheiro era distribuído pelos ricos que investiam nesses bancos ( BPN e BPP).
Agora, que tudo corre mal esses mesmos ricos, que tanto receberam nada pagam. Por coisas como estas já se fizeram revoluções”
( Pedro Tadeu in Jornal 24 horas de hoje)

 

Para quê então, a teimosia da Ministra?!

Na Assembleia da República, onde foi chamada para um debate sobre a política da Educação, a ministra da tutela reconheceu que o modelo de avaliação que, teimosamente, deseja implantar para além das alterações que lhe foram introduzidas, poderá ainda ser melhorado. Quer dizer que, por mais que o governo não queira admitir, houve, efectivamente, um recuo quanto aos iniciais parâmetros do modelo de avaliação.
A ministra mostrou-se, mais uma vez, disponível para dialogar com os sindicatos no sentido de se encontrar um outro modelo de avaliação capaz de satisfazer as duas partes em confronto, governo e professores.
Porém, só no próximo ano escolar se verificará essa disponibilidade da ministra!...
Mas se já se constatou que houve erros quanto ao modelo inicial, se já se corrigiram alguns havendo ainda outros bem significativos a resolver, porquê, então, a teimosia do governo em, neste ano escolar, não suspender o processo de avaliação, dando-se um tempo para melhor ponderar e tomar decisões que acabem com o enorme mal-estar nas escolas e nos professores.
É, na verdade, muito estranha esta atitude de Maria de Lurdes Rodrigues que, pelos vistos, é apoiada por todo o governo.
Ser determinada é uma coisa, outra bem diferente, é insistir em erros que se reconhecem!

 

Dia Internacional do Voluntariado

O Dia de hoje é consagrado ao voluntariado.
E há, efectivamente, justificada razão para isso, tão relevante é a acção dos muitos voluntários que se dispõem a apoiar os carenciados de vária natureza.
Em Portugal há cerca de mil e quinhentos voluntários que levam a sua solidariedade a crianças, jovens, idosos, doentes, pobres, a instituições e movimentos de assistência social, a mães solteiras, a mulheres que sofrem violência doméstica.
Não é, como se sabe, o interesse material que mobiliza os voluntários, apenas é a satisfação espiritual de poderem prestar serviços a quem deles precisa.
A par dos reformados que ainda se sentem com capacidade para serem úteis, tem aumentado significativamente o número de jovens que se dedicam à tão nobre Causa do voluntariado. E todos eles acham que o seu trabalho é o mais gratificante.
Ainda bem que assim é, pois neste tempo presente, mais são os que necessitam da ajuda de quem pode dá-la.
Impõe-se que se dê a melhor colaboração às campanhas e actividades promovidas pelos voluntários.
E há que, neste Dia prestar-lhes a merecida homenagem.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

 

A greve dos professores

A greve de hoje teve uma invulgar adesão (mais de 90%), demonstrando de novo o propósito firme dos professores em protestarem e combaterem a política do Ministério da Educação que está a tratá-los com enorme injustiça.
Ainda ontem à noite na SIC Notícias foram entrevistados três ex-Ministros da Educação Frausto da Silva, Júlio Pedrosa e Marçal Grilo que foram unânimes em apelar a um acordo urgente entre o governo e os sindicatos, sob pena de se degradar mais o Ensino.
Mas também esses ex-governantes afirmaram que, na verdade, o Ministério da Tutela foi precipitado em pretender fazer demasiadas alterações no sistema educativo em tão pouco tempo, o que causou naturalmente uma perturbação profunda nas escolas.
Por outro lado, aqueles entrevistados entendem que não se pode ou não deve deixar de atender à “ força” das manifestações e de outras iniciativas de protesto em que tem participado a grande maioria dos docentes.
Quando será, na verdade, que a Ministra se convence disso mesmo?!
Tem afirmado que está disposta ao diálogo, mas na mesa das negociações tem-se revelado sempre intransigente na sua radical posição quanto ao que é essencial mudar!
E terá já aquela governante condições para um diálogo sério e com boa fé, sem teimosias tolas, sem azedumes?!

 

Obama já está a preparar o futuro

Desde que foi eleito Presidente dos EUA, Obama não tem parado…
Praticamente, já estão escolhidas as equipas que vão ser responsáveis pelos vários sectores da governação.
E o certo é que tem sido feliz nas opções que tem feito. Hillary Clinton fará um bom lugar como Secretária de Estado, não só pelo seu mérito próprio mas gozando do nome do seu marido, que não deixará de a aconselhar valendo-se da sua experiência política e das suas muitas e influentes relações internacionais.
E para o sector económico que está a passar por um muito mau momento, já está assegurada uma equipa composta de valiosas personalidades, com a maior competência na área que vão tutelar.
E Obama não hesitou em aproveitar os méritos reconhecidos de um membro do Partido Republicano para a defesa, sendo certo também que fez uma boa escolha para a Segurança.
Tudo se conjuga para que o mandato do novo Presidente tenha êxito, como aliás ele merece como o político da mudança, capaz de fazer enveredar no seu país por outros rumos mais adequados a uma comunidade internacional que se deseja diferente, mais solidária e justa.

 

O Congresso do PCP

Terminou o XVIII deste Partido, que decorreu, como era de esperar, com muito entusiasmo e com a reafirmação dos seus ideais. Jerónimo de Sousa que tem desempenhado as suas funções de molde a agradar aos militantes, foi reeleito como Secretário-Geral e o Comité Central sofreu uma substancial renovação.
Este Congresso decorreu num ambiente do maior vigor, a que não será estranho o conhecimento da subida do Partido nas recentes sondagens. Os oradores, entre os quais, claro, Jerónimo de Sousa foram unânimes no ataque às políticas do governo, o que era de esperar mas também o BE foi objecto de acusações, revelando-se que o PCP não admite, pelo menos por agora, qualquer convergência da esquerda.
Enfim, notou-se neste Congresso um maior radicalismo nas posições assumidas, o que, no nosso entender, não beneficiará o PCP.

 

O arrependimento de Bush

O presidente cessante dos EUA reconheceu agora em público que não devia ter feito a guerra no Iraque!
De alguma forma, isto é um arrependimento.
Só que tal não o absolverá, perante os seus compatriotas e todo o mundo, do grave crime que praticou sobre o povo mártir daquele país.
E também de nada valerá a Bush dizer, como tem feito, que foi enganado pelos seus Serviços Secretos que o informaram mal quanto às armas de destruição maciça que o Iraque estaria a produzir. É que não se conhece que Bush tivesse sancionado os responsáveis por aquela falsa informação. Sobretudo depois da Comissão de Inspectores internacionais terem anteriormente concluído que tais armas não existiam.
O sr Bush vai sair da presidência “ amarrado” para sempre a tanto mal que provocou ao povo iraquiano.
Poderá dormir tranquilamente?!

 

Professor Doutor José Augusto Cardoso Bernardes

Em poucos dias este ilustre figueirense e Professor da Faculdade de Letras de Coimbra teve, nesta cidade, duas intervenções públicas.
Uma promovida pelo Departamento de Línguas Românicas da Escola Infante D. Pedro e outra na sessão solene do 101º aniversário do Grupo Caras Direitas, colectividade que tem sabido cumprir com êxito as suas finalidades.
E, como era de esperar, aquele docente universitário fez duas valiosas intervenções que muito agradaram a quem as presenciou.
O Professor Doutor Cardoso Bernardes é, na verdade, uma personalidade que, pela sua cultura e pela posição relevante que ocupa na Universidade de Coimbra, muito prestigia a nossa terra.

 

Para ler e meditar

“ Em Portugal, o cargo de ex-Ministro, seja dos governos Cavaco seja de outros, é o mais bem recompensado”
( Rui Moreira in Público de um de Dezembro)

 

Uma greve histórica

Na Região Centro, a adesão foi superior a 90%. Conheça os resultados escola a escola.

FIGUEIRA DA FOZ
Valor global de adesão: 92,09 %

CONCELHO DE CANTANHEDE: 93,32 %

Agrupamento de Escolas Finisterra: 93,33 %;
Agrupamento de Escolas da Tocha: 88,44 %;
Agrupamento de Escolas de Cantanhede: 96,49 %;
Escola Secundária de Cantanhede: 95,00 %

CONCELHO DA FIGUEIRA DA FOZ: 89,20 %

Escola Secundária Cristina Torres: 100,00 %;
Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho: 90,24 %;
Escola Secundária Dr. Bernardino Machado: 82,76 %;
Agrupamento de Escolas da Zona Urbana: 76,92 %;
Agrupamento de Escolas das Alhadas: 100,00 %;
Agrupamento de Escolas de Buarcos: 94,74 %;
Agrupamento de Escolas do Paião: 79,76 %


CONCELHO DE MONTEMOR-O-VELHO: 89,71 %
Escola Secundária de Montemor: 88,24 %;
Agrupamento de Escolas de Arazede: 82,77 %
Agrupamento de Escolas da Carapinheira: 93,33 %;
Agrupamento de Escolas de Montemor: 94,48 %

CONCELHO DE MIRA: 93,65 %
Escola Secundária de Mira: 97,00 %;
Agrupamento de Escolas de Mira: 90,29 %

CONCELHO DE SOURE: 94,58 %
Agrupamento de Escolas de Soure: 94,58 %

segunda-feira, dezembro 01, 2008

 

It's time to get even - project

A ONG HELPO constitui uma presença sólida a nível local que se assume como parte integrante de todo um processo de apoio, que tem início com a angariação de padrinhos em Portugal e se concretiza através do acompanhamento das crianças e comunidades apoiadas, distribuição de bens e serviços essenciais e ainda construção de projectos estruturais e de Desenvolvimento Comunitário.Com esta modalidade de actuação, os próprios técnicos da Helpo, juntamente com os parceiros locais envolvidos nas suas actividades, levam a cabo o diagnóstico das zonas onde intervir, a recolha de dados necessária na fase prévia à intervenção, o acompanhamento das crianças e comunidades fornecendo-lhes assistência regular e assistência especial em casos extraordinários de necessidade e implementando, juntamente com as próprias comunidades, os projectos concebidos com o fim de melhorar as suas condições de vida. Visite o site www.helpo.pt. Faça a sua parte.

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