terça-feira, agosto 31, 2010
Para ler e meditar
“ A profundidade das reformas exige um discurso de verdade. O poder político não diz a verdade e o povo não quer ouvir a verdade”
( João Marques de Almeida in Diário Económico de ontem)
( João Marques de Almeida in Diário Económico de ontem)
Mais uma função dos telemóveis!
Os trabalhadores ( na maioria mulheres) da Pinhosil, de Arouca, receberam pelos telemóveis uma mensagem do seu despedimento, anunciando o encerramento imediato daquela empresa.
A surpresa foi naturalmente enorme, porque nunca “ os patrões” tinham manifestado esse propósito. E há salários em atraso, nada se dizendo como e quando se pagarão.
É inédita e insólita a forma de despedimento usada pela gerência da referida empresa!
Tudo vai valendo neste país…
A surpresa foi naturalmente enorme, porque nunca “ os patrões” tinham manifestado esse propósito. E há salários em atraso, nada se dizendo como e quando se pagarão.
É inédita e insólita a forma de despedimento usada pela gerência da referida empresa!
Tudo vai valendo neste país…
A reentre do ano político do PS
A Direcção Nacional do PS conta que em Matosinhos se reúnam 10 mil socialistas, na reentre política do partido.
E para isso se disponibilizarão transportes gratuitos, o que, decerto, muito facilitará que tal se concretize.
Será, pois, uma grande manifestação de fidelidade partidária e logo em Matosinhos, em que recentemente foram expulsos muitos antigos membros do PS entre os quais Narciso Miranda e alguns outros que chegaram a ocupar posições de relevo naquele partido e na voda política nacional.
Há até quem diga que a marcação desse comício para aquela cidade constitui uma provocação ou uma “ revenche”!
Mas, o que mais deve interessar é que no próximo sábado ali os responsáveis do partido reafirmem os princípios programáticos respectivos, defendendo a sua vertente de esquerda.
E para isso se disponibilizarão transportes gratuitos, o que, decerto, muito facilitará que tal se concretize.
Será, pois, uma grande manifestação de fidelidade partidária e logo em Matosinhos, em que recentemente foram expulsos muitos antigos membros do PS entre os quais Narciso Miranda e alguns outros que chegaram a ocupar posições de relevo naquele partido e na voda política nacional.
Há até quem diga que a marcação desse comício para aquela cidade constitui uma provocação ou uma “ revenche”!
Mas, o que mais deve interessar é que no próximo sábado ali os responsáveis do partido reafirmem os princípios programáticos respectivos, defendendo a sua vertente de esquerda.
A época de Verão
O último dia de Agosto é aquele em que terminam as férias estivais e a afluência de turistas.
No privilegiado Algarve, a ocupação hoteleira foi razoável e já foi dito pelo responsável do turismo naquela região que houve mais portugueses do que estrangeiros e que, como é natural, se verificou um menor poder de compra.
Na Figueira, o Presidente da Câmara já se mostrou satisfeito com a forma como decorreu a época turística.
Seria, porém, interessante que as entidades responsáveis divulgassem os respectivos números estatísticos.
Uma coisa é certa: pelo menos nos fins-de-semana a Figueira encheu a transbordar!
Mas isso chegará para se considerar como boa a época?
E Setembro como será turisticamente?
Já lá vai o tempo em que as férias escolares eram em Julho, Agosto e Setembro o que naturalmente facultava que, mesmo nesse último mês a nossa cidade acolhesse ainda muitos quer a preferiam para aqui passar o último período de férias.
No privilegiado Algarve, a ocupação hoteleira foi razoável e já foi dito pelo responsável do turismo naquela região que houve mais portugueses do que estrangeiros e que, como é natural, se verificou um menor poder de compra.
Na Figueira, o Presidente da Câmara já se mostrou satisfeito com a forma como decorreu a época turística.
Seria, porém, interessante que as entidades responsáveis divulgassem os respectivos números estatísticos.
Uma coisa é certa: pelo menos nos fins-de-semana a Figueira encheu a transbordar!
Mas isso chegará para se considerar como boa a época?
E Setembro como será turisticamente?
Já lá vai o tempo em que as férias escolares eram em Julho, Agosto e Setembro o que naturalmente facultava que, mesmo nesse último mês a nossa cidade acolhesse ainda muitos quer a preferiam para aqui passar o último período de férias.
O país a arder!
Continuam os incêndios florestais em quase todo o país, com excepção do centro e sul onde, felizmente, os fogos têm sido em menor número.
O país está “ pintado” de negro, talvez a condizer com o que se passa com a crise económica, cujo fim ainda não está à vista.
A terra queimada já ronda os 100 mil hectares e os prejuízos são enormes, não só com a destruição das florestas mas ainda na agricultura.
Será que o que se está a passar não servirá para de imediato se tomarem medidas paras que não haja a repetição no próximo ano?
Há que prevenir enquanto é tempo.
O país está “ pintado” de negro, talvez a condizer com o que se passa com a crise económica, cujo fim ainda não está à vista.
A terra queimada já ronda os 100 mil hectares e os prejuízos são enormes, não só com a destruição das florestas mas ainda na agricultura.
Será que o que se está a passar não servirá para de imediato se tomarem medidas paras que não haja a repetição no próximo ano?
Há que prevenir enquanto é tempo.
11% de desempregados
Cresceu a taxa de desempregados, atingindo presentemente 11% o que corresponde a 600 mil, o número mais elevado até agora.
E esses são os registados nos Centros de Emprego, porque alguns milhares há que não constam desses registo, porque já não têm direito ao respectivo subsídio, como os desempregados de longa duração e os trabalhadores precários. Quer dizer que a situação não deixou ainda de agravar-se, apesar de alguns responsáveis políticos se esforçarem por dizer o contrário!
E esses são os registados nos Centros de Emprego, porque alguns milhares há que não constam desses registo, porque já não têm direito ao respectivo subsídio, como os desempregados de longa duração e os trabalhadores precários. Quer dizer que a situação não deixou ainda de agravar-se, apesar de alguns responsáveis políticos se esforçarem por dizer o contrário!
segunda-feira, agosto 30, 2010
Adeus, Luciano
Ao fim de muitos anos de doença, morreu ontem o meu muito Amigo João Luciano Monteiro.
Embora já há muito sem esperança de uma sua recuperação, a infausta notícia da sua morte não amenizou a grande tristeza que senti e sentirei sempre.
Desde a nossa juventude que éramos dedicados Amigos, quer no ensino secundário quer, depois, na universidade de Coimbra, onde seguimos cursos diferentes.
Encontrámo-nos também na mesma barricada política, assumindo posições por vezes bem difíceis na luta contra a ditadura que governou este país durante cerca de meio século.
Fomos ainda companheiros rotários e em Mafra, na Escola Prática de Infantaria, fizemos o curso de oficiais milicianos, sendo colocados depois, por determinação da polícia política, ele em Faro e eu em Lagos.
A amizade profunda que nos uniu desde novos manteve-se, sem o mais pequeno incidente, durante todas as nossas longas vidas.
E quem podia deixar de ser amigo do Luciano, homem estruturalmente bondoso, simples, generoso, tolerante irradiando simpatia, sempre pronto a auxiliar discretamente os mais carenciados.
A morte não apagará nunca da minha memória, o grande e indefectível Amigo, que agora nos deixou.
Cumprimento sentidamente os seus Filhos, aos quais foi deixado um legado de capital de vida moral muito valioso e que eles saberão sempre respeitar.
Adeus, Luciano, até qualquer dia!
Embora já há muito sem esperança de uma sua recuperação, a infausta notícia da sua morte não amenizou a grande tristeza que senti e sentirei sempre.
Desde a nossa juventude que éramos dedicados Amigos, quer no ensino secundário quer, depois, na universidade de Coimbra, onde seguimos cursos diferentes.
Encontrámo-nos também na mesma barricada política, assumindo posições por vezes bem difíceis na luta contra a ditadura que governou este país durante cerca de meio século.
Fomos ainda companheiros rotários e em Mafra, na Escola Prática de Infantaria, fizemos o curso de oficiais milicianos, sendo colocados depois, por determinação da polícia política, ele em Faro e eu em Lagos.
A amizade profunda que nos uniu desde novos manteve-se, sem o mais pequeno incidente, durante todas as nossas longas vidas.
E quem podia deixar de ser amigo do Luciano, homem estruturalmente bondoso, simples, generoso, tolerante irradiando simpatia, sempre pronto a auxiliar discretamente os mais carenciados.
A morte não apagará nunca da minha memória, o grande e indefectível Amigo, que agora nos deixou.
Cumprimento sentidamente os seus Filhos, aos quais foi deixado um legado de capital de vida moral muito valioso e que eles saberão sempre respeitar.
Adeus, Luciano, até qualquer dia!
Reflexão
Nos tempos actuais parece que tudo tem um preço, até os valores morais.
Honestidade, ética, verticalidade, dignidade são conceitos ou princípios que, infelizmente, vão sendo desconhecidos cada vez de mais pessoas.
Querendo libertar-se dessas “ amarras morais”, são muitos os que agem apenas procurando a satisfação dos seus próprios interesses.
Nem que seja preciso atropelar os legítimos interesses de outrem ou “ rastejar” perante quem lhes possa ser útil, não se importando em adular os que estão em condições de servirem a sua vaidade, ambição, ganância.
Vende-se, com facilidade, a alma em que deviam estar impressos os valores éticos, trocam-se esses valores por um “ prato de lentilhas”, diz-se mal, intriga-se, mente-se, esmaga-se a credibilidade dos outros quando se quer que se concretizem os seus desejos mesmo que ilegítimos.
Hoje, de pouco vai valendo a estatura moral que, noutros tempos, era preocupação de quem queria impor-se, ser considerado e respeitado no meio social e político.
No entanto, neste período de crise, mais se deve exigir que se proceda com dignidade, observando os melhores princípios morais.
Honestidade, ética, verticalidade, dignidade são conceitos ou princípios que, infelizmente, vão sendo desconhecidos cada vez de mais pessoas.
Querendo libertar-se dessas “ amarras morais”, são muitos os que agem apenas procurando a satisfação dos seus próprios interesses.
Nem que seja preciso atropelar os legítimos interesses de outrem ou “ rastejar” perante quem lhes possa ser útil, não se importando em adular os que estão em condições de servirem a sua vaidade, ambição, ganância.
Vende-se, com facilidade, a alma em que deviam estar impressos os valores éticos, trocam-se esses valores por um “ prato de lentilhas”, diz-se mal, intriga-se, mente-se, esmaga-se a credibilidade dos outros quando se quer que se concretizem os seus desejos mesmo que ilegítimos.
Hoje, de pouco vai valendo a estatura moral que, noutros tempos, era preocupação de quem queria impor-se, ser considerado e respeitado no meio social e político.
No entanto, neste período de crise, mais se deve exigir que se proceda com dignidade, observando os melhores princípios morais.
O horror da pena de morte
Tem de indignar-nos, tem de sentirmos veemente repulsa o facto de, neste século XXI, ainda haver países em que é permitida a pena de morte.
E mais merece censura quando essa pena pode ser aplicada através de meios violentos, como o apedrejamento, a que, recentemente foi condenada uma mulher.
Impõe-se que a comuni8dade internacional reaja contra tão desumana sanção.
Pelo menos, os países onde já não existe a pena de morte devem usar dos meios mais adequados como o isolamento diplomático ou adopção de medidas de bloqueio das relações comerciais e económicas para tentar que a pena de morte seja abolida nos países em que ainda existe.
A começar, claro, nos países que se dizem mais evoluídos e até democráticos, como os EUA onde ainda há, em alguns estados, consagrada na lei a pena de morte!
As Organizações internacionais que se reúnem com frequência para tratar de questões de vária natureza porque não tomam iniciativas semelhantes quanto à pena de morte?
E mais merece censura quando essa pena pode ser aplicada através de meios violentos, como o apedrejamento, a que, recentemente foi condenada uma mulher.
Impõe-se que a comuni8dade internacional reaja contra tão desumana sanção.
Pelo menos, os países onde já não existe a pena de morte devem usar dos meios mais adequados como o isolamento diplomático ou adopção de medidas de bloqueio das relações comerciais e económicas para tentar que a pena de morte seja abolida nos países em que ainda existe.
A começar, claro, nos países que se dizem mais evoluídos e até democráticos, como os EUA onde ainda há, em alguns estados, consagrada na lei a pena de morte!
As Organizações internacionais que se reúnem com frequência para tratar de questões de vária natureza porque não tomam iniciativas semelhantes quanto à pena de morte?
domingo, agosto 29, 2010
Para ler e meditar
“ A frota dos assessores, imensa, tem a missão patriótica de fazer dos governantes a nova e inacessível ilha dos Amores, um território de sonho e evasão”
( Inês Pedrosa in Única)
( Inês Pedrosa in Única)
Mas que é isto?
Foi agora oficialmente determinado que os beneficiários do subsídio social têm que provar os seus rendimentos através da internet.
Mas aqueles que não têm acesso a ela?
Quis-se facilitar os respectivos Serviços sem, porém, ter em atenção as conveniências ou possibilidades de cumprimento por parte dos referidos beneficiários.
E nas cartas que foram dirigidas a estes, apenas se exigia que a respectiva declaração dos rendimentos se fizesse através da internet!
Mas aqueles que não têm acesso a ela?
Quis-se facilitar os respectivos Serviços sem, porém, ter em atenção as conveniências ou possibilidades de cumprimento por parte dos referidos beneficiários.
E nas cartas que foram dirigidas a estes, apenas se exigia que a respectiva declaração dos rendimentos se fizesse através da internet!
Não há dinheiro para os Presidentes das Juntas de Freguesia
É verdade: os Presidentes das Juntas de Freguesia, a tempo inteiro, estão sem receber os seus salários.
Segundo se diz, a culpa é de um erro cometido no Orçamento de Estado onde se inscreveu para aquele fim uma verba insuficiente.
Esses autarcas terão que esperar pelo novo OE para verem resolvidas as suas situações?
E se isso acontecesse aos membros do governo e aos deputados?
Só neste país é possível verificar-se um erro desta natureza…
Será que esses salários atrasados vêm a ser pagos com juros, como o Estado cobra aos seus devedores?
Era justo.
Segundo se diz, a culpa é de um erro cometido no Orçamento de Estado onde se inscreveu para aquele fim uma verba insuficiente.
Esses autarcas terão que esperar pelo novo OE para verem resolvidas as suas situações?
E se isso acontecesse aos membros do governo e aos deputados?
Só neste país é possível verificar-se um erro desta natureza…
Será que esses salários atrasados vêm a ser pagos com juros, como o Estado cobra aos seus devedores?
Era justo.
Ângelo Correia manda!
Aquele notável do PSD disse numa entrevista que Passos Coelho o ouve quando quer e quando não quer!
Revelou, assim, a sua autoridade sobre o líder do seu partido, o que aliás já era conhecido pois há muito são amigos e andam “ ligados” por várias razões relacionadas com as actividades de ambos.
Compreende-se que Passos Coelho esteja a tentar afastar do programa do partido os princípios de uma autêntica social-democracia.
Ângelo Correia, homem inteligente e com já muita prática política foi sempre, aliás com alguns dos seus companheiros, desde o início do PPD agora PSD, mais próximo das políticas liberais e de um Estado mais aberto a acolher, promover e proteger a iniciativa privada, atribuindo ao Estado apenas uma acção menor de controlo.
Agora, mais do que nunca, se impõe perguntar: quem está com a verdadeira social-democracia? Os que ainda se encontram no PSD não terão força paras reagir contra o que se está a passar no partido? É lá com eles!
Revelou, assim, a sua autoridade sobre o líder do seu partido, o que aliás já era conhecido pois há muito são amigos e andam “ ligados” por várias razões relacionadas com as actividades de ambos.
Compreende-se que Passos Coelho esteja a tentar afastar do programa do partido os princípios de uma autêntica social-democracia.
Ângelo Correia, homem inteligente e com já muita prática política foi sempre, aliás com alguns dos seus companheiros, desde o início do PPD agora PSD, mais próximo das políticas liberais e de um Estado mais aberto a acolher, promover e proteger a iniciativa privada, atribuindo ao Estado apenas uma acção menor de controlo.
Agora, mais do que nunca, se impõe perguntar: quem está com a verdadeira social-democracia? Os que ainda se encontram no PSD não terão força paras reagir contra o que se está a passar no partido? É lá com eles!
A corrupção mais penalizada
O Presidente da República promulgou o chamado “ pacote anticorrupção” , constituído por sete diplomas, em que são abrangidas e penalizadas com maior gravidade certas condutas de corrupção, inclusivamente praticadas por responsáveis de certos altos cargos e funcionários públicos.
Já há quatro anos que Cavaco Silva alertou, num seu discurso, para a necessidade de uma legislação mais adequada para o combate à corrupção e a outros crimes de natureza semelhante.
Bem preciso era, efectivamente, criar as condições legais para sancionar devidamente aqueles crimes que, infelizmente, são cometidos com muita frequência.
Resta desejar que nos Tribunais se faça a melhor aplicação desta nova legislação.
Já há quatro anos que Cavaco Silva alertou, num seu discurso, para a necessidade de uma legislação mais adequada para o combate à corrupção e a outros crimes de natureza semelhante.
Bem preciso era, efectivamente, criar as condições legais para sancionar devidamente aqueles crimes que, infelizmente, são cometidos com muita frequência.
Resta desejar que nos Tribunais se faça a melhor aplicação desta nova legislação.
sexta-feira, agosto 27, 2010
Para ler e meditar
“ Quem se lembra muito simplesmente, de perguntar: que erros se fizeram? Quem os fez? Quando? Com que consequências?
( Vasco Pulido valente in Público de hoje)
( Vasco Pulido valente in Público de hoje)
Até um tornado de fogo
Este ano tem sido pródigo em fenómenos atmosféricos: chuvas torrenciais, grandes cheias, vulcões antigos em actividade, ventos ciclónicos, sismos, tornados e agora até um tornado de fogo em S. Paulo.
Tudo isso, tem já provocado milhares de mortes e de desalojados ( só no Paquistão estimam-se em 17 milhões as pessoas que ficaram sem casa) e são enormes os prejuízos na agricultura de vários países com a destruição de sementeiras.
O clima tem sofrido grandes alterações, com extensas placas de gelo a desprenderem-se dos glaciares a caminho dos mares. E parece já não haver dúvidas de que esses fenómenos têm origem em acções do Homem que teima em poluir a atmosfera com os gases que nela lançam.
Quando se tomará juízo, adoptando as medidas necessárias para travar aqueles fenómenos calamitosos que estão a ocorrer.
Tudo isso, tem já provocado milhares de mortes e de desalojados ( só no Paquistão estimam-se em 17 milhões as pessoas que ficaram sem casa) e são enormes os prejuízos na agricultura de vários países com a destruição de sementeiras.
O clima tem sofrido grandes alterações, com extensas placas de gelo a desprenderem-se dos glaciares a caminho dos mares. E parece já não haver dúvidas de que esses fenómenos têm origem em acções do Homem que teima em poluir a atmosfera com os gases que nela lançam.
Quando se tomará juízo, adoptando as medidas necessárias para travar aqueles fenómenos calamitosos que estão a ocorrer.
O nudismo
Para além das praias ou zonas em que é permitida por lei a prática do nudismo, essa prática vem existindo noutros lugares.
E até agora, que se saiba, não têm sido sancionados esses comportamentos, o que está a causar uma natural reacção de quem quer estar nas praias com a família sem ter que presenciar “ espectáculos” que não desejam ver.
Se há já zonas demarcadas para praticar nudismo porque não respeitar o direito dos que não o aceitam?
Liberdade, sim, mas responsável, isto é, respeitando a dos outros.
E até agora, que se saiba, não têm sido sancionados esses comportamentos, o que está a causar uma natural reacção de quem quer estar nas praias com a família sem ter que presenciar “ espectáculos” que não desejam ver.
Se há já zonas demarcadas para praticar nudismo porque não respeitar o direito dos que não o aceitam?
Liberdade, sim, mas responsável, isto é, respeitando a dos outros.
A França expulsou os ciganos
Numa Europa em que há já anos foi consagrada a livre circulação de pessoas e a não discriminação, o governo francês tomou recentemente a insólita decisão de fazer repatriar ciganos não franceses, principalmente romenos e búlgaros.
É inaceitável que assim se tenha procedido fazendo lembrar o que outrora se passou com outras etnias.
Mas, desde a II Guerra Mundial que tal não ocorrera.
Por mais que se tente negar que não se trata de racismo mas apenas de salvaguardar os interesses dos franceses, como os laborais e os da segurança, no que respeita a uma sua melhor vivência, a verdade é que não pode deixar de se considerar ser uma lamentável discriminação. E nos tempos de hoje tal não é admissível numa Europa em que tanto se tem procurado fazer pela aproximação, colaboração e coesão entre os países e os povos.
Tendo essa expulsão dos ciganos sido decidida por um governo francês mais é de estranhar e de censurar.
E o certo é que essa conduta está já a ser tomada por outros países como a Alemanha e a Itália.
É inaceitável que assim se tenha procedido fazendo lembrar o que outrora se passou com outras etnias.
Mas, desde a II Guerra Mundial que tal não ocorrera.
Por mais que se tente negar que não se trata de racismo mas apenas de salvaguardar os interesses dos franceses, como os laborais e os da segurança, no que respeita a uma sua melhor vivência, a verdade é que não pode deixar de se considerar ser uma lamentável discriminação. E nos tempos de hoje tal não é admissível numa Europa em que tanto se tem procurado fazer pela aproximação, colaboração e coesão entre os países e os povos.
Tendo essa expulsão dos ciganos sido decidida por um governo francês mais é de estranhar e de censurar.
E o certo é que essa conduta está já a ser tomada por outros países como a Alemanha e a Itália.
quinta-feira, agosto 26, 2010
Pequenas e médias empresas
Segundo foi noticiado, nos últimos dois anos, 12 mil empresas, a maior parte pequenas e médias encerraram.
Foram principalmente a falta de apoios oficiais e a retracção quanto aos empréstimos bancários que provocaram essa situação.
São já cerca de 600 mil desempregados os que se encontram registados e a receber subsídio de desemprego. Mas, se se contar com aqueles que, embora sem trabalho, não têm direito àquele subsídio, esse número aumentará.
E o certo é que os postos de trabalho que têm sido criados não são de molde a absorver os que querem trabalho e não o encontram.
O pedido de confiança num futuro melhor que, com insistência, se faz aos portugueses dura há já muito.
Foram principalmente a falta de apoios oficiais e a retracção quanto aos empréstimos bancários que provocaram essa situação.
São já cerca de 600 mil desempregados os que se encontram registados e a receber subsídio de desemprego. Mas, se se contar com aqueles que, embora sem trabalho, não têm direito àquele subsídio, esse número aumentará.
E o certo é que os postos de trabalho que têm sido criados não são de molde a absorver os que querem trabalho e não o encontram.
O pedido de confiança num futuro melhor que, com insistência, se faz aos portugueses dura há já muito.
Para ler e meditar
“ Desde a II Guerra que os europeus consideram inaceitável submeter qualquer grupo a uma punição colectiva ou a uma expulsão em massa com base na etnia e, portanto, pôr de lado direitos fundamentais em nome da segurança, especificadamente para os ciganos, abrindo-se um precedente preocupante”
( George Soros in Público de ontem)
( George Soros in Público de ontem)
quarta-feira, agosto 25, 2010
O aniversário da Revolução Liberal
Como tem sido habitual, mais uma vez, no dia 24 decorreu uma cerimónia comemorativa da Revolução Liberal de 1820 e de homenagem a Manuel Fernandes Thomaz e restos mortais, na Praça 8 de Maio.
O Presidente da Câmara, Dr. João Ataíde, depositou ali uma coroa de flores e fez-se um minuto de silêncio.
O primeiro discurso foi proferido pelo Presidente da Associação 24 de Agosto, seguindo-se o Professor Henrique Fernandes Thomaz Veiga, descendente do homenageado, ambos se referindo elogiosamente ao ilustre figueirense e dedicado patriota.
O último a discursar foi o Presidente da Câmara que proporcionou a quem o ouviu um improviso correcto na forma e valioso quanto ao seu conteúdo.
Na cerimónia, além de várias entidades oficiais, e de razoável público marcou presença uma formação de Bombeiros.
O Presidente da Câmara, Dr. João Ataíde, depositou ali uma coroa de flores e fez-se um minuto de silêncio.
O primeiro discurso foi proferido pelo Presidente da Associação 24 de Agosto, seguindo-se o Professor Henrique Fernandes Thomaz Veiga, descendente do homenageado, ambos se referindo elogiosamente ao ilustre figueirense e dedicado patriota.
O último a discursar foi o Presidente da Câmara que proporcionou a quem o ouviu um improviso correcto na forma e valioso quanto ao seu conteúdo.
Na cerimónia, além de várias entidades oficiais, e de razoável público marcou presença uma formação de Bombeiros.
O lucro dos Bancos
Só em comissões os Bancos arrecadam mais de 7 milhões de euros por dia!
Mas nem isso tem impedido de aumentarem os juros e os spreads.
Mas nem isso tem impedido de aumentarem os juros e os spreads.
E o luxo continua…
As agências imobiliárias dizem que se vendem melhor as vivendas ou apartamentos de luxo do que os mais modestos.
Os vendedores de automóveis também têm revelado que os de topo de gama se vendem melhor que os outros mais utilitários.
Quer dizer que a crise não afecta certos sectores sociais, em que a abastança continua, não havendo sequer o propósito de a esconder.
Igualmente os hotéis mais categorizados, de quatro ou cinco estrelas, na época de Verão, têm uma boa ocupação e as férias no estrangeiro não deixaram de se fazer.
Este país é mesmo de fortes contradições: enquanto uns, muitos milhares se debate com enormes dificuldades, chegando a viver em situação de pobreza ou de miséria, outros parece não darem sequer pela crise, antes têm-se aproveitado para engrossar as suas fortunas e quantas vezes tal acontece através de condutas ilícitas e delituosas.
Enfim, é o que vamos tendo…
Os vendedores de automóveis também têm revelado que os de topo de gama se vendem melhor que os outros mais utilitários.
Quer dizer que a crise não afecta certos sectores sociais, em que a abastança continua, não havendo sequer o propósito de a esconder.
Igualmente os hotéis mais categorizados, de quatro ou cinco estrelas, na época de Verão, têm uma boa ocupação e as férias no estrangeiro não deixaram de se fazer.
Este país é mesmo de fortes contradições: enquanto uns, muitos milhares se debate com enormes dificuldades, chegando a viver em situação de pobreza ou de miséria, outros parece não darem sequer pela crise, antes têm-se aproveitado para engrossar as suas fortunas e quantas vezes tal acontece através de condutas ilícitas e delituosas.
Enfim, é o que vamos tendo…
O confronto partidário
O que já se passou nos comícios da reentre política do PS e do PSD foi um repositório de acusações recíprocas, não havendo um tratamento responsável e elevado dos problemas quer afectam a situação existente no nosso país. E esses políticos não têm sido “ meigos” nos ataques que fazem, não podendo deixar de estranhar-se que tal aconteça depois de terem revelado disposição para um entendimento, para um “ casamento”, que, pelos vistos, foi de pouca duração.
É que, na verdade, o PS tem vindo agora a revelar fidelidade às suas regras programáticas, realçando a sai vertente de esquerda.
Enquanto este PSD, de Passos Coelho está a encostar-se mais ao neoliberalismo conforme resulta do que já anunciou a respeito da sua proposta de revisão constitucional.
Esta crispação entre os responsáveis desses dois partidos poderá levar a consequências políticas graves, mormente quanto à aprovação ou não do próximo Orçamento de Estado.
E como se governará este país se, porventura essa aprovação não acontecer?
Não será altura de cavaco Silva se decidir a ter uma intervenção para tentar um entendimento político-partidário?
Ou tomar enquanto é tempo uma outra posição?
É que, na verdade, o PS tem vindo agora a revelar fidelidade às suas regras programáticas, realçando a sai vertente de esquerda.
Enquanto este PSD, de Passos Coelho está a encostar-se mais ao neoliberalismo conforme resulta do que já anunciou a respeito da sua proposta de revisão constitucional.
Esta crispação entre os responsáveis desses dois partidos poderá levar a consequências políticas graves, mormente quanto à aprovação ou não do próximo Orçamento de Estado.
E como se governará este país se, porventura essa aprovação não acontecer?
Não será altura de cavaco Silva se decidir a ter uma intervenção para tentar um entendimento político-partidário?
Ou tomar enquanto é tempo uma outra posição?
terça-feira, agosto 24, 2010
Manuel Fernandes Tomaz
A Revolução Liberal ocorreu em 24 de Agosto de 1820 e dela foi principal mentor e respeitada figura de proa o figueirense Manuel Fernandes Tomaz, ao qual Almeida Garrett chamou Patriarca da Regeneração Portuguesa.
O Sinédrio, sociedade secreta que, com outros, criou no Porto, foi o cadinho, digamos assim onde um grupo de personalidades amantes da Liberdade e da dignificação da Pátria, planeou e preparou aquela Revolução, com a qual se acabou com os abusos dos nossos “aliados” ingleses, que por Portugal ficaram após as Invasões Francesas, quase colonizando o nosso país.
E também com essa Revolução se instituiu uma monarquia liberal, consagrando esse regime na Constitu8ição de 1822, aprovada pelas Cortes e que foi a primeira Constituição de Portugal.
A participação de Manuel Fernandes Tomaz na elaboração daquela lei fundamental foi notável, destacando-se aquele deputado constituinte pela sua inteligência esclarecida, pelos seus brilhantes dotes oratórios e pela sua firme convicção liberal.
Manuel Fernandes Tomaz é, incontestavelmente, um ilustríssimo figueirense e um dedicado e esforçado patriota.
Além da sua sólida formação política, que o tornou numa valiosa e justa referência, Manuel Fernandes Tomaz foi um cidadão impoluto, com qualidades humanas de grande mérito, sendo exemplo de honestidade (morreu pobre, apesar do seu valor profissional e político), de verticalidade, de respeito pelos direitos fundamentais e de grande amor à Pátria.
A Figueira honra-se em homenagear em 24 de Agosto de todos os anos a memória deste seu insigne filho.
O Sinédrio, sociedade secreta que, com outros, criou no Porto, foi o cadinho, digamos assim onde um grupo de personalidades amantes da Liberdade e da dignificação da Pátria, planeou e preparou aquela Revolução, com a qual se acabou com os abusos dos nossos “aliados” ingleses, que por Portugal ficaram após as Invasões Francesas, quase colonizando o nosso país.
E também com essa Revolução se instituiu uma monarquia liberal, consagrando esse regime na Constitu8ição de 1822, aprovada pelas Cortes e que foi a primeira Constituição de Portugal.
A participação de Manuel Fernandes Tomaz na elaboração daquela lei fundamental foi notável, destacando-se aquele deputado constituinte pela sua inteligência esclarecida, pelos seus brilhantes dotes oratórios e pela sua firme convicção liberal.
Manuel Fernandes Tomaz é, incontestavelmente, um ilustríssimo figueirense e um dedicado e esforçado patriota.
Além da sua sólida formação política, que o tornou numa valiosa e justa referência, Manuel Fernandes Tomaz foi um cidadão impoluto, com qualidades humanas de grande mérito, sendo exemplo de honestidade (morreu pobre, apesar do seu valor profissional e político), de verticalidade, de respeito pelos direitos fundamentais e de grande amor à Pátria.
A Figueira honra-se em homenagear em 24 de Agosto de todos os anos a memória deste seu insigne filho.
Só agora?!
O Procurador Geral da República veio agora ordenar que se investigue porque razão, no processo Freeport, não se ouviram todas as pessoas que poderiam contribuir para o esclarecimento dos factos em causa e cuja indicação constava daquele processo.
Inclusivamente, porque não foram chamados a inquirir o Primeiro Ministro e o Ministro da Presidência e porque não foi pedido o alargamento do prazo fixado para encerrar o processo?
É caso para perguntar: o que levou o PGR, que poderia e deveria acompanhar de perto a respectiva investigação num processo tão importante a só agora se decidir a uma intervenção?!
Enfim, mistérios insondáveis que não deviam existir!...
Inclusivamente, porque não foram chamados a inquirir o Primeiro Ministro e o Ministro da Presidência e porque não foi pedido o alargamento do prazo fixado para encerrar o processo?
É caso para perguntar: o que levou o PGR, que poderia e deveria acompanhar de perto a respectiva investigação num processo tão importante a só agora se decidir a uma intervenção?!
Enfim, mistérios insondáveis que não deviam existir!...
Ler e meditar
“A EU está sem rumo e atravessa, porventura, a pior fase da sua história.
Não há, infelizmente, dirigentes políticos e morais, na Europa de hoje, que se imponham como no passado”
(Mário Soares, no Diário de Notícias, de 10 do corrente)
Não há, infelizmente, dirigentes políticos e morais, na Europa de hoje, que se imponham como no passado”
(Mário Soares, no Diário de Notícias, de 10 do corrente)
segunda-feira, agosto 23, 2010
O poder da comunicação social
Uma das muitas vantagens da democracia é a de permitir que venham a ser conhecidas as condutas ilícitas de alguns, sejam quem forem.
A roubalheira, a corrupção, o tráfico de influências, etc, vêm ao de cima, abrangendo vários níveis da sociedade.
E se nem em todos os casos se conclui pela respectiva sanção, a verdade é que perante a opin ião pública os envolvidos nesses casos poderão ficar marcados negativamente para todo o ser.
A Liberdade, própria de um regime democrático permite, efectivamente, usar de meios adequados e sem olhar a preconceitos ou receios para desmascarar os que, sonegadamente, prevaricam, violando regras e valores legais e éticos.
E quando alguém diz que a comunicação social põe a claro, quase diariamente, os podres de certas personalidades, temos que reconhecer que ainda bem que assim acontece.
Se não for a comunicação social a incentivar a investigação em muitos casos, quantos deles ficariam na sombra!
A comunicação social é sem dúvida um poder hoje cada vez mais forte, pois, infelizmente, mais vasto é o campo para a sua acção.
A roubalheira, a corrupção, o tráfico de influências, etc, vêm ao de cima, abrangendo vários níveis da sociedade.
E se nem em todos os casos se conclui pela respectiva sanção, a verdade é que perante a opin ião pública os envolvidos nesses casos poderão ficar marcados negativamente para todo o ser.
A Liberdade, própria de um regime democrático permite, efectivamente, usar de meios adequados e sem olhar a preconceitos ou receios para desmascarar os que, sonegadamente, prevaricam, violando regras e valores legais e éticos.
E quando alguém diz que a comunicação social põe a claro, quase diariamente, os podres de certas personalidades, temos que reconhecer que ainda bem que assim acontece.
Se não for a comunicação social a incentivar a investigação em muitos casos, quantos deles ficariam na sombra!
A comunicação social é sem dúvida um poder hoje cada vez mais forte, pois, infelizmente, mais vasto é o campo para a sua acção.
A segunda economia do Mundo
A China, ultrapassando o Japão situa-se já no segundo lugar entre todas as economias do Mundo.
Acima dela, apenas estão os Estados Unidos da América do Norte.
E prevê-se que, em poucos anos, a China poderá chegar ao primeiro lugar!
Com o regime político que vigora naquele país, regime autoritário, que assenta na repressão e opressão, com inobservância pelos direitos humanos fundamentais, com leis laborais que impõem condições de trabalho não dignificantes, com salários baixíssimos, em que ainda há a pena de morte, com enormes desigualdades sociais privilegiando as classes políticas, etc – não admira a produtividade elevada existente.
Só que a economia não é tudo, pode ajudar ao progresso de um país, mas isso de pouco valerá se não for acompanhado do respeito pelo Homem e os seus direitos essenciais.
É que a economia deve estar ao serviço de todo o povo e não apenas de alguns, normalmente os que menos produzem!
Acima dela, apenas estão os Estados Unidos da América do Norte.
E prevê-se que, em poucos anos, a China poderá chegar ao primeiro lugar!
Com o regime político que vigora naquele país, regime autoritário, que assenta na repressão e opressão, com inobservância pelos direitos humanos fundamentais, com leis laborais que impõem condições de trabalho não dignificantes, com salários baixíssimos, em que ainda há a pena de morte, com enormes desigualdades sociais privilegiando as classes políticas, etc – não admira a produtividade elevada existente.
Só que a economia não é tudo, pode ajudar ao progresso de um país, mas isso de pouco valerá se não for acompanhado do respeito pelo Homem e os seus direitos essenciais.
É que a economia deve estar ao serviço de todo o povo e não apenas de alguns, normalmente os que menos produzem!
As deduções fiscais
O Governo prepara-se para cortar nas deduções fiscais, fixando quanto a elas um tecto.
Quer dizer que mesmo despesas feitas com a Saúde e Educação só em parte poderão ser deduzidas no imposto a pagar.
E com essa medida conta o Governo arrecadar mais de 400 milhões de euros.
Com cortes, como este, é fácil aumentar as receitas, mas da redução das despesas públicas é que não se fala!
E tanto há a fazer nesse capítulo…
Quer dizer que mesmo despesas feitas com a Saúde e Educação só em parte poderão ser deduzidas no imposto a pagar.
E com essa medida conta o Governo arrecadar mais de 400 milhões de euros.
Com cortes, como este, é fácil aumentar as receitas, mas da redução das despesas públicas é que não se fala!
E tanto há a fazer nesse capítulo…
O Forte de Santa Catarina
São já muitas as vezes que aqui chamamos a atenção de quem de direito para o estado de degradação desse monumento histórico, sem dúvida o mais emblemático da nossa terra.
Mas, de nada tem valido!
Em tempos, sugeriu-se até que se fizesse um aproveitamento do espaço interior do Forte com a montagem ali de um aquário, chegando até a haver conversações com um biólogo da Universidade de Coimbra no sentido de uma indispensável colaboração para aquele fim.
É claro, porém, que necessidade premente é proceder a obras de beneficiação do próprio Forte.
Se assim não suceder, não demorará muito a termos naquele local meras ruínas.
Porque não se traz à Figueira a actual Ministra da Cultura, interessando-a na realização das obras necessárias e urgentes?!
O acontecimento histórico que o Forte simboliza bem merece a atenção das entidades que podem salvá-lo da sua degradação.
Mas, de nada tem valido!
Em tempos, sugeriu-se até que se fizesse um aproveitamento do espaço interior do Forte com a montagem ali de um aquário, chegando até a haver conversações com um biólogo da Universidade de Coimbra no sentido de uma indispensável colaboração para aquele fim.
É claro, porém, que necessidade premente é proceder a obras de beneficiação do próprio Forte.
Se assim não suceder, não demorará muito a termos naquele local meras ruínas.
Porque não se traz à Figueira a actual Ministra da Cultura, interessando-a na realização das obras necessárias e urgentes?!
O acontecimento histórico que o Forte simboliza bem merece a atenção das entidades que podem salvá-lo da sua degradação.
O concurso “Salve-se quem puder”
Este concurso televisivo não consegue atingir a sua finalidade, que é essencialmente a de entreter.
É repetitivo, mesmo chato e os apresentadores revelam-se sem garra, sem à vontade, sem serem capazes de “salvar” o programa.
A incontestável beleza da Diana Chaves não chega e a verdade é que ela mostra estar insegura, demasiadamente hirta, parecendo até que está a fazer um frete.
As risadas a despropósito do Marco Horácio soam a falso e não convencem.
É um mau programa televisivo.
Satisfará as crianças que os pais ali levam para aparecerem na televisão?
Talvez, só que os programas de entretenimento não são apenas para o público no estúdio mas, sim, para todo o público que liga a televisão em busca de algo que o divirta.
E este concurso não serve para tal!
É repetitivo, mesmo chato e os apresentadores revelam-se sem garra, sem à vontade, sem serem capazes de “salvar” o programa.
A incontestável beleza da Diana Chaves não chega e a verdade é que ela mostra estar insegura, demasiadamente hirta, parecendo até que está a fazer um frete.
As risadas a despropósito do Marco Horácio soam a falso e não convencem.
É um mau programa televisivo.
Satisfará as crianças que os pais ali levam para aparecerem na televisão?
Talvez, só que os programas de entretenimento não são apenas para o público no estúdio mas, sim, para todo o público que liga a televisão em busca de algo que o divirta.
E este concurso não serve para tal!
domingo, agosto 22, 2010
O optimismo
Chega, na verdade, a impressionar a convicção, pelo menos aparente, como alguns responsáveis políticos teimam em apresentar uma sua visão demasiadamente optimista quanto a situações reais.
Nos seus discursos, nas suas entrevistas ou outras intervenções eles vão dizendo que vai caminhando tudo bem, que tudo se resolverá pelo melhor, o que é preciso é confiança!...
Só que quem sofre, no dia-a-dia as consequências de uma muito sombria realidade, com o aumento constante das dificuldades, tem uma posição bem diferente daqueles políticos.
E já são cada vez mais os que não se deixam “embalar” por palavras bonitas e esperançadas num breve futuro melhor.
Claro que os que têm responsabilidades politicas não podem transmitir qualquer seu pessimismo, mas tudo tem limites e um optimismo balofo, infundamentado, não adiantará nada, apenas levará a maus juízos quanto aos que o apregoam a todo o momento.
E quantas vezes se pretende justificar esse optimismo deturpando números publicitados por agências ou institutos mesmo oficiais ou os interpretam mal.
Nos seus discursos, nas suas entrevistas ou outras intervenções eles vão dizendo que vai caminhando tudo bem, que tudo se resolverá pelo melhor, o que é preciso é confiança!...
Só que quem sofre, no dia-a-dia as consequências de uma muito sombria realidade, com o aumento constante das dificuldades, tem uma posição bem diferente daqueles políticos.
E já são cada vez mais os que não se deixam “embalar” por palavras bonitas e esperançadas num breve futuro melhor.
Claro que os que têm responsabilidades politicas não podem transmitir qualquer seu pessimismo, mas tudo tem limites e um optimismo balofo, infundamentado, não adiantará nada, apenas levará a maus juízos quanto aos que o apregoam a todo o momento.
E quantas vezes se pretende justificar esse optimismo deturpando números publicitados por agências ou institutos mesmo oficiais ou os interpretam mal.
Os incêndios
O s muitos e grandes fogos florestais, que provocaram situações dramáticas, principalmente no norte e centro do país, mais uma vez vieram demonstrar que se impõe que se tome a sério a necessária prevenção.
Não basta que se melhorem os meios de combate aos incêndios (que estão ainda longe de ser suficientes, como de novo, neste ano se verificou). É preciso, sim, que, a tempo e com brevidade, se adoptem medidas bem planeadas que impeçam a grandeza dos fogos, como os que têm devorado a floresta, de tanta importância na nossa economia.
Impõe-se que se façam bons acessos às matas, que se intensifique uma cuidadosa fiscalização quanto à respectiva limpeza, que se procure uma melhor coordenação dos serviços de protecção civil, atribuindo mais autonomia e poderes de acção aos serviços locais.
Os incêndios florestais merecem, na verdade, que se lhes atribua uma especial prioridade, já que são enormes os prejuízos que deles advêm, prejuízos que incidem não só na destruição das florestas mas ainda em máquinas, alfaias agrícolas, viaturas de bombeiros, searas, em animais e até casas.
E o certo é que, desde 2008, estão cativos muitos milhões de euros com destino à aquisição de duas centenas de novas viaturas para os bombeiros. Foi o Secretário de Estado da Protecção Civil quem o disse.
Incompreensível é que esse dinheiro não tenha já sido aplicado nos meios a que já há anos se destinou, sabendo-se até que muitas corporações dos “soldados da paz” precisam muito de uma renovação dos seus equipamentos.
De registar: de todo o mal que esses incêndios têm provocado deve, no entanto, salientar-se a solidariedade que se revelou, mais uma vez, entre os populares que não se esquivaram a exaustivos esforços e a muitos sacrifícios na ajuda no combate aos fogos.
Não basta que se melhorem os meios de combate aos incêndios (que estão ainda longe de ser suficientes, como de novo, neste ano se verificou). É preciso, sim, que, a tempo e com brevidade, se adoptem medidas bem planeadas que impeçam a grandeza dos fogos, como os que têm devorado a floresta, de tanta importância na nossa economia.
Impõe-se que se façam bons acessos às matas, que se intensifique uma cuidadosa fiscalização quanto à respectiva limpeza, que se procure uma melhor coordenação dos serviços de protecção civil, atribuindo mais autonomia e poderes de acção aos serviços locais.
Os incêndios florestais merecem, na verdade, que se lhes atribua uma especial prioridade, já que são enormes os prejuízos que deles advêm, prejuízos que incidem não só na destruição das florestas mas ainda em máquinas, alfaias agrícolas, viaturas de bombeiros, searas, em animais e até casas.
E o certo é que, desde 2008, estão cativos muitos milhões de euros com destino à aquisição de duas centenas de novas viaturas para os bombeiros. Foi o Secretário de Estado da Protecção Civil quem o disse.
Incompreensível é que esse dinheiro não tenha já sido aplicado nos meios a que já há anos se destinou, sabendo-se até que muitas corporações dos “soldados da paz” precisam muito de uma renovação dos seus equipamentos.
De registar: de todo o mal que esses incêndios têm provocado deve, no entanto, salientar-se a solidariedade que se revelou, mais uma vez, entre os populares que não se esquivaram a exaustivos esforços e a muitos sacrifícios na ajuda no combate aos fogos.
Eleições à porta?!
Na festa do PSD no Pontal, o líder deu a conhecer que só em determinadas condições o seu partido votará favoravelmente o próximo Orçamento do Estado.
E fixou um prazo para que o PS e o Governo manifestem ou não o seu acordo a essas condições, que são: a redução substancial da despesa pública e o não aumento dos impostos.
Esse prazo (7 de Setembro) é aquele em que o Presidente da Rep0ública pode dissolver o Parlamento, isto é 6 meses antes das eleições presidenciais, em Março.
Até agora, porém, tem sido negativa a reacção do PS àquelas pretensões naquele discurso de Passos Coelho, a quem acusam de querer provocar uma crise política.
É certo que o PS poderá utilizar a maioria de esquerda, com o PCP e o BE para fazer passar o O.E.
Só que esses partidos não estarão dispostos a dar a mão ao PS se, porventura, no O.E. não se inscreverem medidas defendidas, há muito pela área da esquerda.
E o CDS estará disponível para apoiar o PS quanto ao próximo O.E.?
Pelo que têm dito os responsáveis desse partido não parece que o PS possa contar com esse apoio.
Quer dizer que, efectivamente, antevê-se que venha a ocorrer a tal crise política, com as suas naturais consequências.
Não será bom que isso aconteça num período de grave crise económico-financeira que, de certo, durará ainda bastante tempo.
Mas, a quem se deve atribuir a responsabilidade a essa crise política?
Enfim, o futuro não mostrará bons dias…
E fixou um prazo para que o PS e o Governo manifestem ou não o seu acordo a essas condições, que são: a redução substancial da despesa pública e o não aumento dos impostos.
Esse prazo (7 de Setembro) é aquele em que o Presidente da Rep0ública pode dissolver o Parlamento, isto é 6 meses antes das eleições presidenciais, em Março.
Até agora, porém, tem sido negativa a reacção do PS àquelas pretensões naquele discurso de Passos Coelho, a quem acusam de querer provocar uma crise política.
É certo que o PS poderá utilizar a maioria de esquerda, com o PCP e o BE para fazer passar o O.E.
Só que esses partidos não estarão dispostos a dar a mão ao PS se, porventura, no O.E. não se inscreverem medidas defendidas, há muito pela área da esquerda.
E o CDS estará disponível para apoiar o PS quanto ao próximo O.E.?
Pelo que têm dito os responsáveis desse partido não parece que o PS possa contar com esse apoio.
Quer dizer que, efectivamente, antevê-se que venha a ocorrer a tal crise política, com as suas naturais consequências.
Não será bom que isso aconteça num período de grave crise económico-financeira que, de certo, durará ainda bastante tempo.
Mas, a quem se deve atribuir a responsabilidade a essa crise política?
Enfim, o futuro não mostrará bons dias…
Não são só as fábricas que encerram!...
Na verdade, o Ministério da Educação já decidiu encerrar já no próximo ano lectivo 701 escolas do 1º ciclo, havendo concelhos que ficarão apenas com uma sem fechar e há zonas rurais em que nenhuma escola funcionará!
Tal medida obriga ao transporte das crianças, por vezes com duração pelo menos de meia hora e com horários inconvenientes.
Além de que deixará de existir a proximidade entre pais e filhos, o que causará, sem dúvida, consequências que não serão boas, acrescendo que se verificará uma mudança abrupta na vida das crianças com quase radical mudança de hábitos,
E será que a decisão governamental é motivada por um melhor ensino ou será, sim, por um critério meramente economicista?!
A decisão em causa foi tomada a três semanas do início do novo ano lectivo.
E estarão já asseguradas pelo Ministério as condições para o bom funcionamento das chamadas escolas de acolhimento?
As Câmaras já anunciaram não terem possibilidade de pagarem os transportes.
E a alimentação naquelas escolas está garantida?
Estamos em querer que o assunto vai dar muito que falar.
Tal medida obriga ao transporte das crianças, por vezes com duração pelo menos de meia hora e com horários inconvenientes.
Além de que deixará de existir a proximidade entre pais e filhos, o que causará, sem dúvida, consequências que não serão boas, acrescendo que se verificará uma mudança abrupta na vida das crianças com quase radical mudança de hábitos,
E será que a decisão governamental é motivada por um melhor ensino ou será, sim, por um critério meramente economicista?!
A decisão em causa foi tomada a três semanas do início do novo ano lectivo.
E estarão já asseguradas pelo Ministério as condições para o bom funcionamento das chamadas escolas de acolhimento?
As Câmaras já anunciaram não terem possibilidade de pagarem os transportes.
E a alimentação naquelas escolas está garantida?
Estamos em querer que o assunto vai dar muito que falar.
Não se fazem morcelas sem sangue
Sem os necessários meios para realizar uma obra, por mais importante e urgente que seja, não é possível apesar da boa vontade que se sinta.
É o que acontece com muitas Câmaras, a maior parte delas muito endividadas, mal dispondo de fundos para uma sua gestão corrente.
E o que é de estranhar e censurar é que o poder central cada vez mais pense em transferir para os órgãos do poder local encargos em vários sectores, como o da Educação.
Mas, não disponibiliza os meios financeiros precisos para enfrentar tais encargos!
Quer dizer que está a atrofiar-se a acção dos órgãos de administração local, esquecendo que o poder local é, sem dúvida, uma das melhores conquistas do 25 de Abril.
Há, pois, que protegê-lo, dando-lhe condições para um seu melhor exercício.
É o que acontece com muitas Câmaras, a maior parte delas muito endividadas, mal dispondo de fundos para uma sua gestão corrente.
E o que é de estranhar e censurar é que o poder central cada vez mais pense em transferir para os órgãos do poder local encargos em vários sectores, como o da Educação.
Mas, não disponibiliza os meios financeiros precisos para enfrentar tais encargos!
Quer dizer que está a atrofiar-se a acção dos órgãos de administração local, esquecendo que o poder local é, sem dúvida, uma das melhores conquistas do 25 de Abril.
Há, pois, que protegê-lo, dando-lhe condições para um seu melhor exercício.
O que se passa com os carros blindados?!
Quando Paulo Portas era Ministro da Defesa, o Governo comprou 240 blindados “Pandur”, para substituir os velhos “Chaimite”.
Mas, agora, o Tribunal de Contas mandou para o Ministério Público uma auditoria feita a tal negócio, para serem investigadas e, porventura, sancionadas certas incorrecções ou ilicitudes resultantes do respectivo contrato, que tem o valor de vários milhões de euros.
Pelo que se tem verificado, os problemas, infelizmente, vão surgindo em todos os sectores.
Desta vez, é no da Defesa Nacional.
Mas, agora, o Tribunal de Contas mandou para o Ministério Público uma auditoria feita a tal negócio, para serem investigadas e, porventura, sancionadas certas incorrecções ou ilicitudes resultantes do respectivo contrato, que tem o valor de vários milhões de euros.
Pelo que se tem verificado, os problemas, infelizmente, vão surgindo em todos os sectores.
Desta vez, é no da Defesa Nacional.
sexta-feira, agosto 13, 2010
Reflexão
Leio com muito interesse o blogue da responsabilidade de Lídio Lopes e aprecio-o não apenas quanto à sua forma correcta mas quanto ao seu conteúdo, sempre oportuno, frontal e ponderado, embora, claro haja algumas divergências políticas entre nós.
No último que li falava-se do saudoso Engenhoso Aguiar de Carvalho com referência à sua acção à frente do Município figueirense e dizia-se, com verdade, que alguns dos seus amaradas partidários não o tinham tratado bem não reconhecendo na altura a sua obra realizada no nosso concelho.
Não pode, porém, deixar de estranhar-se que sejam esses mesmos a proporem que se lhe faça uma homenagem póstuma.
Costuma dizer-se que mais vale tarde do que nunca, mas apagará essa proposta tudo o que, então, se atreveram a dizer e a fazer pondo em causa a conduta de Aguiar de Carvalho como Presidente da Câmara?
Lídio Lopes, que foi dinâmico e competente Vereador da oposição naquela Câmara, diz sentir-se honrado em lhe ter pertencido.
Dá, assim, o exemplo de como se deve estar na política, criticando o que em consciência merece censura ou oposição e louvando o que de bom se faz, mesmo que a autoria venha de um adversário político.
Há quem tenha memória curta, esquecendo, facilmente, posições anteriormente tomadas.
Temos como certo que para se ser bom político é preciso, antes demais, ter o culto da verdade, da verticalidade, da tolerância, da justiça.
É pena que nem todos se decidam a ter uma visão correcta, superior da política.
Eis a reflexão a que o blogue referido do meu caro Amigo Lídio Lopes me proporciou.
No último que li falava-se do saudoso Engenhoso Aguiar de Carvalho com referência à sua acção à frente do Município figueirense e dizia-se, com verdade, que alguns dos seus amaradas partidários não o tinham tratado bem não reconhecendo na altura a sua obra realizada no nosso concelho.
Não pode, porém, deixar de estranhar-se que sejam esses mesmos a proporem que se lhe faça uma homenagem póstuma.
Costuma dizer-se que mais vale tarde do que nunca, mas apagará essa proposta tudo o que, então, se atreveram a dizer e a fazer pondo em causa a conduta de Aguiar de Carvalho como Presidente da Câmara?
Lídio Lopes, que foi dinâmico e competente Vereador da oposição naquela Câmara, diz sentir-se honrado em lhe ter pertencido.
Dá, assim, o exemplo de como se deve estar na política, criticando o que em consciência merece censura ou oposição e louvando o que de bom se faz, mesmo que a autoria venha de um adversário político.
Há quem tenha memória curta, esquecendo, facilmente, posições anteriormente tomadas.
Temos como certo que para se ser bom político é preciso, antes demais, ter o culto da verdade, da verticalidade, da tolerância, da justiça.
É pena que nem todos se decidam a ter uma visão correcta, superior da política.
Eis a reflexão a que o blogue referido do meu caro Amigo Lídio Lopes me proporciou.
Mário Soares e Carvalho da Silva
O líder da CGTP, segundo disse, terá sido desafiado por Mário Soares a candidatar-se nas próximas eleições presidenciais.
Não pondo em causa o valor das qualidades humanas e políticas de Carvalho da Silva tem de estranhar-se tal atitude de Mário Soares se porventura ela existiu, sendo certo, porém, que não foi desmentida.
Só se poderá compreender se o propósito de Mário Soares for o de dificultar a candidatura de Manuel Alegre!
Custa a aceitar, até porque o PS já assumiu o apoio à candidatura de Alegre.
Não pondo em causa o valor das qualidades humanas e políticas de Carvalho da Silva tem de estranhar-se tal atitude de Mário Soares se porventura ela existiu, sendo certo, porém, que não foi desmentida.
Só se poderá compreender se o propósito de Mário Soares for o de dificultar a candidatura de Manuel Alegre!
Custa a aceitar, até porque o PS já assumiu o apoio à candidatura de Alegre.
Os submarinos de Paulo Portas e os incêndios
Alguns populares e também até alguns autarcas têm-se queixado da falta de meios para um combate eficaz aos muitos incêndios que têm devorado não só árvores, produtos e alfaias, máquinas agrícolas, gado e até casas, embora, felizmente, poucas.
O trabalho dos bombeiros, até à exaustão, tem sido de muito valor, que precisa de, com inteira justiça, se exaltado.
Mas a dimensão dos fogos tem sido de tal grandeza que a acção dos soldados da paz não chega para estancar o verdadeiro drama que se tem vivido no nosso país.
Têm-se notado, mais uma vez, a falta de meios aéreos e a falta de acessos às florestas.
Aos bombeiros não pode pedir-se milagres e a ajuda que nos tem chegado de outros países não é suficiente, porque neles também têm ocorrido grandes incêndios.
Não haverá dinheiro para comprar aeronaves apropriadas e para se fazer uma melhor fiscalização nas florestas, obrigando efectivamente à limpeza das matas.
Ora, o que se vai pagar por dois submarinos comprados por Paulo Portas como Ministro da Defesa dava, decerto, para pôr em prática um plano integrado de meios humanos e materiais, e para prevenir e combater os fogos, que têm dizimado uma importante riqueza da nossa economia.
Será que os submarinos são mais precisos ao nosso país?
São as prioridades que continuam a não ser respeitadas, como se impõe.
O trabalho dos bombeiros, até à exaustão, tem sido de muito valor, que precisa de, com inteira justiça, se exaltado.
Mas a dimensão dos fogos tem sido de tal grandeza que a acção dos soldados da paz não chega para estancar o verdadeiro drama que se tem vivido no nosso país.
Têm-se notado, mais uma vez, a falta de meios aéreos e a falta de acessos às florestas.
Aos bombeiros não pode pedir-se milagres e a ajuda que nos tem chegado de outros países não é suficiente, porque neles também têm ocorrido grandes incêndios.
Não haverá dinheiro para comprar aeronaves apropriadas e para se fazer uma melhor fiscalização nas florestas, obrigando efectivamente à limpeza das matas.
Ora, o que se vai pagar por dois submarinos comprados por Paulo Portas como Ministro da Defesa dava, decerto, para pôr em prática um plano integrado de meios humanos e materiais, e para prevenir e combater os fogos, que têm dizimado uma importante riqueza da nossa economia.
Será que os submarinos são mais precisos ao nosso país?
São as prioridades que continuam a não ser respeitadas, como se impõe.
Para ler e meditar
“ Apesar de ter tido uma taxa de sucesso de 93%, o Ministério da Educação decidiu fechar o projecto “ Escola Móvel”, criado em 2005, este projecto de ensino à distância para filhos de profissionais itinerantes – eram já 110 estudantes do 2º, 3º ciclo e secundário – foi considerado demasiado caro. Os cortes cegos continuam”
( in Secção “ Sobe e Desce” no Público de 10 de Agosto)
( in Secção “ Sobe e Desce” no Público de 10 de Agosto)
segunda-feira, agosto 09, 2010
A ponderação na política
A precipitação no exercício da política dá sempre mau resultado.
E é o que vai acontecendo, pelo que é frequente a rectificação de posições tomadas sem a devida ponderação.
Diz-se ou faz-se agora uma coisa e pouco depois outra diferente.
É com ligeireza que se legisla o que provoca lamentáveis confusões e dificuldades na aplicação das leis, sendo certo que várias delas precisando de regulamentação não a têm.
As situações sobre que importa tomar medidas não merecem o necessário estudo e com brevidade se chega à conclusão de que se errou.
Ora, a verdade é que todos os actos políticos, do mais simples ao mais complexo, antes de serem praticados, exigem ponderação, muita serenidade, uma reflexão séria e um cuidadoso trabalho de indagação e esclarecimento sobre o que está em causa decidir.
Leviandade e facilitismo são inimigos de quem está investido de poderes políticos.
E é o que vai acontecendo, pelo que é frequente a rectificação de posições tomadas sem a devida ponderação.
Diz-se ou faz-se agora uma coisa e pouco depois outra diferente.
É com ligeireza que se legisla o que provoca lamentáveis confusões e dificuldades na aplicação das leis, sendo certo que várias delas precisando de regulamentação não a têm.
As situações sobre que importa tomar medidas não merecem o necessário estudo e com brevidade se chega à conclusão de que se errou.
Ora, a verdade é que todos os actos políticos, do mais simples ao mais complexo, antes de serem praticados, exigem ponderação, muita serenidade, uma reflexão séria e um cuidadoso trabalho de indagação e esclarecimento sobre o que está em causa decidir.
Leviandade e facilitismo são inimigos de quem está investido de poderes políticos.
Reflexão – a arrogância
Normalmente ela existe nos que têm pouco mérito, seja em que área for.
Constitui a capa com que se pretende cobrir a incapacidade, o disfarce da falta de preparação.
É mais fácil dizer que é assim porque é assim, do que dispor-se a discutir as questões com outros, quanto aos quais se teme, de antemão, uma maior superioridade intelectual e uma melhor formação.
É mais fácil dizer que se é “ o melhor do mundo” não admitindo ideias ou posições diferentes das suas.
A arrogância de quem desfruta no poder, seja a que nível for, vai aumentando, como que fazendo escola, sobretudo entre os políticos.
E muitos são já os que se dispõem a aprender nessa escola, servindo-se dos lugares que ocupam para pôr em prática os ensinamentos dos “ professores”.
Os arrogantes não têm limites para imporem a sua vontade, preferem a política do “ quero, posso e mando”, nem que seja preciso “ espezinhar “ , intrigar, mentir e, quantas vezes, incensar quem não o merece em detrimento de outros com mais valor.
Os arrogantes são, quase sempre, os que se deixam deslumbrar pelas posições que muitas vezes lhes vão parar às mãos, sem se saber bem como…
A vaidade e a arrogância andam sempre ao lado uma da outra.
Constitui a capa com que se pretende cobrir a incapacidade, o disfarce da falta de preparação.
É mais fácil dizer que é assim porque é assim, do que dispor-se a discutir as questões com outros, quanto aos quais se teme, de antemão, uma maior superioridade intelectual e uma melhor formação.
É mais fácil dizer que se é “ o melhor do mundo” não admitindo ideias ou posições diferentes das suas.
A arrogância de quem desfruta no poder, seja a que nível for, vai aumentando, como que fazendo escola, sobretudo entre os políticos.
E muitos são já os que se dispõem a aprender nessa escola, servindo-se dos lugares que ocupam para pôr em prática os ensinamentos dos “ professores”.
Os arrogantes não têm limites para imporem a sua vontade, preferem a política do “ quero, posso e mando”, nem que seja preciso “ espezinhar “ , intrigar, mentir e, quantas vezes, incensar quem não o merece em detrimento de outros com mais valor.
Os arrogantes são, quase sempre, os que se deixam deslumbrar pelas posições que muitas vezes lhes vão parar às mãos, sem se saber bem como…
A vaidade e a arrogância andam sempre ao lado uma da outra.
Discriminação na saúde
Ao Serviço de Apoio Permanente na Nazaré só podem recorrer depois das 24 horas os turistas!
Quer dizer que há ali uma lamentável discriminação nos serviços urgentes de saúde.
Claro que isso está a causar uma natural reacção negativa por parte dos nazarenos. E, realmente, não é aceitável tão despudorada decisão!
Quer dizer que há ali uma lamentável discriminação nos serviços urgentes de saúde.
Claro que isso está a causar uma natural reacção negativa por parte dos nazarenos. E, realmente, não é aceitável tão despudorada decisão!
Para ler e meditar
“ O 25 de Abril foi há 36 anos. Instaurou-se em Portugal uma democracia, que tem de ser um sistema assente na responsabilidade. Quem elege, quem escolhe, quem confia, tem direito a colocar questões. Quem foi eleito, quem foi escolhido, quem foi depositário da confiança, tem o dever de dar respostas”
( Pezarat Correia no nº 98 do Boletim da Associação 25 de Abril)
( Pezarat Correia no nº 98 do Boletim da Associação 25 de Abril)
domingo, agosto 08, 2010
Para ler e meditar
“ Longe vai o tempo em que olhávamos os magistrados como alguém imune às influências, parcos nas palavras, recatados no seu exercício profissional e produtivos nas suas funções”
( José Junqueiro em artigo no Diário das Beiras de ontem).
( José Junqueiro em artigo no Diário das Beiras de ontem).
Que negociações?
Sempre julgámos que com questões judiciais, mormente de natureza criminal, não havia negociações possíveis. Somos do tempo em que, na verdade, no meio judicial havia transparência absoluta, isenção, imparcialidade e seriedade quanto a posições que, nos processos, os magistrados tinham que assumir.
Nada era negociável, havia, sim, o culto da verdade e da honestidade, tratando-se por igual os implicados nos processos, fossem quem fossem.
Eram valores de que não prescindiam os que administravam a Justiça e daí resultava a sua credibilidade.
Felizmente, que nada disso se perdeu totalmente, a maioria dos membros das magistraturas querem continuar a exercê-las com dignidade e competência.
Vem isto a propósito do que agora os órgãos de comunicação social noticiaram a respeito de negociações que a directora do Departamento Central de Investigação Criminal e Acção Penal, Drª Cândida Almeida teria tentado fazer quanto ao tão falado envolvimento de Sócrates no caso Freeport.
Que espécie de negociações?
E há quem pergunte porque foi essa Procuradora-Geral Adjunta a uma reunião em Haia, revelando entender não ser necessária, no processo em curso, a inquirição do Primeiro-Ministro, contrariando a opinião dos Procuradores que tinham a seu cargo a respectiva investigação.
Estes até manifestaram o parecer de que a essa reunião deviam sim ir as Procuradoras que mais conhecimento tinham dos autos, pois em Setúbal mais contacto tiveram no processo em causa.
Inclusivamente, as autoridades inglesas que também tiveram intervenção na investigação do caso Freeport, ficaram convencidas de que não havia confiança na Procuradora-Geral Adjunta.
Ora, há situações que têm que se resolver sem que se dê azo a que possam ficar “ suspeitas”.
Porque se assim não suceder, isso é que poderá afectar e muito a credibilidade na Justiça, sobretudo quando se trate de processos criminais.
A ser verdade o que veio agora ao conhecimento público, é muito grave ( gravíssimo mesmo, como já disse o ex-Bastonário da Ordem dos Advogados, Dr. Pires de Lima) havendo que tirar as consequências que se impõem.
Espera-se que a referida Procuradora-Geral Adjunta esclareça o que na comunicação social se disse quanto às tais “ negociações”.
Nada era negociável, havia, sim, o culto da verdade e da honestidade, tratando-se por igual os implicados nos processos, fossem quem fossem.
Eram valores de que não prescindiam os que administravam a Justiça e daí resultava a sua credibilidade.
Felizmente, que nada disso se perdeu totalmente, a maioria dos membros das magistraturas querem continuar a exercê-las com dignidade e competência.
Vem isto a propósito do que agora os órgãos de comunicação social noticiaram a respeito de negociações que a directora do Departamento Central de Investigação Criminal e Acção Penal, Drª Cândida Almeida teria tentado fazer quanto ao tão falado envolvimento de Sócrates no caso Freeport.
Que espécie de negociações?
E há quem pergunte porque foi essa Procuradora-Geral Adjunta a uma reunião em Haia, revelando entender não ser necessária, no processo em curso, a inquirição do Primeiro-Ministro, contrariando a opinião dos Procuradores que tinham a seu cargo a respectiva investigação.
Estes até manifestaram o parecer de que a essa reunião deviam sim ir as Procuradoras que mais conhecimento tinham dos autos, pois em Setúbal mais contacto tiveram no processo em causa.
Inclusivamente, as autoridades inglesas que também tiveram intervenção na investigação do caso Freeport, ficaram convencidas de que não havia confiança na Procuradora-Geral Adjunta.
Ora, há situações que têm que se resolver sem que se dê azo a que possam ficar “ suspeitas”.
Porque se assim não suceder, isso é que poderá afectar e muito a credibilidade na Justiça, sobretudo quando se trate de processos criminais.
A ser verdade o que veio agora ao conhecimento público, é muito grave ( gravíssimo mesmo, como já disse o ex-Bastonário da Ordem dos Advogados, Dr. Pires de Lima) havendo que tirar as consequências que se impõem.
Espera-se que a referida Procuradora-Geral Adjunta esclareça o que na comunicação social se disse quanto às tais “ negociações”.
É preciso “ lata”
Hugo Chavez congratulou-se com a posse do novo Presidente da Colômbia e aproveitou o discurso para, mais uma vez, atacar o cessante.
E disse que este governou durante dez anos à custa de violência sobre o seu povo, perseguindo, prendendo e matando os que se opunham à forma déspota como exercia o poder.
Mas terá o Presidente da Venezuela autoridade moral para falar assim?
O que se passa nesse país é mesmo diferente?
Poderá falar-se ali de Liberdade, de Democracia, de respeito pelos direitos humanos fundamentais?
É preciso, na verdade, muita “ lata” senhor Chavez…
E disse que este governou durante dez anos à custa de violência sobre o seu povo, perseguindo, prendendo e matando os que se opunham à forma déspota como exercia o poder.
Mas terá o Presidente da Venezuela autoridade moral para falar assim?
O que se passa nesse país é mesmo diferente?
Poderá falar-se ali de Liberdade, de Democracia, de respeito pelos direitos humanos fundamentais?
É preciso, na verdade, muita “ lata” senhor Chavez…
sábado, agosto 07, 2010
Para ler e meditar
“ Por mais anos que passem, por mais desilusões que se sofrem, teimamos em recusar como foi belo, como podia ter sido melhor, como, apesar de tudo pode ainda vir a ser melhor, se nos empenharmos na prática dos valores de Abril”
( Vasco Lourenço no nº 98 do Boletim “ Referencial” da Associação 25 de Abril)
( Vasco Lourenço no nº 98 do Boletim “ Referencial” da Associação 25 de Abril)
António Dias Lourenço
Com 95 anos, faleceu este indefectível comunista, que durante muitos anos foi um convicto e fiel dirigente do seu PCP.
Apesar de sermos adeptos de diferentes ideologias e práticas políticas, pelas quais lutámos sempre com firmeza e coerência, desde a Assembleia Constituinte, a que ambos pertencemos que mais contactei com António Dias Lourenço, apreciando a sua lhaneza de trato, a sua verticalidade sem arrogância, o seu intenso amor à justiça social e à dignificação dos trabalhadores.
O PCP ficou a dever-lhe muitos e relevantes serviços, muitas iniciativas marcantes e também pelo seu ideal em que acreditava fez grandes sacrifícios e sofreu a perseguição, a tortura e a prisão no período da ditadura de Salazar.
Presto homenagem à memória deste adversário político ao qual, porém, sempre admirei e respeitei.
Apesar de sermos adeptos de diferentes ideologias e práticas políticas, pelas quais lutámos sempre com firmeza e coerência, desde a Assembleia Constituinte, a que ambos pertencemos que mais contactei com António Dias Lourenço, apreciando a sua lhaneza de trato, a sua verticalidade sem arrogância, o seu intenso amor à justiça social e à dignificação dos trabalhadores.
O PCP ficou a dever-lhe muitos e relevantes serviços, muitas iniciativas marcantes e também pelo seu ideal em que acreditava fez grandes sacrifícios e sofreu a perseguição, a tortura e a prisão no período da ditadura de Salazar.
Presto homenagem à memória deste adversário político ao qual, porém, sempre admirei e respeitei.
A miséria envergonhada
Ouvi, há dias, a dirigente de uma Associação que distribui gratuitamente refeições, roupas, produtos alimentares dizer que o que mais lhe custa na sua acção quando ali presta o voluntariado é atender pessoas da chamada miséria envergonhada.
Normalmente, os que estão a sofrê-la escolhem as horas perto da noite, em que há menos afluência e serão menos vistos.
Dizem ao que vão numa voz sumida e de olhos no chão, não podendo esconder a tristeza estampada no rosto.
Não levam consigo crianças, embora venha a saber-se que as têm em casa, querendo poupá-las ao conhecimento de uma situação de pobreza.
Muitos chegam anão conter as lágrimas e outros não resistem a falar do seu passado em que viveram sem necessidades.
Os mais idosos, esses aproveitam para relatar a quem os atende a sua história de vida, emocionando-se quando referem o abandono ou a indiferença a que são votados mesmo por filhos que sempre trataram com carinho e amor, proporcionando-lhes mais do que eles próprios tiveram na sua juventude.
A miséria envergonhada é, na verdade, muito custosa, pois resulta de uma mudança radical e, por vezes, abrupta, inesperada nas vidas.
E o certo é que cada vez mais há os que engrossam a miséria envergonhada…
Vai valendo a solidariedade que várias instituições ou grupos de voluntários se decidem a prestar, com muita dedicação e espírito de humanidade, aos que carregam a pesada cruz da miséria.
Normalmente, os que estão a sofrê-la escolhem as horas perto da noite, em que há menos afluência e serão menos vistos.
Dizem ao que vão numa voz sumida e de olhos no chão, não podendo esconder a tristeza estampada no rosto.
Não levam consigo crianças, embora venha a saber-se que as têm em casa, querendo poupá-las ao conhecimento de uma situação de pobreza.
Muitos chegam anão conter as lágrimas e outros não resistem a falar do seu passado em que viveram sem necessidades.
Os mais idosos, esses aproveitam para relatar a quem os atende a sua história de vida, emocionando-se quando referem o abandono ou a indiferença a que são votados mesmo por filhos que sempre trataram com carinho e amor, proporcionando-lhes mais do que eles próprios tiveram na sua juventude.
A miséria envergonhada é, na verdade, muito custosa, pois resulta de uma mudança radical e, por vezes, abrupta, inesperada nas vidas.
E o certo é que cada vez mais há os que engrossam a miséria envergonhada…
Vai valendo a solidariedade que várias instituições ou grupos de voluntários se decidem a prestar, com muita dedicação e espírito de humanidade, aos que carregam a pesada cruz da miséria.
Um bónus de reemprego
Li, há pouco tempo, que o economista Pedro Portugal entende que será útil o governo criar um bónus de reemprego, para os actuais desempregados, no valor de ¼ do subsídio ainda por receber e a entregar um ano após o novo contrato que consigam.
E lembrei-me de que no governo, presidido pela saudosa Maria de Lurdes Pintassilgo em 1979, a Secretaria de Estado do Emprego e Formação Profissional, que tive honra de ocupar, decidiu incentivar o reemprego, sendo beneficiados os desempregados que, por si só, conseguissem um emprego, recebendo ao fim de certo prazo do novo contrato uma parte do que o Estado lhes pagaria se se mantivessem desempregados durante o período do subsídio total.
Com essa decisão pretendia-se levar quem estivesse desempregado a “ mexer-se” quanto à obtenção de emprego, não esperando que fossem os Centros de Emprego a procurá-lo, até porque, nesse tempo, nem sempre estes agiam com o devido êxito.
E o que se impunha, como hoje, era uma reentrada rápida no mercado de trabalho.
É de certo modo consolador saber que aquele referido governo tomou uma decisão que agora é sugerida pelo referido economista Pedro Portugal.
E lembrei-me de que no governo, presidido pela saudosa Maria de Lurdes Pintassilgo em 1979, a Secretaria de Estado do Emprego e Formação Profissional, que tive honra de ocupar, decidiu incentivar o reemprego, sendo beneficiados os desempregados que, por si só, conseguissem um emprego, recebendo ao fim de certo prazo do novo contrato uma parte do que o Estado lhes pagaria se se mantivessem desempregados durante o período do subsídio total.
Com essa decisão pretendia-se levar quem estivesse desempregado a “ mexer-se” quanto à obtenção de emprego, não esperando que fossem os Centros de Emprego a procurá-lo, até porque, nesse tempo, nem sempre estes agiam com o devido êxito.
E o que se impunha, como hoje, era uma reentrada rápida no mercado de trabalho.
É de certo modo consolador saber que aquele referido governo tomou uma decisão que agora é sugerida pelo referido economista Pedro Portugal.
As Novas Oportunidades
Foi noticiado que nos últimos quatro anos, 1, 2 milhões de portugueses se inscreveram no programa Novas Oportunidades.
Sabe-se, porém, que alguns que se decidem a aproveitar esse programa não o levam a sério, apenas querem, sem trabalho ou estudo, ficarem com o 9º ou 12º Anos “ de borla”.
Mas outros, felizmente, desejam, tenham a idade que tiverem, voltar à escola, aprendendo o que durante a sua vida não lhes foi possível.
O que é preciso é que os responsáveis do referido programa também o levem a sério, agindo com competência, disponibilidade e boa vontade a ministrar os ensinamentos que junto deles procuram.
Sabe-se, porém, que alguns que se decidem a aproveitar esse programa não o levam a sério, apenas querem, sem trabalho ou estudo, ficarem com o 9º ou 12º Anos “ de borla”.
Mas outros, felizmente, desejam, tenham a idade que tiverem, voltar à escola, aprendendo o que durante a sua vida não lhes foi possível.
O que é preciso é que os responsáveis do referido programa também o levem a sério, agindo com competência, disponibilidade e boa vontade a ministrar os ensinamentos que junto deles procuram.
sexta-feira, agosto 06, 2010
De registar
Em 2009, foram registadas 29 mortes de mulheres vítimas de violência doméstica.
E este ano, até finais de Julho, já puderam ser contabilizadas 15 mortes.
Mas muita violência doméstica ocorre sem conhecimento das autoridades policiais pelo que aqueles números pecam, decerto, por defeito.
A lei actual considera crime público a violência doméstica, podendo qualquer pessoa denunciar tal crime.
O certo, porém, é que muitos ainda preferem silenciar o que sabem passar-se quanto a situações de violência doméstica.
É que ou desconhecem a lei ou têm receio da “ vingança” dos que a praticam.
Tem faltado que se intensifiquem campanhas esclarecedoras relativamente a essa natureza de crime.
E também será preciso que as autoridades policiais estejam mais atentas, agindo, sempre que necessário, e usando das diligências adequadas para pôr cobro a actos de violência doméstica, a fim de evitar consequências irremediáveis.
“ O que se está a passar em Portugal em matéria de violência doméstica devia envergonhar-nos a todos” ( Aura Sampaio in Visão de 20 de Julho)
E este ano, até finais de Julho, já puderam ser contabilizadas 15 mortes.
Mas muita violência doméstica ocorre sem conhecimento das autoridades policiais pelo que aqueles números pecam, decerto, por defeito.
A lei actual considera crime público a violência doméstica, podendo qualquer pessoa denunciar tal crime.
O certo, porém, é que muitos ainda preferem silenciar o que sabem passar-se quanto a situações de violência doméstica.
É que ou desconhecem a lei ou têm receio da “ vingança” dos que a praticam.
Tem faltado que se intensifiquem campanhas esclarecedoras relativamente a essa natureza de crime.
E também será preciso que as autoridades policiais estejam mais atentas, agindo, sempre que necessário, e usando das diligências adequadas para pôr cobro a actos de violência doméstica, a fim de evitar consequências irremediáveis.
“ O que se está a passar em Portugal em matéria de violência doméstica devia envergonhar-nos a todos” ( Aura Sampaio in Visão de 20 de Julho)
Vai-se esclarecendo…
Com o já conhecimento do que consta dos respectivos autos, vai-se esclarecendo cada vez mais o que se passou no caso Freeport relativamente ao propósito dos Procuradores Pais de Faria e Vítor Magalhães de ouvirem o Engenheiro José Sócrates e Pedro Silva Pereira acerca de factos ocorridos enquanto foram Ministro do Ambiente e Secretário de Estado.
Assim, aqueles Magistrados, logo após terem recebido o relatório da PJ, puderam efectivamente pedir autorização para inquirirem aqueles referidos governantes, autorização solicitada à sua superiora hierárquica, Cândida de Almeida, mas nunca essa autorização lhes foi dada nem qualquer resposta.
E nada impedia que, então, se alargasse o prazo ( 25 de Julho) fixado pela Procuradoria-Geral para encerrar o processo.
Isso não aconteceu e até Pinto Monteiro se decidiu a “atacar” o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e a ordenar um inquérito que ainda não se sabe ainda a quem e com que finalidade.
Enfim, criou-se uma “ trapalhada” que, além de poder aumentar o descrédito na Justiça, mormente no Ministério Público não reverte a favor dos governantes referidos os quais teriam, decerto toda a vantagem e desejo de se sujeitarem à inquirição requerida, afastando qualquer dúvida quanto ao seu envolvimento no caso Freeport.
“ Vivemos tempos trágicos de colapso de um dos pilares do Estado democrático e incomoda verificar que o PGR não dirige nem protege a sua equipa. Pelo contrário” ( José Manuel Fernandes in Público de hoje)
Assim, aqueles Magistrados, logo após terem recebido o relatório da PJ, puderam efectivamente pedir autorização para inquirirem aqueles referidos governantes, autorização solicitada à sua superiora hierárquica, Cândida de Almeida, mas nunca essa autorização lhes foi dada nem qualquer resposta.
E nada impedia que, então, se alargasse o prazo ( 25 de Julho) fixado pela Procuradoria-Geral para encerrar o processo.
Isso não aconteceu e até Pinto Monteiro se decidiu a “atacar” o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e a ordenar um inquérito que ainda não se sabe ainda a quem e com que finalidade.
Enfim, criou-se uma “ trapalhada” que, além de poder aumentar o descrédito na Justiça, mormente no Ministério Público não reverte a favor dos governantes referidos os quais teriam, decerto toda a vantagem e desejo de se sujeitarem à inquirição requerida, afastando qualquer dúvida quanto ao seu envolvimento no caso Freeport.
“ Vivemos tempos trágicos de colapso de um dos pilares do Estado democrático e incomoda verificar que o PGR não dirige nem protege a sua equipa. Pelo contrário” ( José Manuel Fernandes in Público de hoje)
Para ler e meditar
“ A falta de resultados na escola não se combate, obviamente, baixando-se os níveis de exigência. A ser assim, arriscamo-nos e citando a Ministra da Educação, a que apenas uma minoria de alunos portugueses saiba onde fica o Mediterrâneo”
( Editorial do DN de 1 de Agosto)
( Editorial do DN de 1 de Agosto)
De relações cortadas!...
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público analisou, em carta aberta ao PGR, a situação que surgiu após o despacho com que os Procuradores que dirigiram a investigação no caso Freeport encerraram essa fase do respectivo processo.
E esse Sindicato usou de muita dureza na crítica ao Procurador-Geral e anunciou o corte de relações institucionais com aquela entidade máxima do Ministério Público.
A referida organização Sindical põe mesmo em causa a independência de Pinto Monteiro e responde a certas declarações suas a respeito do desenvolvimento das investigações, considerando-as inexactas.
Também o Sindicato censurou o PGR por não saber exercer os seus poderes.
Inclusivamente, não teve ele o cuidado de acompanhar, como devia, o andamento do processo em causa.
Essa sua inércia ( só não a teve para marcar um prazo para encerrar a investigação, o que é de duvidosa ilegalidade, mas nada fez para conseguir junto das autoridades inglesas o cumprimento e a devolução de cartas rogatórias que lhes foram oportunamente enviadas) contribuiu, decerto, para a situação criada, que exige uma solução urgente para que não se degrade cada vez mais, aumentando a falta de credibilidade no nosso sistema judiciário.
Hoje, soube-se que, afinal os Procuradores Pais de faria e Vítor Magalhães pediram autorização para ser ouvido Sócrates e fizeram-no depois de em 12 de Junho terem recebido o relatório da Polícia Judiciária, entendimento que então se justificava quanto a recolher o depoimento do Primeiro-Ministro.
Mas, tal autorização nunca surgiu, sendo, sim, fixado o dia 25 de Julho para terminar a fase da investigação.
Quer dizer que mesmo que não houvesse tempo para conseguir esse depoimento até 25 de Julho, poderia, porém, ser alargado esse prazo, em nome de um total esclarecimento do caso Freeport.
Será que o que se está a passar no seio do Ministério Público se resolverá com a alteração dos poderes do PGR, que o Ministro da Justiça já admitiu?
Não nos parece.
E esse Sindicato usou de muita dureza na crítica ao Procurador-Geral e anunciou o corte de relações institucionais com aquela entidade máxima do Ministério Público.
A referida organização Sindical põe mesmo em causa a independência de Pinto Monteiro e responde a certas declarações suas a respeito do desenvolvimento das investigações, considerando-as inexactas.
Também o Sindicato censurou o PGR por não saber exercer os seus poderes.
Inclusivamente, não teve ele o cuidado de acompanhar, como devia, o andamento do processo em causa.
Essa sua inércia ( só não a teve para marcar um prazo para encerrar a investigação, o que é de duvidosa ilegalidade, mas nada fez para conseguir junto das autoridades inglesas o cumprimento e a devolução de cartas rogatórias que lhes foram oportunamente enviadas) contribuiu, decerto, para a situação criada, que exige uma solução urgente para que não se degrade cada vez mais, aumentando a falta de credibilidade no nosso sistema judiciário.
Hoje, soube-se que, afinal os Procuradores Pais de faria e Vítor Magalhães pediram autorização para ser ouvido Sócrates e fizeram-no depois de em 12 de Junho terem recebido o relatório da Polícia Judiciária, entendimento que então se justificava quanto a recolher o depoimento do Primeiro-Ministro.
Mas, tal autorização nunca surgiu, sendo, sim, fixado o dia 25 de Julho para terminar a fase da investigação.
Quer dizer que mesmo que não houvesse tempo para conseguir esse depoimento até 25 de Julho, poderia, porém, ser alargado esse prazo, em nome de um total esclarecimento do caso Freeport.
Será que o que se está a passar no seio do Ministério Público se resolverá com a alteração dos poderes do PGR, que o Ministro da Justiça já admitiu?
Não nos parece.
A Volta está na estrada
Iniciou-se, em Viseu, a 72ª Volta a Portugal em bicicleta, que durará até ao próximo dia 15, terminando em Lisboa.
O ciclismo continua a ser um desporto que mobiliza a atenção das multidões e a Volta é a manifestação máxima dessa modalidade no nosso país.
Durante muitos anos, a Figueira nunca deixou de ter a visita da Volta, aqui se realizando o final de uma etapa.
E era um dia grande na nossa cidade, com milhares de pessoas a espalharem-se pelas ruas e, principalmente, na Avenida Saraiva de Carvalho para saudar com entusiasmo os maiores nomes do ciclismo nacional e também do estrangeiro.
E em Setembro de cada ano, os ciclistas voltavam à Figueira para disputarem a Volta dos Campeões, feliz iniciativa do saudosos figueirense Arnaldo Sobral e vivia-se na nossa terra outro dia com muito movimento.
Sem dúvida que a participação de Alves Barbosa, um dos maiores no ciclismo, que sempre mereceu com justiça o apoio e a estima dos figueirenses seus conterrâneos concorreu para o êxito nas referidas competições ciclistas.
Por que não tentar, no futuro, fazer com que a Volta venha à Figueira e também fazer reviver a Volta dos Campeões, pedindo a colaboração do Alves Barbosa que, decerto, não deixará de a dar?
O ciclismo continua a ser um desporto que mobiliza a atenção das multidões e a Volta é a manifestação máxima dessa modalidade no nosso país.
Durante muitos anos, a Figueira nunca deixou de ter a visita da Volta, aqui se realizando o final de uma etapa.
E era um dia grande na nossa cidade, com milhares de pessoas a espalharem-se pelas ruas e, principalmente, na Avenida Saraiva de Carvalho para saudar com entusiasmo os maiores nomes do ciclismo nacional e também do estrangeiro.
E em Setembro de cada ano, os ciclistas voltavam à Figueira para disputarem a Volta dos Campeões, feliz iniciativa do saudosos figueirense Arnaldo Sobral e vivia-se na nossa terra outro dia com muito movimento.
Sem dúvida que a participação de Alves Barbosa, um dos maiores no ciclismo, que sempre mereceu com justiça o apoio e a estima dos figueirenses seus conterrâneos concorreu para o êxito nas referidas competições ciclistas.
Por que não tentar, no futuro, fazer com que a Volta venha à Figueira e também fazer reviver a Volta dos Campeões, pedindo a colaboração do Alves Barbosa que, decerto, não deixará de a dar?
quarta-feira, agosto 04, 2010
Para ler e meditar
“ O fim dos chumbos é o último prego no caixão daquilo a que chamávamos educação em Portugal”
( Fernando Sobral in Jornal de Negócios de 3 de Agosto).
( Fernando Sobral in Jornal de Negócios de 3 de Agosto).
O Procurador-geral da República demitir-se-á?
Apesar da “ protecção” que o governo não deixará de lhe dar (a nomeação foi sua), o PGR não terá já condições para continuar a ocupar o cargo.
A fragilidade de Pinto Monteiro que, aliás, vem de á tempos, agravou-se com o caso Feeport e com a “ guerra” que decidiu mover ao Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.
Para mais, soube-se agora que a Directora do Departamento Central de Investigação e da Acção Penal, Cândida de Almeida, antes de ser conhecido o despacho dos Procuradores Pais de Faria e Vítor Magalhães fazendo terminar a fase da investigação naquele referido caso, o deu a conhecer a Pinto Monteiro, sem merecer deste qualquer observação.
Não se compreende, pois, que o PGR tenha dito na entrevista que deu que “ nunca tinha visto nenhum despacho assim”.
Acresce que, segundo o Procurador Vítor Magalhães não mecanismo legal para obter a prorrogação do prazo fixado pela Procuradoria Geral da República para encerrar a investigação criminal.
Quanto ao reforço de poderes desejado pelo PGR, o certo é que os antecessores de Pinto Monteiro nunca se queixaram de não disporem dos poderes necessários para cumprir eficazmente a sua missão.
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público já reagiu naturalmente, manifestando-se no sentido de não serem aceitáveis as declarações públicas feitas por Pinto Monteiro.
Uma coisa é certa: os Procuradores que dirigiam a investigação deixaram elencadas no seu despacho algumas dezenas de perguntas importantes que se impunha fazer a Sócrates e ao então Secretário de Estado do Ambiente, Rui Nobre Gonçalves, perguntas que não foram feitas por ter sido fixada a data de 25 de Julho para encerrar a investigação.
Mas, perante esse despacho e porque ainda não foram devolvidas quatro cartas rogatórias, não poderia o PGR por sua própria iniciativa ordenar que, em abono do esclarecimento total da verdade, a investigação prosseguisse?
Nem se compreende bem que se tivesse marcado um prazo para se encerrarem as diligências da investigação.
E o que impedia que a Procuradoria-Geral da República alargasse o prazo fixado para aquele fim?
Pelo que se está a passar, não será melhor que o PGR se demita, para que possa haver o ambiente desejável no seio do Ministério Público, de que é a entidade máxima?
E o que pensará o cidadão comum deste imbróglio, que não credibiliza a Justiça?
A fragilidade de Pinto Monteiro que, aliás, vem de á tempos, agravou-se com o caso Feeport e com a “ guerra” que decidiu mover ao Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.
Para mais, soube-se agora que a Directora do Departamento Central de Investigação e da Acção Penal, Cândida de Almeida, antes de ser conhecido o despacho dos Procuradores Pais de Faria e Vítor Magalhães fazendo terminar a fase da investigação naquele referido caso, o deu a conhecer a Pinto Monteiro, sem merecer deste qualquer observação.
Não se compreende, pois, que o PGR tenha dito na entrevista que deu que “ nunca tinha visto nenhum despacho assim”.
Acresce que, segundo o Procurador Vítor Magalhães não mecanismo legal para obter a prorrogação do prazo fixado pela Procuradoria Geral da República para encerrar a investigação criminal.
Quanto ao reforço de poderes desejado pelo PGR, o certo é que os antecessores de Pinto Monteiro nunca se queixaram de não disporem dos poderes necessários para cumprir eficazmente a sua missão.
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público já reagiu naturalmente, manifestando-se no sentido de não serem aceitáveis as declarações públicas feitas por Pinto Monteiro.
Uma coisa é certa: os Procuradores que dirigiam a investigação deixaram elencadas no seu despacho algumas dezenas de perguntas importantes que se impunha fazer a Sócrates e ao então Secretário de Estado do Ambiente, Rui Nobre Gonçalves, perguntas que não foram feitas por ter sido fixada a data de 25 de Julho para encerrar a investigação.
Mas, perante esse despacho e porque ainda não foram devolvidas quatro cartas rogatórias, não poderia o PGR por sua própria iniciativa ordenar que, em abono do esclarecimento total da verdade, a investigação prosseguisse?
Nem se compreende bem que se tivesse marcado um prazo para se encerrarem as diligências da investigação.
E o que impedia que a Procuradoria-Geral da República alargasse o prazo fixado para aquele fim?
Pelo que se está a passar, não será melhor que o PGR se demita, para que possa haver o ambiente desejável no seio do Ministério Público, de que é a entidade máxima?
E o que pensará o cidadão comum deste imbróglio, que não credibiliza a Justiça?
In Memoriam do Dr Júlio Gonçalves
Embora não tenha nascido na Figueira, o Dr. Júlio Gonçalves fez toda a sua longa vida de notário e advogado nesta cidade, exercendo essas funções com grande competência e brilho.
Era um excelente orador, dos melhores que ouvi, e um cidadão de carácter muito íntegro, usando sempre de verticalidade, coragem e firme convicção na defesa dos princípios e valores políticos e éticos em que, desde jovem acreditou.
Foi um conhecido e admirado propagandista da República e sempre destacado oposicionista à ditadura de Salazar.
A nível do nosso concelho, pertenceu aos corpos sociais dos Bombeiros Voluntários, ocupando, durante muitos anos, o lugar de Presidente da Assembleia-geral; foi também Rotário convicto e muito respeitado; pertenceu, ainda, ao Ginásio Clube Figueirense e muitas outras colectividades receberam dele uma prestimosa colaboração e tiveram o prazer de apreciar os seus magníficos dotes oratórios.
Neste ano, em que se comemora o Centenário da República, será de toda a justiça que seja lembrado o Dr. Júlio Gonçalves que, com tanta dedicação propagandeou o ideal republicano por muitas partes do país, mormente na região do centro.
Não se sabe se a Câmara vai realizar um programa com que se assinale o referido centenário, mas, em caso afirmativo, como se espera, não deverá ser esquecido o Dr. Júlio Gonçalves, prestando-se à sua memória uma devida e digna homenagem.
Era um excelente orador, dos melhores que ouvi, e um cidadão de carácter muito íntegro, usando sempre de verticalidade, coragem e firme convicção na defesa dos princípios e valores políticos e éticos em que, desde jovem acreditou.
Foi um conhecido e admirado propagandista da República e sempre destacado oposicionista à ditadura de Salazar.
A nível do nosso concelho, pertenceu aos corpos sociais dos Bombeiros Voluntários, ocupando, durante muitos anos, o lugar de Presidente da Assembleia-geral; foi também Rotário convicto e muito respeitado; pertenceu, ainda, ao Ginásio Clube Figueirense e muitas outras colectividades receberam dele uma prestimosa colaboração e tiveram o prazer de apreciar os seus magníficos dotes oratórios.
Neste ano, em que se comemora o Centenário da República, será de toda a justiça que seja lembrado o Dr. Júlio Gonçalves que, com tanta dedicação propagandeou o ideal republicano por muitas partes do país, mormente na região do centro.
Não se sabe se a Câmara vai realizar um programa com que se assinale o referido centenário, mas, em caso afirmativo, como se espera, não deverá ser esquecido o Dr. Júlio Gonçalves, prestando-se à sua memória uma devida e digna homenagem.
terça-feira, agosto 03, 2010
Para ler e meditar
“ Que o Ministério da Educação queira acabar com os “ chumbos” não admira. Toda a filosofia do ensino português, nos últimos longos anos apontava para essa utopia igualitária: o fim da exigência pedagógica e o enterro de qualquer noção de excelência intelectual”
( João Pereira Coutinho in Correio da Manhã de 1 de Agosto)
( João Pereira Coutinho in Correio da Manhã de 1 de Agosto)
A crise é só para alguns
No mesmo telejornal, apareceram pessoas desempregadas dando conta das muitas dificuldades que com os seus familiares vêm sentindo, e também passaram imagens de concertos musicais que, neste Verão, se realizam por todo o país, com milhares de assistentes, que tiveram que pagar bilhetes de acesso caros.
Para quem quis ouvir o cantor Michael Bolton, em Albufeira, teve que pagar entre 250 e 600 euros.
Enquanto uns não escondem a sua situação de pobreza, os quais agora vão até sofrer cortes significativos nos apoios sociais, outros exibem sinais de riqueza, continuando a fazer vidas de luxo, o que, neste momento de crise constitui uma lamentável provocação.
E o Estado as despesas em vez de reduzirem aumentaram, segundo já foi noticiado, em relação ao primeiro semestre.
Carris a mais e caros, pessoal a mais nos gabinetes governamentais, viagens constantes e deslocações para inaugurações (por vezes do que já foi inaugurado) tudo funciona como se estivéssemos na época de “ vacas gordas”.
Para quem quis ouvir o cantor Michael Bolton, em Albufeira, teve que pagar entre 250 e 600 euros.
Enquanto uns não escondem a sua situação de pobreza, os quais agora vão até sofrer cortes significativos nos apoios sociais, outros exibem sinais de riqueza, continuando a fazer vidas de luxo, o que, neste momento de crise constitui uma lamentável provocação.
E o Estado as despesas em vez de reduzirem aumentaram, segundo já foi noticiado, em relação ao primeiro semestre.
Carris a mais e caros, pessoal a mais nos gabinetes governamentais, viagens constantes e deslocações para inaugurações (por vezes do que já foi inaugurado) tudo funciona como se estivéssemos na época de “ vacas gordas”.
E a “ luta” continua!
Mas “ a luta” existe, sim, entre o Procurador-Geral da República e os Magistrados do Ministério Público.
A entrevista de Pinto Monteiro ao Diário de Notícias veio agravar a situação que surgiu com o despacho dos Procuradores que terminou com a fase da investigação no caso Freeport.
Tal entrevista foi, pelo menos, inoportuna, pois em vez do Procurador-Geral mostrar serenidade e a devida contenção, não pondo mais “ achas na fogueira” – até porque o que já dissera, anunciando inclusivamente que ordenaria um inquérito – já chegava para marcar a sua posição quanto ao facto de não ter sido ouvido José Sócrates.
Porém, Pinto Monteiro decidiu-se com precipitação e desnorte, como que a defender-se de uma responsabilidade que nunca lhe foi imputada directamente. E isso veio aumentar a crispação, há já tempo, existente no seio do Ministério Público.
O Procurador-Geral chegou ao ponto de afirmar que o respectivo sindicato se comportava como um pequeno partido.
Queixou-se, ainda, de que o Procurador-Geral da República devia ver reforçados os seus poderes para que possa funcionar bem a hierarquia no Ministério Público. Mas a verdade é que no estatuto do Procurador-Geral estão consagrados os poderes suficientes, sendo apenas preciso saber exercê-los bem com eficácia.
Enfim, Pinto Monteiro cuja acção há já tempo é posta em causa quer no meio judicial quer na opinião pública também não está a andar bem neste caso.
A entrevista de Pinto Monteiro ao Diário de Notícias veio agravar a situação que surgiu com o despacho dos Procuradores que terminou com a fase da investigação no caso Freeport.
Tal entrevista foi, pelo menos, inoportuna, pois em vez do Procurador-Geral mostrar serenidade e a devida contenção, não pondo mais “ achas na fogueira” – até porque o que já dissera, anunciando inclusivamente que ordenaria um inquérito – já chegava para marcar a sua posição quanto ao facto de não ter sido ouvido José Sócrates.
Porém, Pinto Monteiro decidiu-se com precipitação e desnorte, como que a defender-se de uma responsabilidade que nunca lhe foi imputada directamente. E isso veio aumentar a crispação, há já tempo, existente no seio do Ministério Público.
O Procurador-Geral chegou ao ponto de afirmar que o respectivo sindicato se comportava como um pequeno partido.
Queixou-se, ainda, de que o Procurador-Geral da República devia ver reforçados os seus poderes para que possa funcionar bem a hierarquia no Ministério Público. Mas a verdade é que no estatuto do Procurador-Geral estão consagrados os poderes suficientes, sendo apenas preciso saber exercê-los bem com eficácia.
Enfim, Pinto Monteiro cuja acção há já tempo é posta em causa quer no meio judicial quer na opinião pública também não está a andar bem neste caso.
“ Casos todos os dias…”
Quando pegamos num jornal, logo fazemos para nós a pergunta: que caso escandaloso se noticiará hoje?
É que raro é o dia em que não tomamos conhecimento de condutas desonestas, todas elas revelando que os valores éticos vão desaparecendo rapidamente perante o desejo de ganhar dinheiro com facilidade, servindo-se de influências, quase sempre de natureza política.
Não bastava o que parece ser já “ norma” quanto à colocação de ex-governantes em Conselhos de Administração e outros lugares muitos rendosos, mesmo que tenham habilitações em outras áreas diferentes daquelas onde são “ encaixados”!
Também se vão conhecendo negócios feitos com o Estado por pessoas, que há pouco tempo, deixaram de exercer funções nos gabinetes do governo. Assessores, secretários, consultores, etc, não precisam de fazer muito para virem a ter bons lugares.
E tudo se faz com o maior à vontade, como se fosse natural.
O que temos, hoje, é um lamentável e cada vez maior abandono dos valores éticos, valendo apenas os interesses pessoais, o enriquecimento breve, mesmo que se tenha de praticar actos ilícitos!
A par de uma grave crise económico-financeira, há, igualmente, uma não menos grave crise de valores.
E se aquela crise, mais cedo ou mais tarde acabará por resolver-se, embora deixando consequências nefastas, na crise moral demorar-se-á muito mais tempo a voltar à normalidade, ao respeito pelos valores e princípios éticos.
Infelizmente, cada vez mais, se procura o fortalecimento do império do dinheiro.
É que raro é o dia em que não tomamos conhecimento de condutas desonestas, todas elas revelando que os valores éticos vão desaparecendo rapidamente perante o desejo de ganhar dinheiro com facilidade, servindo-se de influências, quase sempre de natureza política.
Não bastava o que parece ser já “ norma” quanto à colocação de ex-governantes em Conselhos de Administração e outros lugares muitos rendosos, mesmo que tenham habilitações em outras áreas diferentes daquelas onde são “ encaixados”!
Também se vão conhecendo negócios feitos com o Estado por pessoas, que há pouco tempo, deixaram de exercer funções nos gabinetes do governo. Assessores, secretários, consultores, etc, não precisam de fazer muito para virem a ter bons lugares.
E tudo se faz com o maior à vontade, como se fosse natural.
O que temos, hoje, é um lamentável e cada vez maior abandono dos valores éticos, valendo apenas os interesses pessoais, o enriquecimento breve, mesmo que se tenha de praticar actos ilícitos!
A par de uma grave crise económico-financeira, há, igualmente, uma não menos grave crise de valores.
E se aquela crise, mais cedo ou mais tarde acabará por resolver-se, embora deixando consequências nefastas, na crise moral demorar-se-á muito mais tempo a voltar à normalidade, ao respeito pelos valores e princípios éticos.
Infelizmente, cada vez mais, se procura o fortalecimento do império do dinheiro.